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sexta-feira, 10 de junho de 2011

O servo da orelha furada




Sacrifício e oferta não quiseste os meus ouvidos abriste, holocausto e expiação pelo pecado não reclamaste. Sl.40.6
Davi escreveu este salmo baseado numa de suas experiências de rejeição, provavelmente quando seu filho Absalão rebelou-se e furtou os corações das pessoas (IISm 15.6).


Absalão dera inicio a revolta aberta com uma festividade sacrificial. Sentido rejeitado, Davi clamou ao SENHOR numa oração em que pede livramento. Deus já o tinha dado livramento anterior, agora espera que seja ajudado de novo.
Os cinco primeiros versículos são cânticos de louvor para a respostas as suas orações, Deus havia levantado Davi, tirando-o da cova, e dando-lhe um cântico de agradecimento.
No versículo seis, Davi faz uma referencia a lei hebraica, concernente ao servo.

Aqui especificamente, Davi declara sua devoção a Deus, sendo servo obediente. Ele observa que Deus não está interessado na faceta cerimonial dos sacrifícios - “sacrifícios e ofertas não quiseste...” vr.6. Os sacrifícios legais de animais eram apenas figuras do único sacrifício legal e verdadeiro pelo pecado (Jesus).
“...as minhas orelhas furastes...” A lei concernente ao serviço hebreu é explanada duas vezes nas Escrituras (Ex.21.1-6; Dt.15.12-18).
Israel era uma nação agrícola, na economia agrária os pequenos proprietários de terras às vezes faliam, o proprietário em vez de vender sua pequena propriedade, oferecia-se como servo para algum fazendeiro.

Não se tratava de um acordo perpétuo, mas com duração de seis anos apenas. No sétimo ano esse servo deveria ser libertado. Ele só devia levar consigo a esposa e os filhos adquiridos durante a servidão. Neste período o contrato terminava, e, ele voltaria provido de mercadoria, para reiniciar sua vida. Quando esse servo ou escravo resolvesse não abandonar seu senhor ou amo, e resolveria continuar servi-lo, em vê de ser livre. A fim de oficializar esse ato e servi-lo perpetuamente, teria que participar de uma pequena cerimônia prescrita para a ocasião.

O senhor (proprietário) pegava esse escravo que decidiu liberalmente a optar em continuar servir-lo, levava ao juiz local, e publicamente declarava seu amor ao seu senhor. “Eu amo meu senhor, e minha mulher, e meus filhos, e quero sair forro.” Ex.21.5

Em seguida era levado á porta de madeira e sua orelha era furada com um sovelo, deixando uma cicatriz permanente, ou seja, uma marca de servidão. A partir de então ele não deveria retroceder, devia servir seu senhor pelo resto da vida. (obs.sovelo – um instrumento de ferro ou de aço em forma de haste, cortante e pontiagudo)


Bibliografia:

Ele Humilhou-se a Si mesmo – Kenneth C.Fleming

PREGADORES OU CLONES?




No decorrer da história, homens como, Jerônimo Savonarola, Martinho Lutero, João Wesley, Carlos Finney, Hudson Taylor, Spurgeon, Dwight Moody e por não falar tantos outros, que a lista não seria pequena. Sem estes por sua vez, perder suas características foi grandes vultos humanos, homens ilustres em valor, valentes, fiéis, vencedores, desbravadores. Em fim, a vida desses homens nos inspira; e continua nos inspirando com seus sermões ardentes e empolgantes, bem como suas histórias.

Mas infelizmente o que se tem percebido é clones. Pregadores que perderam totalmente sua identidade, imitando no vestir, no falar, no gesticular, até mesmo na oração, os grandes do passado e do presente.

Aos que receberam do Senhor esse chamado, devem estar ciente dos fatos, principalmente da renuncia, que ela exige de cada um. Jesus certa feita se dirigiu algumas pessoas que queriam segui-Lo.

Ao primeiro disse: “As raposas têm covis, e as aves, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. Ao segundo Jesus lhe respondeu: “deixa aos mortos o enterrar os seus mortos”.
Ao terceiro “Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus”.

