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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

AS MULHERES QUE REVOLUCIONARAM UMA ÉPOCA




“As mulheres que revolucionaram uma época!”
Nm. 27.1
271 וַתִּקְרַבְנָה בְּנוֹת צְלָפְחָד בֶּן־חֵפֶר [1]
בֶּן־גִּלְעָד בֶּן־מָכִיר בֶּן־מְנַשֶּׁה לְמִשְׁפְּחֹת
מְנַשֶּׁה בֶן־יוֹסֵף וְאֵלֶּה שְׁמוֹת בְּנֹתָיו מַחְלָה[2]
נֹעָה וְחָגְלָה וּמִלְכָּה וְתִרְצָה׃
(Sturttgartensia Hebraica)

קרב qarab- vieram מנשה M ̂enashsheh- Manassés
בת bath- filha משפחה mishpachah- Familia
צלפחד Ts ̂elophchad- Zelofeade יוסף Yowceph- José
בן bem- Filho שם shem- nome
חפר Chepher- Héfer מחלה Machlah- Macla
גלעד Gil ̀ad- Gileade נעה No ̀ah- Noa
מכיר Makiyr- Maquir חגלה Choglah- Hogla
מלכה Milkah- Milca תרצה Tirtsah- Tirza
27
A lei acerca das heranças
1 E chegaram as filhas de Zelofeade, filho de Héfer, filho de Gileade, filho de Maquir, filho de Manassés, entre as famílias de Manassés, filho de José (e estes são os nomes de suas filhas: Macla, Noa, Hogla, Milca e Tirza); (Almeida Revista e Corrigida)
a 27.1-11 Este incidente resulta no fato de se modificar a lei que não permitia a uma mulher herdar uma propriedade. Ver as condições adicionais acerca disso colocadas no cap. 36 (36.1-13, n.).
No A.T., bem na época das peregrinações no deserto, no tempo do grande legislador e profeta Moisés, no tempo do segundo censo da nação requerido por Deus, 1406 a.C., houve um acontecimento, uma revolução, uma alteração na legislação de Israel em que está marcada até os dias de hoje.
Na lei hebraica-judaica antiga, só se era concedido apenas aos filhos o direito a herança, ou seja, na lei de Israel prescrevia que a herança do pai era dos filhos homens, na hierarquia dos primogênitos, as filhas mulheres não tinham direito a herança.
T^selophchad = Primogênito – do Lat. Primogenitus = filho mais velho. Um massanita da tribo de Manasses, filho de Héfer e Neto de Gileade, que saiu do Egito com Moisés e que morreu no deserto deixando as suas cinco filhas.
T^selophchad falece sem deixar herdeiro filho homem, e sim filhas. Estas por sua vez mesmo sabendo da lei regida em Israel sobre herdades e heranças foram reclamar o direito de sua herança. Dizendo elas: “Porque se tiraria o nome de nosso pai do meio de sua família, por quanto não teve filhos? Dá-nos possessão entre os irmãos de nosso pai.”
E existem muitas questões sobre a morte de Zelofeade, segundo o Rabi Akiba, aquele homem que foi apanhava lenha no dia de sábado e que foi condenado à morte (Nm 15:32-36); mas também segundo o Rabi Simão, ele era um dos que temiam subir ao cume do monte, mas que caíram mortos pelos amalequitas e os cananeus. (Nm 14:44-45).
Nas traduções atualizadas e corrigidas, dizem que ele morreu de morte natural no seu próprio pecado. Ele fazia parte da primeira geração do êxodo. Conseqüentemente um dos filhos de Israel que murmurou e agiu de incredulidade quando Moisés ordenou grupos para espiar a Terra Prometida (Nm 13:28,31 ao 33). Que por causa da sedição do povo, houve castigo dado por Deus.
Deus disse a Moisés para que se mudasse o percurso o rumo ao deserto, pelo caminho do Mar Vermelho para que neste deserto caíssem os seus cadáveres (Nm 14:12,25,27,35b).

