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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Decisões Decidem Destino





A cura de um leproso
(Mt 8.1-4; Lc 5.12-14)
Mc 1:40-45
40 E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me.
41 E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo!
42 E, tendo ele dito isso, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo.
43 E, advertindo-o severamente, logo o despediu.
44 E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, t para lhes servir de testemunho.
45 Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes iam ter com ele.
A lepra é uma infecção crônica causada por uma bactéria ou por um bacilo chamado em latim de “mycobacterium leprae”, que atinge principalmente os nervos periféricos (aqueles nervos localizados fora do alcance cérebro e da medula), afeta as areas mais superficiais como: o nariz, testiculos, olhos,afetando a pele provocando danos severos.
Acredita-se que mais de 5 milhões de pessoas em todo mundo estão infectadas pelo bacilo ou por essa bactéria.
Essa infecção pode começar em qualquer idade, sendo o homem mais propenso, geralmente é dectada apartir dos 20 a 30 anos de idade.
Quando diagnosticada a Hanseníase, ela é chamada de Indeterminada, é a manisfestação inicial da lepra, quando em transição para a Hanseníase Tuberculóide, pode também sofrer uma outra variação chamada de Hanseníase Virchowiana, essa causa lesões mais profundas e serias. E entre a H.I e H.V está a Hanseníase Dimorfa aonde apresenta varias degraus de imunidade celular e modificações morfologicas.
A lepra chamada atualmente como doença de hansen ou mal de hansen ou hanseníase. Esse nome é devido o seu descobridor Genhard Hansen, médico noroeguês que em 1873 identificou esse bacilo mycobarium leprae, o agente causador da lepra.
Esse tipo de vírus geralmente é mais freguente nos continentes Aisiatico, Africano, América Latina e nas ilhas do Pacifico.
Esta microbactéria paralisa os “macrofagos” que formam a “mielina” dos nervos periféricos. A destruição “mielina” leva a disfunção dos nervos periféricos, isto faz com que a pessoa perca o tato, a sensibilidade. O macrofago em citologia ou biologia celular nome que estuda as células.Macrofago são células de grandes dimenões, ricos em “lisossomos”, células que protege elementos estranhos no corpo.
Essa infecção pode ser transmitida de três formas:
Além do homem, epidemiologicamente outros animais de que se tem notícia de serem susceptíveis à lepra são algumas espécies de macacos, coelhos, ratos e o tatu., que tem contato direto com a terra. Outra forma é através dos mosquitos ou percevejos. A palavra hebraica צָרָעַת tsara ̀ath vem de uma vairação hebraica צרעה tsir ̀ah que significa “vespa”. O LXX traduziu por λεπρα lepra que vem de λεπις lepis “escamas” e de uma variação Lepidópteros (lepis, idos), escama e (pteron), asa. Significa insetos com asas coberta de escamas. E a outra forma por vias respiratória como goticulas salivares,tosse, expirro, etc.
Biblicamente falando o termo “lepra” etmologicamante, vem da palavra hebraica צרעת tsara ̀ath que vem de uma raiz primitiva צרע tsara ̀ que pode significar: uma manifestação de uma enfermidade; portador de uma doença de pele; vergonha ou desonra; açoite; também lepra. Esse termo é genérico significando varias doenças. O tsara ̀ath não designa especificamente lepra.
No A.T o Sacerdote “médico-demartologista” responsável por essa função de cuidar dessas pessoas. O sacerdote devia diagnosticar para que a pústula, queimadura, úlceras, não transformasse em lepra. Por “isso que tinha que examinar pra ver se não era uma “tinha”, “impinge”, “micose”, “psoríase”, “sarna escabiose”, “lúpus”, etc.
O secerdote tinha que ver se ...houver inchação, pústula ou empola que tiver na pele de sua carne como praga de lepra, então; o sacerdote examinará a praga na pele da carne; se o pêlo na praga se tornou branco, e a permanecer mais profunda do que a pele da sua carne, praga da lepra é: ARC Lv.13.2,3.Obs. Inchação שְׂאֵת s ̂e’eth (inchaço, ato de levantar); pústulaסַפַּחַת cappachath (erupção, sarna, lesão); empola ou lustrosa בַהֶרֶת bohereth (mancha branca na pele). A lepra poderia surgir a partir ai.
O sacerdote encerraria o que tem a praga por sete dias. (Lv.13:5-8) Supervisionava o tratamento da pessoa afligida de modo que ambos cuidavam do doente e também protegiam a comunidade.Caso ...a praga na pele se não estendeu, então, o sacerdote o declarará limpo: apostema é; e lavará as suas vestes e será limpo.(vr.6b)
Caso não houvesse uma manifestação durante esses sete dias, ficaria mais uns sete dias, num total de quatorze dias até que fosse diagnosticado o vírus a enfermidade. E o sacerdote, ao sétimo dia, o examinará outra vez,... e eis que, se o apostema na pele se tem estendido, o sacerdote o declarará imundo: lepra é. (vr.8b)

Em três áreas comprometiam o leproso:
No aspecto físico: a pústula esbranquiçada corroia a carne, um membro após o outro era atingido e por fim os ossos eram carcomidos. Febre alta com insônia e pesadelos o atormentava terrivelmente. Levava a falta de esperança, e o doente era igual a um cadáver vivo. Os mestres da lei judaicos contavam os leprosos entre os mortos – quatro eram: pobre, cego, sem filho e leproso.
No aspecto social: O enfermo era isolado da sociedade, excluído. A lei é categórica neste sentido. A lei “ordenava aos filhos de Israel que lancem fora do arraial a todo o leproso...” Nm. 5:2. Colocavam comida em lugares estratégicos. Neste caso as esposas podiam divorciar, segundo a tradição. Todos os dias em que a praga estiver nele, será imundo; imundo está, habitará só; a as habitação será fora do arraial. (Lv.13:46) Eram tidos como castigo direto de Deus. Deveriam rasgas suas roupas ao se aproximar das pessoas e anunciar sua situação ou seu estado.
No aspecto religioso: Era impuro perante a lei, em tudo que tocasse era tido como impuro. A sua presença era o suficiente para contaminar tudo. Deviam rasgar as vestes e anunciar bem alto “imundo”, ou seja, estou pesteado de lepra, é contagioso, sou eu excluído, fiquem longe.
É bom lembrar que o sacerdote - Lv.14, fazia exames periódicos, não na condições de medico, mas de interprete da lei. É fato que o sacerdote não prescrevia nenhum medicamento – a cura pertencia à esfera do homem de Deus e não à do sacerdote.
No dia em que o leproso se aproximasse do sacerdote e dissesse: “Eu era leproso, mas fiquei curado”. O sacerdote deveria após examinar, apresentar uma oferta inicial de duas aves. Durante sete dias seguintes devia investigar intensamente a situação para determinar três coisas:
1ª Se a pessoa fosse (ou teria) sido realmente leproso.
2ª Se a pessoa de fato teria sido leprosa, e fora realmente curada.
3ª Se a pessoa de fato fora curada da lepra, ela deveria seguir as seguintes instruções.
Deveria oferecer uma oferta pela transgressão
Uma oferta pelo pecado
Uma oferta de holocausto
Uma oferta de manjares
Uma aplicação do sangue da oferta pela transgressão
A unção de azeite sobre o leproso curado
Assim ele era introduzido definitivamente na sociedade-religiosa outra vez
Apesar de o sacerdócio ter em mente todas as instruções detalhadas, como proceder, caso um leproso fosse curado, nunca tiveram oportunidade de colocar em prática estas instruções, desde o tempo da lei de Moisés, não registro que um leproso fora curado da lepra. No caso de Jesus a ordem esta invertida, a cura instantânea e depois as prescrições.
Veja ... para que “lhes” sirva de testemunho.(Lc5.12)
O “lhes” refere-se especificamente a liderança de Israel.
Quando Jesus diz: vai, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela sua purificação, o que Moisés determinou... Três coisas fundamentais e importantes a observar:
1º Que este homem tinha sido realmente leproso
2º Que realmente este tinha sido leproso
3º Que realmente fora Jesus que o curara da lepra.