Alguém se ofereceu para seguir Jesus. E seguir a Jesus requer empenho radical de fidelidade. O que Jesus esta dizendo, que não há nada demais possuir uma casa, uma cama, ou de possuir filhos, de cuidar dos pais, ou demonstrar respeito com a família, mas seguir a Jesus exige-se um preço muito alto, até mesmo corte no laço familiar que muitas vezes nos prendem. (Lc.8:19;20)

A Bíblia nos mostra alguns homens deixaram alguma coisa para serviço do Senhor:
Abraão deixou sua terra e sua parentela. Gn.12:1-4
Moisés deixou sua elevada posição. Ex.3:4-10; At.7:20; Hb.11:24-26
Elizeu deixou seus bois e sua agricultura. I Rs.19:19-21
Mateus deixou a coleta. Lc.5:27,28
Pedro e André deixaram suas redes de pescar. Mt.4:18-20
Tiago e João deixaram seus barcos e seu pai. Mt.4:21,22

A Bíblia também trata de muitos homens, cujas vidas nos inspiram e nos ensinam preciosas lições. Estas qualidades deveriam ser inerentes nas vidas daqueles que receberam um chamado da parte do Mestre. Veja alguns exemplos:



Eliezer - Humildade – Gn.24:2,34
Moisés – Fidelidade – Nm.12:7
Samuel – Santidade – I Sm.12:2-5
Daniel – Integridade – Dn.6:4
Barnabé – Espiritualidade – At.11:24
Paulo – Fidelidade – II Tm. 4:7
Tíquico – Fidedignidade ou digno de confiança – Cl.4:7,8
Epafras – servo fiel - Cl.1:7; Fm.23
Demétrios – vida irrepreensível, caráter – III Jo.12.


Assim como a Bíblia exemplifica o sucesso de alguns obreiros no ministério, da mesma forma a Bíblia ilustra acerca dos maus obreiros, pregadores, pelos quais não devem ser admirados e nem seguidos como exemplos.
Jr.6:13 - profetas e sacerdotes avarentos
Ez.34:2,10 – pastores egoístas e vaidosos, que só cuidam dos seus próprios negócios.
Os.4:6 – obreiros omissos no ensino da lei divina.
Mt.25:26,30 – “servo mau, negligente, inútil”
At.20:30 – Falsos obreiros que atraem seguidores através dos falsos ensinos.
II Pe.2:1,19 – Falsos obreiros que anunciam um evangelho fácil, sem renuncia e sem santificação.

Há também dentro dessa classe, aqueles que trabalham em dupla como:
Simei e Zilba – II Sm.19:16,17
Acaz e Uzias – II Rs.16:10
Himineu e Fileto – II Tm.2:17,18
Nadabe e Abiu – Lv.10:1

Também existe um outro grupo que podemos chamar ou tratar de “os autochamados”, isto é, aqueles que se oferecem sem nenhuma preparação, chama-se a si mesmo, sem Deus ter qualquer participação no caso. Exemplos disso têm:
Ló simplesmente foi com Abraão. Gn.13:5
Aimáas era levita, filho do sacerdote Zadoque.
Aimáas saiu sem ser chamado, nem enviado. Esta é a figura do obreiro sem ministério e pior sem mensagem.

Billy Graham disse que os três maiores problema no meio cristão são:

a) Um cristianismo sem Cristo
b) Uma reconciliação sem perdão
c) Pregadores sem mensagem


A revista Defesa da Fé, ano 3; n° 20 de março de 2000; cujo o convidado prof. Christiano P. Neto da ABPC (pós-graduação em Ciências pela Universidade de Londres, professor universitário, como; por exemplo, na Universidade Federal de Viçosa – MG), veja o que escreveu sobre a “clonagem”.

“A verdadeira experiência de clonagem, entretanto, consiste em se obter um ser vivo (clone) exatamente igual, do ponto de vista genético, ao ser do qual ele foi clonado. Sabemos que os clones carregam consigo o mesmo material genético do ser que o originou, isto é, do qual foi clonado. Mas quanto ás características psicológicas, suas preferências, suas habilidades? Que podemos dizer acerca da questão espiritual?”