(Como reclamar por um direito, se pela própria legislação reconhecia a herança somente para os homens?) Dt 21:15-17
As filhas de Zelofeade tinham previamente levado o caso para todos tribunais inferiores, ou seja, elas se apresentaram primeiro aos capitães de dezenas,os quais se recusaram a resolver o caso, depois para os de capitães de cinqüenta e depois dos de centenas e todos se recusaram a falar, empurrando para uma autoridade superior à deles, porém todas as autoridades não poderiam ajudar as filhas de Zelofeade, até que chegaram a Moisés.
Moisés com um profundo conhecimento dos sentimentos humanos, não queria ferir a sensibilidade dos capitães consultados, respondeu às filhas de T^selophechad: “eu também me recuso pronunciar-me a respeito; existe um juiz mais eminente do que eu.”
E levou Moisés e Eleazar o sacerdote a causa delas perante o Eterno:
O sustento a vestimenta, calçar, alimento, honra, a sobrevivência familiar vinha de seu pai, herdeiro direto de Manasses. Agora por causa da lei prescrita, cessaria a sua descendência. O caso relativo à distribuição das terras, às herdades de seu pai.
E pela lei se exigia que a propriedade fundiária permanecesse na mesma tribo e na mesma família (Lv 25:10- na lei do Levirato)
As viúvas e órfãs naquele tempo enfrentavam sérias dificuldades. No caso de não terem parentes do sexo masculino para cuidar delas, passavam a depender da caridade e da bondade dos outro.
Sem dinheiro, sem dote, era improvável encontrar um marido que cuidasse delas e muitas morriam de fome.
As filhas de Zelofeade ficaram sem nada e, contudo outra preocupação maior era que o nome do pai delas não tivesse continuidade. Havia o argumento de direito financeiro (herança) e o argumento pelo o direito moral e familiar na continuidade da descendência, como toda família em Israel.
O pedido delas era nada mais nada menos que se alterasse a lei.

Na versão original hebraica Sturttgartensia, temos a versão dos nomes, e que identifica o estado dessas mulheres.

E Machlah (Macla) = “doença” – a 1ª filha e a mais velha de Zelofeade. Machlah procedente de uma raiz primitiva chalah = ser ou tornar-se fraco, estar ou tornar-se doente, estar ou tornar-se aflito ou triste. (Doença do Lat. Dolentia, de dolere = sentir dor, sofrer, Falta de saúde, indisposta.).
Aflição: (Do Lat. Afflictione) = padecimento físico, tormento, tristeza pungente [doloroza]; desassossego, indisposição, inquietação [do lat. Inquietatio, -onis, - falta de sossego]. (Michaelis) // Estado de animo perturbado por causa do que o atormenta; tribulação. (Priberam)
A palavra que acompanha a inquietação é sobrevindo= coisa que sobrevém e altera o andamento de algo, ou que assusta ou inquieta.
E a outra palavra que acompanha a inquietação é a preocupação= estado de espírito ocupado por uma idéia fixa a ponto de não prestar a atenção em mais nada.

Triste: [Tristeza]- (Do Lat. Tristitia) = falta de alegria, melancolia, abatimento, aspecto de quem revela aflição. (Michaelis)
Tristeza: aflição, angustia inquietação, melancolia.
Melancolia: tristeza profunda e duradoura, hipocondria.
Melancolia: (Do gr. Melankhólikós, de melanos – negro, sombrio, trite, funesto + chole – bílis, fel, veneno – pelo Lat. Melancholia.)
-Estado de depressão, de tristeza vaga, de desgosto da vida, propensão habitual ao pessimismo. –Característica dominante de qualquer coisa que inspira tristeza. Estado de depressão intensa vivenciada através de um sentimento de dor moral e caracterizada por inibição psicomotora e por idéias de suicídio.
Melancólico: (Do gr. Melankholikós, pelo Lat, Melancholicus.)
-Que experimenta uma tristeza vaga: melancolia, ela se lembra dos belos dias vividos.

Tirza: Tirtsah = “favorável’, procedente de uma raiz primitiva ratsah – estar contente com, aceitar favoravelmente.
Favorável: (do Lat. Favorabilis, -e) – que ajuda, favorece, que é benéfico = conveniente, oportuno, que é a favor de; que concorda com = apoiante, defensor. ( Dic. Priberam)

Hogla: Choglah = “perdiz” (3ª filha de Zelofeade), perdiz no popular = perda ou prejuízo // e na gíria = condições insuficientes para cobrir despesas.