Jesus desce do monte e junto com ele uma multidão, o texto de Matheus usa ‘eis’ um leproso. “Eis” Gr. ἰδοὺ que significa de forma súbita, surpreendente, sem ser convidado, rápido. Enquanto Marcos usa um o artigo indefinido.
O comportamento do leproso que devia estar fora do convívio social. Quebrando todo o paradigma.
Vr.40 rogando - παρακαλεω parakaleo - dirigir-se a, falar a, esforçar-se por satisfazer de forma humilde e sem orgulho. Essa palavra é composta, da preposição παρα para - ao lado de, e καλεω kaleo - chamar em alta voz.
Vr.40 pondo de joelhos. Expressa súplica de ajuda, bem como reverência e honra. Matheus usa o verbo ‘adorar’ προσκυνεω proskuneo - significando beijar, como um cachorro que lambe a mão de seu mestre. A pessoa enferma era considerada ritualmente impura e, portanto, curá-la também significava limpá-la ou deixá-la ritualmente limpa. Qualquer que tocasse um leproso era considerado impuro.
Vr.40 se queres θελω thelo - desejar, ter vontade de, ter prazer em, ter satisfação, gostar de fazer algo
Vr. 40 limpar-me ou purificar - me καθαριζω katharizo - num sentido moral, livrar da contaminação do pecado e das culpas, purificar da iniqüidade. A pessoa com lepra era considerado religiosamente impuro; ao ser curado, ficava também limpa e capacitada para o culto a Deus. Ver Mt 8.2
O comportamento da multidão que tinha acabado de ouvir no sermão do monte sobre a verdadeira felicidade Μακάριοι, Mt. 5. Sobre as classes mais hipócritas como os fariseus, sobre aonde devemos firmar nossa casa, essa será o fechamento do sermão Mt.7:23,24

O ato de Jesus mediante a posição do leproso.
Vr. 41 Jesus movido de grande compaixão. Compaixão (do latim compassione) pode ser descrito como uma compreensão do estado emocional de outrem. A compaixão freqüentemente combina-se a um desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outro.O termo grego aqui usado σπλαγχνιζομαι splagchnizomai ser movido pelas entranhas; daí, ser movido pela compaixão; ter compaixão (pois se achava que as entranhas eram a sede do amor e da piedade)
Vr. 41 Tocou-o. A lei era terminantemente clara, o leproso não podia ser tocado e nem tocar em alguém. A pessoa enferma era considerada ritualmente impura e, portanto, curá-la também significava limpá-la ou deixá-la ritualmente limpa. Qualquer que tocasse um leproso era considerado impuro (cf. Lv 5.3); mesmo assim, Jesus estendeu a mão e o tocou para curá-lo.O termo grego aqui usado é ἥψατο que significa “tocar”, “segurar” e “abraçar”.

Vr. 41 Quero sê limpo! Θέλω, καθαρίσθητι Thelo; ter vontade, Desejar.
θελω, “a vontade que procede de inclinação.” Grimm,diz que dá proeminência ao elemento emotivo,significa a escolha. Denota a resolução ativa, a vontade que encoraja a ação.
O resultado “Decisões Decidem Destinos”
Vr.42 logo a lepra desapareceu.

Bibliografia
Evangelho de Mateus – Fritz Rienecker pag. 125 – 129
A Tora – Vaycrá – Marcelo Miranda Guimarães pag. 105
DemartoPatologia – Izamar Milidiú da Silva pag.89-98
A Lei da Lepra –G.C. Willis
Uma Visão Biologica de Levítico – Dr. Gerson Marques
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lepra
http://www.manualmerck.net/?id=208
http://www.acervodigital.ufrrj.br/insetos/insetos_do_brasil/conteudo/tomo_05/01_lepidoptera.pdf
http://pt.wikipedia.org/wiki/Compaix%C3%A3o
Biblioteca Digital Libronix




sexta-feira, 10 de junho de 2011

O servo da orelha furada




Sacrifício e oferta não quiseste os meus ouvidos abriste, holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste. Sl.40.6
Davi escreveu este salmo baseado numa de suas experiências de rejeição, provavelmente quando seu filho Absalão rebelou-se e furtou os corações das pessoas (IISm 15.6).


Absalão dera inicio a revolta aberta com uma festividade sacrificial. Sentido rejeitado, Davi clamou ao SENHOR numa oração em que pede livramento. Deus já o tinha dado livramento anterior, agora espera que seja ajudado de novo.
Os cinco primeiros versículos são cânticos de louvor para a respostas as suas orações, Deus havia levantado Davi, tirando-o da cova, e dando-lhe um cântico de agradecimento.
No versículo seis, Davi faz uma referencia a lei hebraica, concernente ao servo.

Aqui especificamente, Davi declara sua devoção a Deus, sendo servo obediente. Ele observa que Deus não está interessado na faceta cerimonial dos sacrifícios - “sacrifícios e ofertas não quiseste...” vr.6. Os sacrifícios legais de animais eram apenas figuras do único sacrifício legal e verdadeiro pelo pecado (Jesus).
“...as minhas orelhas furastes...” A lei concernente ao serviço hebreu é explanada duas vezes nas Escrituras (Ex.21.1-6; Dt.15.12-18).
Israel era uma nação agrícola, na economia agrária os pequenos proprietários de terras às vezes faliam, o proprietário em vez de vender sua pequena propriedade, oferecia-se como servo para algum fazendeiro.

Não se tratava de um acordo perpétuo, mas com duração de seis anos apenas. No sétimo ano esse servo deveria ser libertado. Ele só devia levar consigo a esposa e os filhos adquiridos durante a servidão. Neste período o contrato terminava, e, ele voltaria provido de mercadoria, para reiniciar sua vida. Quando esse servo ou escravo resolvesse não abandonar seu senhor ou amo, e resolveria continuar servi-lo, em vê de ser livre. A fim de oficializar esse ato e servi-lo perpetuamente, teria que participar de uma pequena cerimônia prescrita para a ocasião.

O senhor (proprietário) pegava esse escravo que decidiu liberalmente a optar em continuar servir-lo, levava ao juiz local, e publicamente declarava seu amor ao seu senhor. “Eu amo meu senhor, e minha mulher, e meus filhos, e quero sair forro.” Ex.21.5

Em seguida era levado á porta de madeira e sua orelha era furada com um sovelo, deixando uma cicatriz permanente, ou seja, uma marca de servidão. A partir de então ele não deveria retroceder, devia servir seu senhor pelo resto da vida. (obs.sovelo – um instrumento de ferro ou de aço em forma de haste, cortante e pontiagudo)


Bibliografia:

Ele Humilhou-se a Si mesmo – Kenneth C.Fleming

PREGADORES OU CLONES?




No decorrer da história, homens como, Jerônimo Savonarola, Martinho Lutero, João Wesley, Carlos Finney, Hudson Taylor, Spurgeon, Dwight Moody e por não falar tantos outros, que a lista não seria pequena. Sem estes por sua vez, perder suas características foi grandes vultos humanos, homens ilustres em valor, valentes, fiéis, vencedores, desbravadores. Em fim, a vida desses homens nos inspira; e continua nos inspirando com seus sermões ardentes e empolgantes, bem como suas histórias.

Mas infelizmente o que se tem percebido é clones. Pregadores que perderam totalmente sua identidade, imitando no vestir, no falar, no gesticular, até mesmo na oração, os grandes do passado e do presente.

Aos que receberam do Senhor esse chamado, devem estar ciente dos fatos, principalmente da renuncia, que ela exige de cada um. Jesus certa feita se dirigiu algumas pessoas que queriam segui-Lo.

Ao primeiro disse: “As raposas têm covis, e as aves, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. Ao segundo Jesus lhe respondeu: “deixa aos mortos o enterrar os seus mortos”.
Ao terceiro “Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.

Alguém se ofereceu para seguir Jesus. E seguir a Jesus requer empenho radical de fidelidade. O que Jesus esta dizendo, que não há nada demais possuir uma casa, uma cama, ou de possuir filhos, de cuidar dos pais, ou demonstrar respeito com a família, mas seguir a Jesus exige-se um preço muito alto, até mesmo corte no laço familiar que muitas vezes nos prendem. (Lc.8:19;20)

A Bíblia nos mostra alguns homens deixaram alguma coisa para serviço do Senhor:
Abraão deixou sua terra e sua parentela. Gn.12:1-4
Moisés deixou sua elevada posição. Ex.3:4-10; At.7:20; Hb.11:24-26
Elizeu deixou seus bois e sua agricultura. I Rs.19:19-21
Mateus deixou a coleta. Lc.5:27,28
Pedro e André deixaram suas redes de pescar. Mt.4:18-20
Tiago e João deixaram seus barcos e seu pai. Mt.4:21,22

A Bíblia também trata de muitos homens, cujas vidas nos inspiram e nos ensinam preciosas lições. Estas qualidades deveriam ser inerentes nas vidas daqueles que receberam um chamado da parte do Mestre. Veja alguns exemplos:



Eliezer - Humildade – Gn.24:2,34
Moisés – Fidelidade – Nm.12:7
Samuel – Santidade – I Sm.12:2-5
Daniel – Integridade – Dn.6:4
Barnabé – Espiritualidade – At.11:24
Paulo – Fidelidade – II Tm. 4:7
Tíquico – Fidedignidade ou digno de confiança – Cl.4:7,8
Epafras – servo fiel - Cl.1:7; Fm.23
Demétrios – vida irrepreensível, caráter – III Jo.12.