Abordando acerca dos clones em relação aos gêmeos; o prof. Diz que: “Oriundos do mesmo material genético, eles guardam entre si semelhanças muito significativas, mas não totais. Gêmeos idênticos, por exemplo, possuem impressões digitais distintas. Já com os clones, a situação é inteiramente diferente. Neste caso, os clones e o doador são de fato geneticamente idênticos...isto, entretanto, não significa que eles sejam réplicas exatas um do outro. Caso os clones humanos venham a ser tornar uma realidade, vamos ter alguns problemas nessa áreas. Como se sentiriam os clones sendo praticamente filhos de ninguém? Que diferença apresentariam em relação aos demais seres humanos? Seriam eles discriminados pelo restante da população?”

O fator predominante aqui é fazer aproveito do assunto abordado e chamar a atenção aos chamados pregadores (clones).
Muitos se vestem, falam, se comportam, oram, até se expressam da mesma maneira.

Vejam bem,... “eles guardam entre si semelhança muito significativa, mas não
totais.” Ainda que queira se reproduzir da mesma maneira em todos os aspectos será notado sem dúvida por alguém que você não é o outro, significando que não são réplicas exatas um do outro...”

Quando o apostolo Paulo nos aconselhou a imitá-lo (I Co.11.1), estava nos encorajando a imitá-lo na fé, no caráter, em seus procedimentos e ações diante de Deus e dos homens e não entoações de voz, gestos e maneiras de ser vestir.
Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo. O termo imitar vem do grego μιμηταί, esse termo imitação derivado do latim imitatio (resulta de imitari, da mesma raiz de imago, “imagem”) foi comumente utilizado como sinônimo do termo grego mimesis (resulta do verbo mimeisthai e de mimos, “mímica”, “imitação”, “arte”, “mimese”). Apesar das suas diversas metamorfoses semânticas, que vão desde uma cópia irrefletida quanto à representação, passando pela reprodução de modelos, pela duplicação realista ou pelo simulacro ilusionista, entre outras, existe entre elas um elemento comum: a imitação supõe a apresentação de qualquer coisa num plano-outro-mediato que se diferencia daquele plano-mesmo-imediato em que a coisa é apresentada. Deste modo, torna-se menos redutora e insuficiente a tradução verbal do conceito de imitação que, geralmente, se expressa como reprodução mais ou menos imperfeita de um original conhecido.

A Bíblia Pentecostal traz uma nota acerca dos crentes bereanos (At.17.11): “O exemplo dos crentes bereanos serve de modelo para todos quantos ouvem os pregadores e ensinadores expondo as Escrituras. Nenhuma interpretação ou doutrina deve ser aceita sem exame. Pelo contrario, tudo deve examinada (Gr.examinar; anakrino – peneirar para cima e para baixo; fazer um exame cuidadoso e exato) cuidadosamente. Somos levados a uma averiguação da palavra, e não a imitação.
John Ankerberg e John Weldon em seu livro; os Fatos sobre o Movimento da Fé, afirma-nos que: “ Não podemos nos tornar cristão maduros sem estudar. Estudar é necessário... cada um de nós tem a obrigação diante do Senhor de estudar a sua palavra e prepara para crescer...e tal maturidade só pode ser obtida mediante o conhecimento da sã doutrina e do viver conforme os seus preceitos.” No final ele diz “...erro gera erro, heresia gera heresia, sempre em nome da verdade e em nome do evangelho...”
Esse é o problema dos clones, se não meditar na Palavra de Deus.

Bibliografia:



Pregadores ou Clones? Eliel Sobrinho pag.28, 29, 30,31

Defesa da Fé – ICP, revista de Apologética do Instituto cristão de Pesquisa. Ano 3; nº 20 de março de 2000 – pg 18,21,22

Fatos sobre o Movimento da Fé – John Ankerberg e John Weldon – pg. 18,21,24,84


Antonio Gilberto – apostila – o obreiro do Senhor; pag. 2,3


Bíblia de Estudo Pentecostal – pag. 1669, 1735,1954,1973,1675