Milca: Milkah = “rainha”, procedente de uma raiz primitiva malak = ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar.
Rainha: primeira ou mais destacada entre as da sua classe ou área. // Fig. A primeira, a mais bela; que é considerada a principal entre outras do seu gênero (modelo, maneira, qualidade, força, estilo.)

Noa; No’ah = movimento, procedente de uma raiz primitiva Nuwa’ = estremecer, cambalear, agitar, vacilar.
Movimento: (Do Lat. Movimentu) – impulso interior [dic. Michaelis] // [dic.Priberam]
Agitação, revolta.
Mover – conjugar (Lat. Movo, ere; pôr-se em movimento, agitar-se) – fig. Provocar ou ter determinada emoção = abalar, comover.
Agitação = derivação fem. Sing. De agitar; fig. Inquietação, alvoroço.
Estremecer: [Michaelis – estremecer de medo]; // [Priberam – conjugar: fazer tremer, abalar, fig. Assustar, tremer, assustar-se.]
Cambalear: [Michaelis] – caminhar sem firmeza.
Cambalear: [Priberam] – não andar direito (como bêbados); dar passos incertos como quem vai cair.
Palavras relacionadas com cambalear:
Vacilar = não estar firme, cambalear, enfraquecer, afrouxar, oscilar, tremer.
Traspés = passos falsos; traspészava.
Vacilar: [Michaelis] – (Do Lat. Vacillare) – balancear.
Vacilar:[Priberam] – não estar firme, enfraquecer, fig. hesitar, incerto.
Palavras relacionadas com vacilar:
Hesitar: ter falta de decisão, demonstrar receio ou falta de segurança.
Claudicar: (do Lat. Claudicare) – coxear, cometer falta, fraquejar intelectualmente, ter imperfeição, faltar um tanto com os seus deveres.
Trepidar: tremer com medo, ter medo.
Medo: (Do Lat. Metus) – Sentimento de inquietação, de apreensão em face de um perigo real ou imaginário, apreensão, receio, temor, sobressalto.
Medroso: Quem ou aquele que tem medo, pessoa a que falta energia, ou resolução, receoso, temeroso; tímido, acanhado. Fig. Pouco nítido, hesitante, dúbio, fraco.

E da tribo de Manasses da qual elas eram descendentes diretas – M^enashsheh = “levando a esquecer, que se esquece”.

Machalah tornou-se aflita e triste, a situação a levava a ficar assim e como não ceder a essa situação? Como não se entristecer/ E em alguns casos, ficar doente? Do qual deriva o nome dela?!!!... Como não sofre? Como não ficar indisposta?
Tirtsah : estar contente com o que? Aceitar favoravelmente a situação?
No’ah estava agitada e estremecida, e com a história de seu pai. O pai que era a estrutura da família ficou cambaleante. E como não ficar?
Choglah = Perdiz, que sofreu a perda de seu pai, e agora sofreria com as suas irmãs mais perdas, de não ser a continuação da descendência de seu pai e de sua família, de não serem as herdeiras, e pior perderem o sustento e passarem aderem vistas como uma coitada largada a morrer a mingua? Ela não poderia cobrir as despezas de nada por que não tinha condições de nada...
Milkah: rainha = ser ou tornar-se rainha, reinar. Rainha do que? Da pobreza? E reinar o que? Que reino é esse?

Dá-nos:
נתן nathan - 1) dar, pôr, estabelecer, conceder, garantir, permitir, atribuir, fixar.
Possessão:
אחזה ’achuzzah- possessão, propriedade, terra, possessão por herança; procedente do particípio passivo de אחז ’achaz- uma raiz primitiva; tomar posse; apoderar-se de.
Moisés é o líder maior o representante direto de Deus. Essas mulheres se mostram corajosas e petulantes diante de uma sociedade em que elas (mulheres) não tinham tanto valor.
Moisés sabe que essa prescrição (da lei) tinha sido redigida pelo próprio Deus, e só Ele podia revogar ou abrir uma emenda na lei. Moisés não interfere na lei pelo contrario, ele se mostra mediador dessa situação.
As historias dessas mulheres representa para muitas mulheres, como numa sociedade como na nossa, que é se podem alcançar seus objetivos e reivindicar seus direitos sem ferir ninguém e dentro dos padrões estabelecido pela lei – principalmente a lei divina.