Assim como a Bíblia exemplifica o sucesso de alguns obreiros no ministério, da mesma forma a Bíblia ilustra acerca dos maus obreiros, pregadores, pelos quais não devem ser admirados e nem seguidos como exemplos.
Jr.6:13 - profetas e sacerdotes avarentos
Ez.34:2,10 – pastores egoístas e vaidosos, que só cuidam dos seus próprios negócios.
Os.4:6 – obreiros omissos no ensino da lei divina.
Mt.25:26,30 – “servo mau, negligente, inútil”
At.20:30 – Falsos obreiros que atraem seguidores através dos falsos ensinos.
II Pe.2:1,19 – Falsos obreiros que anunciam um evangelho fácil, sem renuncia e sem santificação.

Há também dentro dessa classe, aqueles que trabalham em dupla como:
Simei e Zilba – II Sm.19:16,17
Acaz e Uzias – II Rs.16:10
Himineu e Fileto – II Tm.2:17,18
Nadabe e Abiu – Lv.10:1

Também existe um outro grupo que podemos chamar ou tratar de “os autochamados”, isto é, aqueles que se oferecem sem nenhuma preparação, chama-se a si mesmo, sem Deus ter qualquer participação no caso. Exemplos disso têm:
Ló simplesmente foi com Abraão. Gn.13:5
Aimáas era levita, filho do sacerdote Zadoque.
Aimáas saiu sem ser chamado, nem enviado. Esta é a figura do obreiro sem ministério e pior sem mensagem.

Billy Graham disse que os três maiores problema no meio cristão são:

a) Um cristianismo sem Cristo
b) Uma reconciliação sem perdão
c) Pregadores sem mensagem


A revista Defesa da Fé, ano 3; n° 20 de março de 2000; cujo o convidado prof. Christiano P. Neto da ABPC (pós-graduação em Ciências pela Universidade de Londres, professor universitário, como; por exemplo, na Universidade Federal de Viçosa – MG), veja o que escreveu sobre a “clonagem”.

“A verdadeira experiência de clonagem, entretanto, consiste em se obter um ser vivo (clone) exatamente igual, do ponto de vista genético, ao ser do qual ele foi clonado. Sabemos que os clones carregam consigo o mesmo material genético do ser que o originou, isto é, do qual foi clonado. Mas quanto ás características psicológicas, suas preferências, suas habilidades? Que podemos dizer acerca da questão espiritual?”

Abordando acerca dos clones em relação aos gêmeos; o prof. Diz que: “Oriundos do mesmo material genético, eles guardam entre si semelhanças muito significativas, mas não totais. Gêmeos idênticos, por exemplo, possuem impressões digitais distintas. Já com os clones, a situação é inteiramente diferente. Neste caso, os clones e o doador são de fato geneticamente idênticos...isto, entretanto, não significa que eles sejam réplicas exatas um do outro. Caso os clones humanos venham a ser tornar uma realidade, vamos ter alguns problemas nessa áreas. Como se sentiriam os clones sendo praticamente filhos de ninguém? Que diferença apresentariam em relação aos demais seres humanos? Seriam eles discriminados pelo restante da população?”

O fator predominante aqui é fazer aproveito do assunto abordado e chamar a atenção aos chamados pregadores (clones).
Muitos se vestem, falam, se comportam, oram, até se expressam da mesma maneira.

Vejam bem,... “eles guardam entre si semelhança muito significativa, mas não
totais.” Ainda que queira se reproduzir da mesma maneira em todos os aspectos será notado sem dúvida por alguém que você não é o outro, significando que não são réplicas exatas um do outro...”

Quando o apostolo Paulo nos aconselhou a imitá-lo (I Co.11.1), estava nos encorajando a imitá-lo na fé, no caráter, em seus procedimentos e ações diante de Deus e dos homens e não entoações de voz, gestos e maneiras de ser vestir.
Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo. O termo imitar vem do grego μιμηταί, esse termo imitação derivado do latim imitatio (resulta de imitari, da mesma raiz de imago, “imagem”) foi comumente utilizado como sinônimo do termo grego mimesis (resulta do verbo mimeisthai e de mimos, “mímica”, “imitação”, “arte”, “mimese”). Apesar das suas diversas metamorfoses semânticas, que vão desde uma cópia irrefletida quanto à representação, passando pela reprodução de modelos, pela duplicação realista ou pelo simulacro ilusionista, entre outras, existe entre elas um elemento comum: a imitação supõe a apresentação de qualquer coisa num plano-outro-mediato que se diferencia daquele plano-mesmo-imediato em que a coisa é apresentada. Deste modo, torna-se menos redutora e insuficiente a tradução verbal do conceito de imitação que, geralmente, se expressa como reprodução mais ou menos imperfeita de um original conhecido.

A Bíblia Pentecostal traz uma nota acerca dos crentes bereanos (At.17.11): “O exemplo dos crentes bereanos serve de modelo para todos quantos ouvem os pregadores e ensinadores expondo as Escrituras. Nenhuma interpretação ou doutrina deve ser aceita sem exame. Pelo contrario, tudo deve examinada (Gr.examinar; anakrino – peneirar para cima e para baixo; fazer um exame cuidadoso e exato) cuidadosamente. Somos levados a uma averiguação da palavra, e não a imitação.
John Ankerberg e John Weldon em seu livro; os Fatos sobre o Movimento da Fé, afirma-nos que: “ Não podemos nos tornar cristão maduros sem estudar. Estudar é necessário... cada um de nós tem a obrigação diante do Senhor de estudar a sua palavra e prepara para crescer...e tal maturidade só pode ser obtida mediante o conhecimento da sã doutrina e do viver conforme os seus preceitos.” No final ele diz “...erro gera erro, heresia gera heresia, sempre em nome da verdade e em nome do evangelho...”
Esse é o problema dos clones, se não meditar na Palavra de Deus.

Bibliografia:



Pregadores ou Clones? Eliel Sobrinho pag.28, 29, 30,31

Defesa da Fé – ICP, revista de Apologética do Instituto cristão de Pesquisa. Ano 3; nº 20 de março de 2000 – pg 18,21,22