sábado, 27 de novembro de 2010

QUANDO UM ESPINHO AGRADA À DEUS parte 2


“Quatro Razões Que Deus pôs um Espinho na Carne de Paulo
Há quatro razões existentes e significativa têm como objetivo e propósitos na vida de cada crente sincero, ainda que cause aflições (θλιψις thlipsis) no grego clássico significa pressão, opressão derivado de (θλιβω thlibo) que tem sentido geral de afligir, pressionar, esmagar, apertar, metáf. aborrecer, afligir, angustiar
1ª) Razão: “orgulho”
O vr. 7 diz: “..para que me não exaltasse pelas excelências das revelações...”. O texto grego diz καὶ τῇ ὑπερβολῇ τῶν ἀποκαλύψεων ou seja, extraordinária grandeza, excesso, superabundância.
υπεραιρομαι huperairomai esta na voz média: levantar ou construir sobre algo, levantar-se, ser exaltado, ser arrogante,conduzir-se arrogantemente, comportar-se insolentemente perante
υπερ huper , preposição primária; em benefício de, para a segurança de,acima, além, mais que, mais, além, acima.
αιρω airo
uma raíz primária; TDNT - 1:185,28; levantar, elevar, erguer , levantar do chão, pegar: pedras ,erguer, elevar, levantar: a mão , içar: um peixe,tomar sobre si e carregar o que foi levantado, levar, levar embora o que foi levantado, levar ,mover de seu lugar , cortar ou afastar o que está ligado a algo ,remover ,levar, entusiasmar-se, ficar exaltado , apropriar-se do que é tomado ,afastar de alguém o que é dele ou que está confiado a ele, levar pela força ,levar e utilizar para alguma finalidade , tirar de entre os vivos, seja pela morte natural ou pela violência.
A soberba é um princípio Satânico. O pecado não começou com um ato exterior, mas com uma decisão interior no coração. Cinco vezes Satanás disse em seu coração: “Eu subirei..., [eu] exaltarei..., me assentarei..., [eu] subirei..., [eu] serei...” Is14. 13. Essas afirmações mostram a essência do pecado; a reivindicação do direito da criatura na autodeterminação, independência de Deus, ou autonomia pessoal.
O primeiro dos pecados mortais é o orgulho. Lemos em Provérbios, “A soberba precede a destruição, e à altivez do espírito precede queda” (Prov. 16.18). Todo pecado é egoísmo, o orgulho é a exaltação do ego, o qual se delicia com o pensamento de ser superior a todos os semelhantes. O mesmo livro de Provérbios “Todo homem arrogante é abominação ao Senhor.” (Prov. 16.5). E ainda no mesmo livro de Provérbios 29.23, lemos “A soberba do homem se abaterá; mas o humilde de espírito obterá honra.”.
O orgulho que Deus abomina não é o respeito ou o legitimo sentimento de dignidade pessoal. É o amor próprio, soberbo e indesejável, desproporcional, além do valor real que o individuo tem. Deus disse, em Salmos 101.5: “Aquele que tem olhar altivo e coração, não o tolerarei.” Deus não suporta, não admite a soberba. Ele a odeia!
O orgulho pode tomar várias formas, emanando, porém, todas elas da soberba do coração humano. Alguns são altivos no olhar, no trajar; outros, em sua vida social; ainda outros se orgulham de sua raça e outros mais nos seus negócios. Noutras palavras, o orgulho pode ser espiritual, intelectual, material e social. O mais repugnante desses quatro é o espiritual. Foi esse que levou Lúcifer, o Diabo, a queda.
A soberba espiritual leva a pessoa a confiar mais em seus méritos e virtudes próprias do que na graça de Deus. O soberbo é presunçoso, satisfeito consigo mesmo e cheio de vaidade. Deus abomina o orgulho espiritual pelo fato de o orgulho pensar ser bom e justo aos seus próprios olhos. É como a parábola do fariseu e do publicano em que o fariseu presunçoso disse: Graças te dou, ó Deus, porque não sou como os demais homens. Lc. 18.11
São pessoas cheias de si, orgulhosas e farisaicas, gloriam em sua justiça própria, e acham que são melhores que seus semelhantes. Tiago 4.6: “Deus resiste aos soberbos; dá, porém, graças aos humildes.”.