Fatos sobre o Movimento da Fé – John Ankerberg e John Weldon – pg. 18,21,24,84


Antonio Gilberto – apostila – o obreiro do Senhor; pag. 2,3


Bíblia de Estudo Pentecostal – pag. 1669, 1735,1954,1973,1675

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A MULHER VIRTUOSA


10 אֵשֶׁת־חַיִל מִי יִמְצָא וְרָחֹק מִ‍פְּנִינִים מִכְרָהּ׃ BHS

10 Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de rubins. ARC
10 Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas jóias. ARA
O Livro de Provérbios pertence ao grupo dos que são denominados genericamente “poéticos e sapienciais”. Ele é composto por uma série de coleções que, em forma de máximas, refrães, ditos e poemas, transmitem a antiga herança de sabedoria de Israel. O conteúdo, no seu conjunto, é encabeçado pelo título “Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel” (1.1 מִשְׁלֵי שְׁלֹמֹה בֶן־דָּוִד מֶלֶךְ יִשְׂרָאֵל), razão pela qual a obra completa foi atribuída freqüentemente àquele monarca, célebre pela sua sabedoria e autor de três mil provérbios e mil e cinco cânticos (1Rs 4.29-34).
De fato, uma leitura atenta do livro realça rapidamente a complexidade da sua composição. Além de Salomão, são citados como autores ou compiladores de sentenças e ditos: Agur, filho de Jaque (30.1), e o rei Lemuel לְמוּאֵל מֶלֶךְ (31.1), ambos, segundo se crê, oriundos da tribo de Massá, descendentes de Ismael (Gn 25.14). Em três ocasiões, se especifica que Salomão é autor dos provérbios que seguem (1.1; 10.1; 25.1); em outras duas, se atribuem aos “sábios” (22.17; 24.23), e em uma é mencionada a colaboração dos copistas a serviço de Ezequias, rei de Judá (25.1).
Provérbio é denominado de mashal משל em hebraico, palavra aparentada com uma raiz que, além de outros significados, inclui o de “dominar” , “reger”, “ governar”, “ter domínio”, “reinar”. Essa idéia tipifica um autêntico mashal como uma expressão persuasiva e estimulante. Mashal משל como máxima moral ou sentença que avalia e compara diversas condutas e atitudes adotadas frente à vida.
A nossa atenção é voltada para o versiculo 10 do capitulo 31 do livro de Provérbios. O seu contexto mostra que a mulher virtuosa de provérbios ela é compassiva, competente, digna de confiança, diligente, habilidosa, mulher de negócio, fabrica , importa, vende produtos, faz tapeçaria e confecciona roupas, gerencia seus recursos financeiros, planta, colhe, uma excelente dona de casa, esposa, mãe zelosa.(Prov.31.10ss)
O rei Lemuel recebe instruções de sua a mãe a buscar uma mulher virtuosa que é colocada num patamar de valor inestimavel. Pouco se sabe a respeito de Lemuel, a não ser que foi um rei que recebeu sabios ensinamentos de sua mãe. O nome dele significa “dedicado a Deus”. A rainha-mãe era uma personagem de influencia no antigo Israel (I Rs1:11-13 – 15:13). O conselho ao rei Lemuel da parte de sua mãe advertindo acerca de algumas questões, principalmente (vr.10s.) uma esposa exemplar; feliz quem a encontrar . (NVI)
Este versiculo nos apresenta (vr.10) duas coisa: à qualidade e o valor . Esta mulher tem qualidade e também tem valor. A sua qualidade é a virtude, seu valor excede o de rubis (ARC). O termo exceder v.t. Do lat. Excedere; ultrapassar, ir além de. O termo hebraico para virtuosa רחק rachoq vem de uma raiz primitiva que significa; estar ou vir a estar longe, estar ou vir a estar distante. A Bíblia Versão King James diz que: “o seu valor em muito ultrapassa os da finas joias! A Bíblia Nova Tradução na Linguagem de Hoje diz “como é dificil encontrar..,ela vale mais do que pedras preciosas!”. Mostrando seu valor raro e inestimavel.
Observe a qualidade dessa mulher; Virtude – sf. (do lat. Virtus, virtutis) Disposição constante de praticar o bem e evitar o mal, qualidade própria para produzir certos efeitos. Dic. Larousse. O dicionário Priberam diz que é o conjunto de todas ou qualquer das boas qualidades morais. Virtuosa é austeridade no viver, eficácia, força, vigor.
Em nossa sociedade, onde as beleza fisica é exaltada. Se vê mais aparencias e estéticas, valorizando mais o exterior do que o carater. A descrição da mulher virtuosa é um poema acróstico, que exalta a honra e a dignidade da mulher, não o que se pensa hoje em nossa sociedade, um conceito totalmente distorcido de valores. Percebe-se que aparencia dessa mulher não é mencionada. A causa de ser atraente e´exclusivamente atribuido ao carater dela. O curioso é a desvalorização da beleza , mas a enaltece as qualidades. Dessa mulher se menciona “as mãos”, “as palavras”, “o braço”, “sua atividade”, ou seja, aquela que dirige tudo com sensibilidade, competencia e criatividade.

O conselho é que além de sua qualidade especificada e clara para qualquer entendedor , também mostra o se valor que excede o de rubis (ARC).
Rubi é uma pedra preciosa vermelha que faz parte de uma variedade do mineral “coríndon” (coríndon vem do francês que significa rubi). Coríndon, ou Corundum é um mineral à base de óxido de alumínio, que representa valor 9 em dureza, na escala de Mohs. Naturalmente transparente, pode ter cores diferentes de acordo com impurezas que estejam incorporadas à sua matriz. Geralmente o de coloração vermelha é chamado de rubi, ocorrendos outras variações: amarelo, rosa, púrpura, verde e cinzento; o azul é chamado de safira. Existe uma tabela de 1 a 10 que qualifica a dureza dos minerais, isto é a sua resistência. Esta escala foi formada em 1812 pelo mineralogista alemão Friedrich Mohrs com 10 minerais diferentes dureza existente na crosta terrestre.

Dureza Mineral
1 Talco, (pode ser arranhado facilmente com a unha)

2 Gipsita (ou Gesso), (pode ser arranhado com unha com um pouco mais de dificuldade)
3 Calcita, (pode ser arranhado com uma moeda de cobre)

4 Fluorita, (pode ser arranhada com uma faca de cozinha)

5 Apatita, (pode ser arranhada dificilmente com uma faca de cozinha)
6 Feldspato / Ortoclásio, (pode ser arranhado com uma liga de aço)

7 Quartzo, (capaz de arranhar o vidro. Ex.: Ametista)

8 Topázio, (Capaz de arranhar o quartzo)

9 Coríndon, (Capaz de arranhar o Topázio)

10 Diamante, (Mineral mais duro que existe, pode arranhar qualquer outro e é arranhado apenas por outro diamante)
Observe que essa mulher não é comparada ao rubi, o seu valor excede, ou seja, ultrapassa, ela na verdade é comparada a mais rara e preciosa jóia ou pedra preciosa o diamante. O rubi tem dureza 9 na escala de Mohs, e entre as gemas naturais somente é ultrapassado pelo diamante em termos de dureza. A gema é um mineral ou uma rocha, material cortado e facetado e polido. A gema de rubi é valorizada de acordo com varias características incluindo tamanho, cor, claridade, corte. Todos os rubis naturais contêm imperfeições. Quanto menor é menor a imperfeições, mais caro é o rubi. Os rubis naturais são excepcionalmente raros, mas produzem-se rubis artificialmente que são comparativamente baratos.
O diamante é uma forma alotrópica (do grego allos, outro, e tropos, maneira) do carbono (do latim carbo, carvão). O carbono é um elemento notável por várias razões. Suas formas alotrópicas incluem, surpreendentemente, uma das substâncias mais frágeis e baratas (o grafite) e uma das mais rígidas e caras (o diamante). O grafite é condutor de eletricidade, propriedade que permite seu uso em processos de eletrólise. A electrólise é um processo que separa os elementos químicos de um composto através do uso da electricidade. Em química, um composto é uma substancia formada por dois ou mais elementos, ligados numa proporção fixa e definida. Por exemplo, a água é um composto formado por hidrogênio e oxigênio na proporção de dois para um. Sob pressões elevadas, o carbono adota a forma de diamante, A transformação em grafite na temperatura ambiente é tão lenta que é indetectável. Sob certas condições, o carbono cristaliza como lonsdaleíta (A lonsdaleíta é um polimorfo hexagonal de carbono; materiais sólidos poderem existir sob mais de uma forma), uma forma similar ao diamante.
Essa mulher representa no pensamento a mais pura jóia e beleza, com caracteristicas imprescindivel, ao mesmo tempo com a pequenez de um grafite ( fragil), mas preciosa, bela, resitente como um diamante. Por isso torna tão rara, contendo ao mesmo tempo um lado (ao parecer) fragil e, pelo outro lado tá bela e resitente, sabendo diferencias (separar) os elementos essenciais da vida.
Bibliografia
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Bíblia King James de 1611
Bíblia Nova Versão Internacional
Bíblia Anotada
Bíblia Peregrino
Biblioteca Digital Libronix
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index. php?lingua=portugues-portugues&palavra=exceder
http://priberam.sapo.pt/dlpo/default.aspx?pal=virtude
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corindon
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rubi
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gema_(mineralogia)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Mohs
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono
http://pt.wikipedia.org/wiki/Diamante
http://pt.wikipedia.org/wiki/Composto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lonsdale