Deve ficar grafado em nossos corações e mentes o quanto Deus aborrece o orgulho. O orgulho em nossos corações faz Deus rejeitar nossas orações e reter sua presença em graça para conosco. O exaltado em si mesmo, busca a honra e estima dos outros a fim de satisfazer o seu orgulho. “Provérbio 27.2 nos adverte: Louve-te o estranho, e não a tua boca, o estrangeiro, e não os teus lábios.” Parafraseando este versículo: “Não faça elogios a si mesmo; deixe isso por conta de outras pessoas”.
A soberba significa mostrar-se a si mesmo acima dos outros, sempre é usado no Novo Testamento no mau sentido de “arrogante, desdenhoso, orgulhoso, altivo, soberbo”. Rm. 1.30, Tg.4.6, IPe.5.5
Como vimos no inicio, as variam traduções para espinho, espinheiro, usadas tanto no sentido literal como figuras de linguagem. Mas duas coisas nos chamam a atenção Nm33. 55 e Js23.13. Nestes dois casos a palavra hebraica Tseninim usada no plural eram personalidades.
Isto nos faz entender que o espinho que Paulo se refere era um “mensageiro” de Satanás; ou conforme outras traduções, “anjo” de Satanás, que se refere também a uma personalidade. A função desse mensageiro ou anjo (αγγελος aggelos) um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus, para que Paulo não se exaltasse pelas suas excelências das revelações.
O espinho na carne de Paulo foi para preveni-lo do pecado de orgulho. Veja a oração do salmista: “Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim; então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão.” Sl. 19.13
2ª ) Razão: “humildade”
O vr. 8 9 “... Cerca do quais três vezes orei ao Senhor para que desviasse de mim. E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade pois me gloriarei nas minhas fraquezas para que em mim habite o poder de Cristo.
Em 2ªCo. 12; como em outras ocasiões, Paulo teve que se defender contra certas acusações falsas. Isso surgiu pelo fato de ter recebido uma revelação da verdade divina maior do que qualquer outra tinha recebido até então. Deus revelou coisas a respeito de si mesmo, algumas quais ele foi proibido de revelar, as outras ele deveria comunicar através das epistolas.
Paulo passa então, justificar sua asserção: “foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não são licito ao homem referir” 2ªCo. 12.4.
A palavra grega para inefável, nesta passagem é αρρητος arrhetos - inexprimível, o que não pode ser expressado (por causa de sua santidade) aparece só uma vez em todo Novo Testamento – significa sagrado de mais para ser falado. Era de uso comum nas religiões. Que tais palavras não era licita para falar para homens de sua geração é ir alem do que está escrito.
O espinho de Paulo foi à maneira que Deus usou para mostrar sua suficiência. O mundo esta infectado de caráter autopromocional, grandes nomes que recebe preeminência nos meios de comunicação e o perigo é o que o povo de Deus poderá presumir que as maiores bênçãos advenha dos maiores nomes e revelações.
A humildade é uma virtude que deve ser cultivada. Esta palavra no Novo Testamento ταπεινος tapeinos significa primeiramente “abaixado”; “trazido para baixo”; “trazer para terra”,humilde, humildemente, que do latim “húmus” – terra, conscientizar das nossas fraquezas e das nossas dependências, nos fazer saber que somos pó, terra, em outras palavras, não somos nada. O texto diz: “Deus resiste aos soberbos, dá, porem, graça aos humildes”.
Jesus no sermão do monte contradisse todos os juizes e todas as expectativas nacionalistas a cerca do reino de Deus, Mt5. 3; “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.” Jesus mostra a verdadeira felicidade é concedida ao pobre, não ao rico, ao frágil, não aos poderosos, aos humildes e não aos soberbos. Jesus palmilhou o caminho da humildade. O fundamento desta promessa, acham-se no modo de vida do próprio Jesus, conforme Ele o interpretou em Mt. 11.28,29. Ele é “manso” e “humilde de coração” (ὅτι πραΰς εἰμι καὶταπειν ὸς τῇ καρδίᾳ). Os dois pensamentos ficam em paralelo e demonstram que Jesus era submisso diante de Deus, dependia completamente Dele, e se dedicava a Ele, enquanto ao mesmo tempo, era humilde diante dos homens. Paulo na descrição da Obra de Cristo, disse: “que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus”. Mas aniquilou-se a si mesmo, tornando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz.
3ª) Razão: “dependência”
Aquela situação que não sabemos o que era, produzia em Paulo uma dependência de Deus, constante e consciente.
Paulo sabia que não podia realizar coisa alguma sozinho, tinha mesmo que depender de Deus. Descobriu que seu sofrimento o resguardou do orgulho, deixo-o mais humilde e mostrou-se que Deus era suficiente, fazendo-o dependente Dele.
O texto é bem claro o anjo, veio: “para me esbofetear” Vr. 7. A palavra esbofetear no gr. κολαφιζω kolaphizo, significa dar bofetada após bofetada, dou punhadas, esbofeteio, bater ou dar em alguém soco com o punho fechado, maltratar, tratar com violência e ofensa. De um derivado da raiz grega κολαζω kolazo:controlar, reprimir, restringir, punir, castigar, corrigir,fazer ser punido. Paulo refere-se, figuradamente, a alguma experiência muito dolorosa, que não especifica. Pensa-se em alguma enfermidade (cf. Gl 4.13-14), porém pode ter-se tratado de outro tipo de sofrimento.
É usado em Mc14. 65 quando alguns começaram a cuspir em Jesus, e a cobrir-lhe o rosto, e a dar punhadas (κολαφιζω kolaphizo – esmurrar), e a dizer-lhe: Profetiza. E os servidores davam-lhe “bofetadas”. Aqui onde foi grifado, é outra palavra usada tendo o mesmo sentido; ραπισμα rhapisma; significando pancada com vara ou cajado, soco com a mão, bofetada ou tapa.
Este meio e forma desumana, a nosso ver, trouxe para o apostolo como já foi exposto, mais humildade, menos orgulho e viver totalmente na dependência de Deus. Alguma situação Deus permitiu que algumas pessoas assim o passassem por sua vontade preceptivo, aquela que ele lança preceitos e cabe o homem executar ou não. Ele estabelece os preceitos e espera de nós uma atitude coerente.
A Israel, Deus “tentou” no deserto, Dt8.2; à Abraão da mesma forma, o provou, נסה nacah (nassaion) pôs à prova, testar, tentar. O sentido predominante, provar uma pessoa. Tem o mesmo sentido no Novo Testamento πειρασμος (peirasmos),intentar, esforçar-se, examinar, experimentar, testar. Esta palavra é proveniente da raiz per*, que significa “passar através”; “avançar”; “atravessar”; “dirigir através de”. É de peirazo que provém o termo latino “peritus”, que no português temos a palavra “perito”, aquele que tem perícia, habilidade, destreza, sabe por experiência.
Com o objetivo de fortalecer a nossa fé, Deus nos submete á teste, a fim de que por meio dos desafios de nossa fé, possamos ir percebendo a nossa dependência e confiando mais e mais no seu poder.
4ª) Razão: “graça”
Termo esse que aparece 155 vezes, principalmente, nas epistola de Paulo 100 vezes.
O termo grego para graça em o Novo Testamento é χαρις (charis) usado para graciosidade, amabilidade, favor. Graça é o favor que se dispensa ou se recebe; favor que não merecemos, mas Deus livremente nos concede bênçãos imerecidas, especialmente com referencia ao favor divino.
Existem algumas significações da graça:
Graça – como prova do propósito divino de redenção e revelação: “Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor”Gn6. 8. Aqui no hebraico graça, חסד checed
 demonstrar favor, afeição, comiseração.
 Graça–como satisfação: “justificado pela graça, gratuitamente,”Tt3. 7;Rm3.24
 Graça – como palavra do evangelho: “o evangelho da graça de Deus”, At14. 3;Tt2.11
 Graça – como doutrina do evangelho: “é bom que o coração se fortifique com a graça,” Hb13. 9;IIPe3.18
 Graça – como salvação e gloria eterna: “da graça que nos foi dada”, IIPe1.10,13;Ap.21.16,22.17