sábado, 22 de janeiro de 2011

AGAPE (ἀγάπη ) O AMOR INCONDICIONAL



Fala-se do amor das mais diversas formas: amor físico, amor platônico, amor materno, amor a Deus, amor a vida.
É o tipo de amor que tem relação com o caráter da própria pessoa e a motiva a amar (no sentido de querer bem e agir em prol). As muitas dificuldades que essa diversidade de termos oferece, em conjunto à suposta unidade de significado, ocorrem não só nos idiomas modernos, mas também no grego e no latim.
O grego possui outras palavras para amor, cada qual denotando um sentido específico. No latim encontramos amor, dilectio, charitas.
A palavra amor presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação.
Muitas vezes se confundem os termos amor com sexo por estarem associados.
Etimologicamente sexo vem do latim “sexus” do verbo = “sekare”, “cortare”, “separar”, “distinguir”. A definição geral da palavra sexo é, “tudo o que diferencia o homem e a mulher”, e essa diferenciação dá-se em cinco sentidos:
1) No Sentido Morfológico – diferenças anatômicas – Essa diferenciação é bem visível e notada entre um homem e uma mulher. Anatomicamente quase 100% dos órgãos externos e são bem visível. Isto esteticamente falando.
2) No Sentido Fisiológico – diferenças funcionais – como genitálias, voz, glândulas mamarias, distribuição de pelos gestos, atitudes, reações, desempenho e funções.
3) No Sentido Biológico – diferenças bioquímicas – como no caso das hemácias, temperatura do corpo, hormônios, batimentos cardíacos.
4) No Sentido Neurológico – diferenças intelectuais- como formas de pensamentos completamente diferentes e que leva a ter gostos e atitudes diferenciadas um do outro.
5) No Sentido Psicológico – diferenças emocionais – aqui está às maiores diferenças que envolve o lado emocional entre um homem e uma mulher. A ciência bem comprova essa vasta diferença nessa área entre o homem e a mulher, não sabendo essa (mulher) muitas vezes diferenciar “amor” e “paixão”, o fazendo sofrer muito mais no relacionamento.
No sentido restrito “sexo” é a parte fisiológica dos seres humanos e a sexualidade é a parte psíquica, de modo mais amplo a sexualidade é a dimensão da nossa personalidade do sexo. É bom lembrarmos que o sexo na função biológica das pessoas, ela envolve a mente e as emoções. Sexus são características físicas permanentes, que permite distinguir, em cada espécie, os machos e as fêmeas. Também é usado no sentido de órgãos sexuais de um homem ou de uma mulher e em atos sexual, cópula.
 Homem: o sexo é mais biológico do que afetivo
 Mulher: o sexo é mais afetivo do que biológico
 Homem: é um ser basicamente lógico
 Mulher: é um ser basicamente emotivo
 Homem: é um ser mais racional
 Mulher: é ser mais intuitiva
 Homem: é mais pratico naquilo que executa
 Mulher: vê as coisas do lado estético
 Homem: vê mais o conjunto das coisas
 Mulher: cuida dos detalhes
Uma das principais perguntas que geralmente as pessoas fazem na área do relacionamento é: Como a gente sabe se está amando de verdade?
Geralmente há uma confusão muito grande entre o que é amor verdadeiro e alguma coisa que a gente chama de paixão. Nem sempre é fácil distinguir entre amor e paixão. Por isso que muitas pessoas tomam decisões precipitadas.
Existem substancia química agindo no corpo quando uma pessoa está apaixonada. O cérebro regula a liberação de neurotransmissores, os responsáveis por emoções associada amor à paixão. É liberada no organismo, a dopamina – uma substancia que dá a sensação de “como é bom amar” – depois libera a feniletilamina – faz a pessoa sentir como uma borboleta, nos primeiros tempos do romance. A adrenalina, por sua vez, faz suar e coração disparar quando o amado aparece. Mas depois que diminui o efeito do coquetel da paixão; outra substancia trabalham para fortalecer os vínculos do casal. O cérebro libera a endorfina e ocitocina que provocam a sensação de bem-estar.
Pai.xão - sf (lat passione) Sentimento forte, como o amor, o ódio, movimento impetuoso da alma para o bem ou para o mal. Mais comumente paixão designa amor, atração de um sexo pelo outro.
Etimologicamente a palavra paixão vem do latim “patior”, com o significado de padecer, ser afetado por um objeto e reagir por um movimento.
A paixão pode ser dividida em: paixões inferiores ou sensíveis e paixões superiores ou intelectuais. No primeiro estão as paixões básicas do beber, comer, e a sexual; no segundo, a procura da verdade, a produção do belo e o progresso do bem e na justiça.
A paixão pode chegar a dominar a razão e a vontade, substituídas pela imaginação e pelo desejo; isto geralmente acontece com as paixões chamadas inferiores, ao contrário das superiores que exaltam a razão e a vontade.
Há diferenciações em cinco sentidos entre os sexos paixão:
“Paixão” – é algo repentino, aparece num momento.
“Amor” – baseia-se no compartilhar mutuo.
“Paixão” – baseia-se numa satisfação egoísta.
“Amor” – concentra-se em uma só pessoa.
“Paixão” – tem dificuldade de se concentrar em uma só pessoa.
“Amor” – caracteriza por segurança e confiança.
“Paixão” – caracteriza por insegurança e ciúmes.
“Amor” – respeito mútuo e leva ao ajustamento.
“Paixão” – há exploração e manipulação, são emoções inconstantes.
O sociólogo John Alan Lee acrescentou mais três tipos de amor romântico, além dos que já se conhece. Lee designou nomes gregos e latinos para essas categorias, salientando que muitas relações amorosas são combinações de dois ou mais desses padrões.
Amor Fisico Gr. “επιθυμια epithumia” – Desejo, anelo, anseio, desejo pelo que é proibido, luxúria. Vem de επιθυμεω epithumeo que significa “girar em torno de algo.” Vem precedida da preposição επι epi - em cima de, perto de, atráves de. Em junção com “θυμος thumos” - paixão, raiva, fúria, ira que ferve de forma imediata e logo se acalma outra vez.
Desenvolve-se este aspecto, elevando-se o seu valor. Quando usada no sentido negativo é traduzido como lascívia. Quando usado no sentido positivo é traduzido como desejo. Nesse sentido é um bom indicador da saúde da vida de um casal.
Amor Emocional Gr. “ἔρως érōs” - Desenvolve –se este aspecto, criando condições para o romantismo. É também o amor atrativo, instinto, espontâneo, paixão popular romântico, sua origem é no instinto sexual. Está concentrado no corpo, ou seja, se expressa nos membros do corpo. É o amor que busca a satisfação sexual. De acordo com Lee, o érōs muitas vezes se acende com rapidez para logo se apagar e é com pouca freqüência que se transforma num relacionamento duradouro.
Aristóteles diz que érōs sempre começa com o prazer dos olhos, que ninguém se apaixona sem primeiramente ficar encantado pela beleza, e que o amor não é amor. Deve entender que o amor gr. érōs não é pecaminoso e nem diabólico. Mas quando reina sozinho torna-se egoísta e interesseiro.
Amor Social Gr. “στοργή storgē” - Desenvolve-se este aspecto, assumindo a responsabilidade de ser sócio. É também amor afetivo, amor romântico, amor familiar, amor conjugal, amor domestico. Este amor envolve reciprocidade. Este amor é objetivo, pois une almas. Vidas corações, e não apenas corpos. Exige-se disciplina, lealdade entre os dois que amam. Não vivem sós de palavras, sonhos, emoções, mas de fato. O amor gr. στοργή storgē é gradativo, paulatino, ou seja, vai crescendo aos poucos, é totalmente oposto do amor gr. érōs que é repentino, sem expectativa. Stergein designa o sentimento calmo e inserido em nós que, apoiado em um objeto próximo a nós, reconhece que estamos ligados a ele, e se satisfaz nesse reconhecimento.
Para Lee o storgē emerge das amizades, mas não tem um ponto inicial identificável em que as pessoas se dêem conta de que se apaixonaram. O storgē é um tipo de amor estável e sólido que é capaz de suportar crises.
Amor Intelectual Gr. “φιλία philía”. Desenvolve-se este aspecto, trazendo à consciência a responsabilidade fraternal. É amor fraternal, filantrópico (vem de gr. φιλέω philéo), amor ao próximo, generoso, social, patriótico, cívico. O amor não exige raça, sexo idade ou não é independente do contexto. É essencial nas relações humanas (nações, famílias, vizinhos, amigos etc.)
Philía descreve um relacionamento caloroso, intimo e tenro do corpo, mente e espírito. Inclui o lado físico do amor, pois verbo philein pode significar beijar ou acariciar. Mas philía, como todas as coisas humanas podem alterar-se, pode diminuir e seu calor esfriar.
O Amor Ludus, oriundo do latim – zombaria, escárnio, por divertimento, qualquer outro exercícios de recreação, engano. Ludus se refere a um tipo de amor brincalhão descompromissado. Os amantes lúdicos têm propensão a envolver-se num tipo de jogo e em geral não demonstram nenhum comprometimento com o outro. Podem sair com vários parceiros (as) e preservar suas opções evitando depender do amante. Nessa forma de amor, o sexo é mais como uma “brincadeira” do que um compromisso sério.
O Amor Mãnia, em contraste, é o tipo de amor tempestuoso, desordenado. A palavra deriva do grego "μανία" ( mania ), "loucura, frenesi", e que a partir do verbo "μαίνομαι" ( mainomai ), "a louca, a raiva, a fúria.". A Mãnia tem uma conotação de loucura e agitação, é impulsionado por ânsias poderosas – a “necessidade de atenção e afeto por parte da pessoa amada é insaciável”. Esses sentimentos podem ficar tão intensos que a pessoa perde o contato com a realidade. Quando isso acontece a pessoa acredita em coisas estranhas sobre a sua personalidade e que muitas vezes pode agir de forma constrangedora e às vezes pode até mesmo agir de forma perigosa.
O Amor Pragma (πράγμα )é o amor mais pratico e sensato. O amor pragma está em busca da pessoa adequada com uma lista mental de características desejáveis na pessoa amada. Uma vez que seja encontrado o candidato provável, se houver algum entendimento mútuo, o amor pragmático pode evoluir para sentimentos mais intensos.
O amor Pragma é (combinação de Ludus e Storge) amor pragmático, amor prático que sabe bem que qualidade quer do seu par, não procura grande excitação ou intensidade de sentimentos, mas uma vida satisfatoriamente planeada e construída com alguém.
Amor Incondicional Gr. “ἀγάπη agapē”, - Desenvolve este aspecto, pois é independente de qualquer reciprocidade. O amor divino procede do coração de Deus é amor eterno, imutável, incomparável, perfeito. Deus é a perfeição desse amor. Esse “amor” não implica em um sentimento como nos demais, mas sim, numa atitude e comportamento diferenciado. Está associado há um bom relacionamento social e intelectual, psicológico e espiritual.
O amor agapē é o espírito no coração que nunca procurará outra coisa senão o sumo bem do seu próximo. Não se importa com o tratamento que recebe do seu próximo, nem com a natureza dele; não se importa com a atitude do próximo para com ele, nunca procurará outra coisa a não ser o sumo bem do próximo, o melhor para ele. Agostinho disse a respeito de Deus que Ele ama a todos como se houvesse uma só pessoa para Ele amar; o amor cristão deve modelar-se no amor de Deus.

Fontes de Pesquisas
William Barclay – As Obras da Carne e o Fruto do Espírito, pg.60ss.- Ed. Vida Nova
Masters e Johnson - O Relacionamento AMOROSO Segredos do Amor e da Intimidade Sexual, pg.223 – Ed.Nova Fronteira
Sergio e Magali Leoto – Casamento para Crescer, pg.8ss, Ed.Abba Press
Michael Carrera – SEXO Os fatos, os atos e os prazeres do amor, Ed Círculo do Livro
Pe. Fernando Bastos de Ávila - Pequena Enciclopédia de Moral e Civismo, pag.440
Winkie A. Pratney – A Natureza e o Caráter de Deus, pg.190 ed.vida
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amor
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index. php?lingua=portugues-portugues&palavra=paixão
http://origemdapalavra.com.br/palavras/mania/
http://en.wikipedia.org/wiki/Greek_words_for_love
http://en.wikipedia.org/wiki/Mania
http://www.webservos.com.br/gospel/estudos/

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Koinõnia X Pleonexia



Pleonexia, às vezes chamado pleonexy, provém da língua grega πλεονεξια e é um conceito filosófico empregados tanto no Novo Testamento e nos escritos de Platão e Aristóteles. Ele corresponde aproximadamente à ganância, a avareza, que é rigorosamente definido como "o desejo insaciável de ter o que por direito pertence aos outros", descreve-se como "cruel egoísmo e uma suposição arrogante de que os outros e as coisas existem para benefício próprio” apetites e desejos sexuais contrários às leis de Deus e dos homens. Pleonexia é o pecado que deu livre vazão ao desejo de ter o que não deve.
A idéia etimológica de pleonexia está em pleon, que significa “mais”, “ter mais”. A avareza é uma palavra que sugere ainda outro sentido em pleonekteo πλεονεκτεω e significa “tirar vantagem, lesar, defraudar ou enganar, alguém ansioso para ter mais, o que pertence aos outros, ávido por ganância, cobiçoso”. Vários textos bíblicos ilustram esses significados (2 Co 7.2;12.17,18; 1Ts 4.6).
Marcus Tullius Cicero, (106 à 43 a.C) filósofo, orador, escritor, advogado e político romano. Normalmente visto como sendo uma das mentes mais versáteis da Roma antiga. Foi ele quem apresentou aos Romanos as escolas da filosofia grega e criou um vocabulário filosófico em Latim. Cicero definiu avaritia (avareza), como injuriosa appetitioalienorum, “o desejo ilicito pelas coisas que pertencem aos outros”.
William Barclay diz que pleonexia πλεονεξια descreve como "um amor maldito de ter", que "vai prosseguir os seus próprios interesses, com total desrespeito pelos direitos dos outros, e até mesmo para as considerações de humanidade comum". Ela opera em três esferas da vida. Na esfera material envolve "agarrar no dinheiro e bens, independentemente de honra e honestidade". No plano ético, é "a ambição que pisoteiam os outros para ganhar algo que não tem significância para ele". Na esfera moral, é "a cobiça desenfreada que leva o seu prazer onde ele não tem direito de tomar". Pleonexia é o apelo do agindo injustamente à custa dos outros. Esse pecado tem destruído muitos cristãos, os quais, uma vez dominados pela avareza, são capazes de articular situações fraudulentas e de tirar vantagens da boa fé de outras pessoas, desde que satisfaça apenas o seu aproveito próprio (2 Pe 2.3).
Koinonia é um termo grego da palavra (κοινωνία), que significa comunhão, participação íntima. A palavra é usada freqüentemente no Novo Testamento da Bíblia para descrever a relação dentro do primeiros cristãos da igreja. Koinõnia significa "um participante", compartilhar uns com os outros em uma propriedade em comum. Implica o espírito de partilha generosa ou o ato de dar, em contraste com o egoísmo (pleonexia πλεονεξια) recebendo. Quando koinonia está presente, o espírito de partilha e de dar torna-se palpável. Na maioria dos contextos, a generosidade não é um ideal abstrato, mas uma ação demonstrável, resultando em uma expressão concreta e realista de dar. No grego clássico, koinonein significa "ter uma participação em uma coisa"
Também significando um companheiro, um parceiro ou um co-proprietário. Portanto, koinonia pode implicar uma associação, o esforço comum, ou uma parceria em comum. O termo também pode referir a uma relação espiritual. Nesse sentido, a significar algo que é mantido e partilhadas com outros para Deus, falando com Deus "homem" relacionamento com ele. Epicteto fala de religião como “com o objetivo de ter koinonia com Zeus”. A comunidade cristã primitiva viu isso como uma relação com o Espírito Santo. Neste contexto, destaca koinonia um propósito maior ou missão que beneficia a maior parte dos membros como um todo. O "termo" entusiasmo é ligado a este sentido de koinonia pois significa "estar imbuídos do Espírito de Deus em nós. "
Koinõnia significa “tendo em comum”; koinos, ‘comum’, ‘pertencente a vários’; em latim, communis, referido a coisas tidas em comum (At 2.44; 4.32); à fé (Tt 1.4); à salvação (Jd 3); é alguém que tem participação, companheirismo reconhecido e desfrutado. É usado acerca: das experiências e interesses comuns dos cristãos.
Koinõnia é o espírito do compartilhar gracioso em contraste com o espírito egoísta que deseja obter tudo para si.
Pleonexia significa “uma ganância arrogante”, é o espírito que procura tirar aproveito do seu próximo. O verbo corresponde, pleonektein, significa “defraudar” ou “burlar”. Está ligado com a conduta “totalmente desavergonhada”, com “ambição que se excede”, “o desejo ilícito pelas coisas que pertencem aos outros”. Pleonexia - “cobiça”, literalmente, “desejo de ter mais” (formado de pleon, “mais”, e echõ, “ter”), sempre no sentido ruim.
As Cincos Diferenças entre Koinõnia X Pleonexia
1ª- Koinõnia – Significa “compartilhar de amizade”, é uma permanência no convívio dos outros. At.2:42
Pleonexia – O homem cujo único desejo de obter e que nunca sequer pensa em dar, egoísta. Lc.12:15
2ª- Koinõnia – Significa “uma divisão prática” com os que são menos afortunados. A comunhão cristã é uma coisa prática. Rm.15:26; II Cor. 8:4;9:13
Pleonexia – Descreve o pecado do homem que usa sua posição por vantagem própria, para aproveitar-se das pessoas a quem deve servir, o homem que vê seus vizinhos como criaturas a serem exploradas e não como filhos de Deus que devem ser servidos. I Ts.2:5; II Pe.2:3
3ª- Koinõnia – Significa “uma cooperação na obra de Cristo” Fp.1:5
Pleonexia – Em Cl.3:5 é identificado coma idolatria. É a adoração aos objetos em lugar de Deus. Quando o homem tem pleonexia no seu coração, ele perde Deus de vista num desejo louco de obter.
4ª- Koinõnia – Significa “um membro no convívio da fé”, o cristão nunca é uma unidade isolada. Ef.3:9
Pleonexia – é o pecado do mundo sem Deus; Rm.1:29. O homem virou as costas às leis de Deus
5ª- Koinõnia – Significa “viver na comunhão, na presença, no convívio, na ajuda e na orientação do Espírito”. Fp.2:1;II Cor.13:14
Pleonexia – è o desejo de ter aquilo que é proibido, esta ligada ao pecado sexual (Mc.7.22; Rm.1.29; Ef.4.19). É não refrear os apetites e desejos contrários as leis de Deus e dos homens.
Lightfoot teólogo Inglês 13 de abril, 1828 - 21 de Dezembro de 1889 (sobre Rm 1.29) define pleonexia como “a disposição que sempre está a sacrificar o próximo em lugar de si mesmo em todas as coisas.”

Bibliografia
Elienai Cabral – Mordomia Cristã, pg. 128
William Barclay - Palavras do Novo Testamento, pg.166
Biblioteca Digital Libronix
http://en.wikipedia.org/wiki/Pleonexia
http://en.wikipedia.org/wiki/Koinonia
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%ADcero
http://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Barber_Lightfoot

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

"Lúcifer" em Isaías 14:12-17


O nome Lúcifer tem sido muitas vezes entendido como outro nome para o diabo ou Satanás. Esta identificação tem uma longa história na Igreja, que remonta a pelo menos o quarto século. Sua origem é na verdade de uma passagem do Antigo Testamento do livro de Isaías que, para alguns, fala de um ser expulso do céu por causa do orgulho. Uma vez que algumas pessoas vêem uma referência ao demônio sendo expulso do céu no Novo Testamento (Apocalipse 12:9-12; Cf Lc 10:18), eles concluíram que a passagem de Isaías se refere à mesma coisa.
A passagem (ARC): 14:12
12 Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!
13 E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte.
14 Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo.
15 E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.
16 Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão e dirão: É este o varão que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?
17 Que punha o mundo como um deserto e assolava as suas cidades?

Na tradução do Rei James, versículo 12 diz:
Como caíste do céu, ó Lúcifer , filho da manhã ! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações!

… O Lucifer, son of the morning!..
....O Day Star, son of Dawn… (outra tradução)
dawn sig; alvorada, amanhecer, romper o dia, raiar o dia, fig começo, início, despertar, origem.
Enquanto que morning sig; de manhã bem cedo, adj matutino.
Aqui é onde encontramos o nome de Lúcifer.
O termo Lúcifer foi popularizado em Inglês da tradução do Rei James. No entanto, o nome não vem do hebraico, ou mesmo a partir da tradução grega (Septuaginta), mas a partir do século IV dC da tradução latina deste versículo:
quomodo cecidisti de caelo lucifer qui mane oriebaris corruisti em TERRAM qui vulnerabas gentes.

No latim era um nome para Vênus, especialmente para a “estrela da manhã”. A palavra latina Lúcifer é composta por duas palavras: lux, ou sob a forma genitiva utilizada Lucis, (que significa "luz") e ferre , o que significa "suportar" ou "levar". Assim, a palavra Lúcifer significa portador da luz. A mesma palavra é usada em outros lugares da Vulgata Latina para traduzir termos em hebraico que significa "brilhante", especialmente associado com o céu.
Exemplos:
“E a tua vida mais clara se levantará do que o meio-dia; ainda que haja trevas, será como a manhã. Jó 11:17
O termo aqui usado no hebraico para manhã é בֹּקֶר(boqer) foi vertido para o latim como lúcifer.

“O teu povo se apresentará voluntariamente no dia do teu poder, com santos ornamentos; como vindo do próprio seio da alva, será o orvalho da tua mocidade.”
Outro termo hebraico שְׁחָר (shachar) está no Salmo 110:3 em que a VUL traduziu por luciferum.
O termo também ocorre no (plural luciferum) em Jó 38:32 para se referir a uma constelação astral.O termo hebraico מַזָּרוֹת (mazzarwoth) é vertido para o latim luciferum.
Ou produzir as constelações a seu tempo e guiar a Ursa com seus filhos? (ARC)
Ou fazer aparecer os signos do Zodíaco ou guiar a Ursa com seus filhos? (ARA)
Outras formas da palavra são usadas de forma semelhante, para se referir à luz ou as estrelas. Isso reflete o grego, tradução Septuaginta a utilização de ἑωσφόρος (heosphoros) , "estrela da manhã" para traduzir o hebraico de Isaías 14:12.
Há algum debate sobre a origem exata da palavra original em hebraico de Isaías 14:12 הֵילֵל (heylel ). A possibilidade mais forte é que ele vem de uma raiz verbal הלל (halal) que significa "brilham" Jó 29:3, bem como "de louvar" (onde nós começamos a frase ( halelu-yah). Em qualquer caso, a forma nominal é o termo hebraico para a estrela da manhã, na maioria dos casos, o planeta Vênus. Tanto a tradução grega do século II aC, na Septuaginta (ἑωσφόρος ὁ πρωὶ ἀνατέλλων), e no quarto século dC tradução latina da Vulgata Latina (lucifer qui mane oriebaris ) dão entender que este é o significado da palavra hebraica heylel .
Lúcifer (do latim lux, lucis, "luz" e ferre, "portar, levar", ou seja, "Portador de Luz) é um nome que, devido a uma interpretação errônea do Livro de Isaías, foi freqüentemente dado a Satã, líder dos demônios ou anjos caídos na tradição judaica-cristã, ou mais especificamente tido como seu nome antes da Queda.
Em latim, o nome Lucifer, "Portador de Luz" era dado à Estrela d'Alva ou Estrela da Manhã, o planeta Vênus em suas aparições matinais. Na Vulgata, versão canônica da Bíblia para o latim ao longo da maior parte da existência da Igreja , essa palavra é usada algumas vezes como já expostos.
Em uma delas, na segunda epístola de Pedro, 1:19, traduz o grego Φωσφόρος, Phosphoros, que tem exatamente o mesmo sentido literal de "portador de luz" do latim:
Assim demos ainda maior crédito à palavra dos profetas, à qual fazeis bem em atender, como a uma lâmpada que brilha em um lugar tenebroso até que desponte o dia e a estrela da manhã (Phosphoros, Lucifer) se levante em vossos corações.
A outra vez está em Isaías, capítulo 14, como tradução do hebraico הֵילֵל (heylel ) que também significa "Estrela d'Alva", ou mais precisamente הילל בן־שׁחר, heylel ben Shahár, "Estrela d'Alva, filho da Manhã", vertido na Vulgata como Lucifer qui mane oriebaris (literalmente, "Estrela d'Alva que nascia da Manhã"). Nessa passagem, como o próprio profeta deixa claro, o nome é dado ao rei da Babilônia, cuja tirania haveria de cair:
Esta é a posição que prevaleceu durante a maior parte da história da igreja até a época da Reforma e do Iluminismo, quando começamos a fazer umas perguntas mais diretas do texto bíblico. Também ganharam mais informações em novas descobertas arqueológicas de antigas civilizações, dando-nos uma grande quantidade de informações sobre Mesopotâmia antiga e da religião babilônica.
A religião babilônica era uma religião astral, intimamente relacionada com as práticas Cananéia, embora mais focada no sol, na lua e nas estrelas e seu movimento que nos ciclos da natureza. Os babilônios eram “adorados como deuses” as manifestações dos corpos celestes. Trata-se da Babilônia que nós temos os signos do zodíaco representando constelações. Sabemos agora que os dois termos utilizados no texto hebraico de Isaías, הֵילֵל (heylel ) , estrela da manhã, e בֶּן־שָׁחַר ben Shahár estrela d'alva , foram astral divindades da Babilônia (que se reflete na maioria das traduções modernas).
Agora, se olharmos para o texto de Isaías 14 em seu contexto, e sem os pressupostos, o significado da passagem se torna mais evidente e segue um caminho radicalmente diferente.

O livro de Isaías passou os primeiros capítulos denunciando os pecados de Israel e sua incapacidade de ser povo de Deus. Houve também a expectativa de que Deus irá trabalhar em novos caminhos na vida da nação, para ajudar a recuperar a sua missão como povo de Deus. Uma dessas formas seria através de um novo rei para substituir o Acaz corrupto.
Isaías 13 começa um longo trecho do livro conhecido como "oráculos contra as nações estrangeira." Este é um formato padronizado nos profetas para universalizar responsabilidade para com Deus. Não só Israel, mas todas as nações eram responsáveis perante Deus e cairiam sob o mesmo julgamento Israel. Como é típico em outros livros proféticos (Amós, Jeremias, Ezequiel), nem todos estes oráculos provenientes do mesmo período de tempo como Isaías de Jerusalém, mas eles seguem um padrão semelhante e têm a mesma função no livro.
Isaías 13 faz parte do oráculo contra Babilônia, provavelmente de um tempo após o Exílio. Em linguagem muito floreada, poético, e muito figurativo, a Babilônia é denunciado por sua arrogância e falta de preocupação com as outras nações como ela construiu o seu império.
Aqui, o rei da Babilônia é comparado com a estrela da manhã, filho da alva, astro que os cananeus consideravam como um deus que desejava colocar-se acima dos demais deuses (v. 13). Esse deus, segundo criam os cananeus, habitava num monte localizado em um distante ponto do Norte. Com essa figura, o autor ridiculariza o orgulho e a arrogância do rei da Babilônia, insinuando que também ele deverá cair como aquele deus pagão. Cf. a passagem sobre a queda do rei de Tiro em Ez 28.11-19.
É interessante que, em 13:10, é feita menção específica da falha dos deuses da Babilônia (constelações, lua, sol) para ajudá-los quando Deus chama, em seguida, à prestação de contas.
Capítulo 14, em seguida, começa com a promessa de retorno de Israel do exílio babilônico, um tema que domina a parte central de Isaías (40-55). Parte desse retorno implicaria a queda do tirano rei da Babilônia. Nesse contexto, os versículos 12-21 são uma imagem poética de que a queda. הֵילֵל (heylel ), estrela da manhã , e בֶּן־שָׁחַר ben Shahár , (amanhecer), então, são referências aos deuses da Babilônia, que não conseguiu salvar o rei, e estão-se a ser deitado abaixo.
De fato, há provavelmente uma referência aqui para o hábito dos antigos reis do Oriente Próximo proclamando-se encarnações dos deuses, com a queda dos reis, os deuses também caíram, muitas vezes fisicamente, como as imagens que representavam eram derrubadas e destruídas.
Assim, a passagem de Isaías não liga, quer historicamente ou teologicamente, com as passagens do Novo Testamento sobre o diabo ou a Satanás. Ao ouvir a passagem do Antigo Testamento em seus próprios termos do seu próprio contexto, descobrimos que Lúcifer não é um nome do Velho Testamento para o diabo ou a Satanás. A passagem em Isaías 14:12-17 é dirigida contra a queda dos governantes babilônicos arrogante que levou Israel para o exílio.
Isaías designa הֵילֵל (heylel ), estrela da manhã , e בֶּן־שָׁחַר ben Shahár como filho de Shahár. Este, segundo um poema ugarítico, era o deus da aurora, enquanto seu irmão gêmeo, Shalim, representava o crepúsculo e ele é o irmão gêmeo e inimigo de Shahar o deus do amanhecer. Ambos eram filhos de El (também chamado Latipan e Dagon) e de Athirat (Astarte), sua parceira divina, ou sua parceira mortal, de nome não conhecido.
O pano de fundo da sua metáfora parece ser a imagem da Estrela d'Alva que surge como a mais brilhante do céu, ofuscando Júpiter e Saturno, mas em seguida é ofuscada, "expulsa" pela luz do Sol. É uma hipótese plausível, ainda que não atestada, que Isaías estivesse citando algum mito cananeu que refletisse essa idéia, narrando que הֵילֵל (heylel ), estrela da manhã , e בֶּן־שָׁחַר ben Shahár , teria desafiado os demais deuses tomando a montanha no Norte onde se reuniam, mas foi arremessado ao abismo.
E bom observar que os vers.15 (שְׁאוֹל , sh ̂eol ), traduzido aqui por inferno (latina: infernum), que significa "as profundezas" ou o "mundo inferior (dos mortos), sepultura, inferno, cova, lugar do qual não há retorno, sem louvor de Deus, e (בוֹר bowr), traduzido aqui por abismo significando cova, poço, cisterna; vers. 19,20 (‍קִּבְרְךָ qeber), traduzido aqui por túmulo, sepultura, tumba. Todas essa palavras estão relacionadas ao mundo fisico, a uma pessoa fisica, um termino permanente.
De qualquer forma, quando os judeus da diáspora fizeram a tradução pioneira do hebraico para o grego, encomendada por Ptolomeu II (287 a.C.-247 a.C.) para a Biblioteca de Alexandria e conhecida como Septuaginta, heylel ben Shahár foi traduzido como Φωσφόρος, Phosphoros ou ἑωσφόρος heosphoros, nome da divindade grega que personificava a Estrela d'Alva, chamado Lúcifer pelos romanos e que era filho de Eos. Eos (em grego, Ἠώς – Êôs, 'aurora') era a deusa grega que personificava o amanhecer a deusa da manhã, Os romanos o chamava de Aurora. Aurora era a deusa do amanhecer, equivalente à grega Eos. Aurora é a palavra latina para amanhecer; renovava-se todas as manhãs ao amanhecer e voava pelos céus anunciando a chegada da manhã.
A identificação com Satã aparece pela primeira vez na Vida de Adão e Eva e no primeiro Livro de Enoc, escritos no século I a.C. Neste, Satã ou Sataniel é descrito como tendo sido um dos arcanjos ; a tradição judaica elaborou a queda dos anjos sob a liderança de Samhazai ou Semyaz. Porque ele planejou "erigir seu trono acima das nuvens mais altas e se assemelhar a 'Meu poder' no alto", Satanás-Sataniel foi lançado abaixo, com suas hostes de anjos, e desde então ele tem voado no ar sobre o abismo.
Os autores cristãos Tertuliano (Contra Marrionem, v. 11, 17), Orígines (Ezekiel Opera, iii. 356) e outros, também identificaram Lúcifer com Satanas, que no Evangelho de Lucas (10:18) e no Apocalipse (12:7-10) também foi descrito como tendo sido "arrojado dos céus". O próprio Jerônimo, tradutor da Vulgata, pensava que essa passagem aludia a Satanas. Esta interpretação é geralmente atribuída a ele, que ao traduzir a Vulgata atribuiu Lúcifer ao anjo caído, a serpente tentadora das religiões antigas, embora antes dele esta interpretação não existisse
Várias traduções tradicionais e influentes da Bíblia, inclusive a inglesa do Rei James como já foi exposto, mantiveram o nome de "Lúcifer" em Isaías, em vez de vertê-lo da forma adequada em vernáculo, reforçando a identificação errônea. Assim, Satanas veio a ser conhecido como Lúcifer também em obras literárias como A Divina Comédia de Dante Aleghieri e O Paraíso Perdido de John Milton.
Por isso, também foi o nome dado ao anjo caído, da ordem dos Querubins (Ez 28.14). Assim, muitos nos dias de hoje, numa nova interpretação da palavra, o chamam de Diabo (caluniador, acusador), ou Satanas (cuja origem é o hebraico( שָּׂטָן ) Shatan, Adversário
Na tradução de do Padre Antonio Pereira de Figueiredo verte Isaías 14:12: "Como caíste do céu, ó Lúcifer, tu que ao ponto do dia parecias tão brilhante

Fontes de pesquisas:
99 perguntas sobre Anjos, Demônios e batalha Espiritual – B.J. Oropeza – pg.63 Ed.MC
Apócrifos e pseudo-epígrafos da Bíblia – pg. 261ss; Ed. Fonte editorial
Dicionário Grego-Português e Português-Grego 7º edição – Isidro Pereira, S.J. - Livraria Apostolado da Imprensa
Dicionário Latino-Português de 1950 – José Cretella Júnior e Geraldo de Ulhôa Cintra – Companhia Editora Nacional
http://pt.fantasia.wikia.com/wiki/L%C3%BAcifer
http://www.crivoice.org/lucifer.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Lúcifer
http://pt.wikipedia.org/wiki/Aurora_(mitologia)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eos
Michaelis Dicionário de Portugues-Inglês e Inglês e Português
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Eliel Sobrinho- conferencista