 Graça – como força e santidade: “a min há graça te basta” e “pela graça de Deus sou o que sou e sua graça para comigo não foi em vão, mas a graça a Deus temos vivido.”.
Embora o espinho tenha causado grande consternação em Paulo, e, em ultima instancia, serviu para um bom propósito, revelar a graça de Deus. Entretanto, a graça de Deus também se manifesta no sofrimento de seus filhos.
A graça, por sua vez, é quando Deus dá ao ser humano o que ele não merece. Ninguém merece perdão, salvação, vida eterna, comunhão com Deus e paz. O Senhor, porém, em sua graça pode lhe dar tudo isso, pois é favor imerecido.
Philip Yancey diz no seu livro Maravilhosa graça, que, “graça significa que não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais, nenhuma quantidade de renuncia, nenhuma quantidade de conhecimento recebido em seminários e faculdades de teologia, nenhuma revelação ou quaisquer outras coisas, Deus já nos ama tanto quanto é possível um Deus infinito nos amar.”.
Aos Romanos 6.23, Paulo diz que: “o salário do pecado é a morte.” A palavra usada para “salário”, οψωνιον (opsonion) significando literalmente “dinheiro para comprar carne cozida” e é palavra usada para o “pagamento do soldado.” Isto quer dizer que recebemos o pagamento por aquilo que fizemos, teríamos recebido a morte.
Mas “o dom gratuito de Deus é a vida eterna”. O “dom” ou χαρισμα charisma é uma palavra militar. Quando um imperador subia ao trono, dava as tropas um “donatinum” ou charisma, que era uma livre oferta em dinheiro, um presente. Não obtiveram em troca de serviços, conforme era o caso da sua opsonia; receberam-no imerecidamente pela generosidade do imperador.
Assim, tudo quanto merecemos nossa opsonia, seria a morte. Tudo quanto possuímos é o charisma, o dom gratuito de Deus.
Há três aspectos nesta afirmação:
 Provações gerais, que acontecem apenas porque vivemos num mundo pecaminoso. Rm8. 35-39 “Quem nos separará do amor de Cristo”? A tribulação, ou a angustia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Como está escrito: Por amor a ti somos entregues à morte todo o dia: fomos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestade, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!
Há uma verdade irrevogável e imutável que Jesus falou acerca do nosso sofrimento neste mundo, que muitos teólogos da confissão positiva, ou seja, a teologia da prosperidade quer ignorar, querendo satisfazer o ego de muita gente afirmando: que estaríamos isentos de problemas. João 16.33 “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflição, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” Mateus 5.11,12 “bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa”. “Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.” A nossa recompensa não está naquilo que temos ou vamos adquirir aqui, a nossa recompensa está naquilo que somos crentes fiéis e sinceros:
 Aflições que Deus permite que aconteça em nossas vidas. IICo12. 7; Jó1. Ambos os casos foram permissão de Deus, as quais Deus tinha objetivos segundo a Sua vontade. Boulomai (βουλομαι) é a vontade peremptória adj (lat peremptoriu) Que perime,decisivo, terminante, ou seja, à vontade decretiva. O direito que Deus reserva a si mesmo decidir como quer, não obstante às muitas insistências. Não há nada que possa mudar uma decisão decretiva de Deus.
O apostolo Paulo declarou ter um “espinho na carne, o qual ele mesmo o chama de um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de me não exaltar”. Por causa daquele problema, Paulo disse que orou três vezes, sem nunca obter de Deus a resposta desejada. Deus não estava interessado em tirar-lhe o “tal” espinho na carne, porque tinha um bom propósito para com ele: não permitir que se exaltasse. Deus não queria perder aquele homem. Enquanto ele permanecesse humilde, seria útil para o Senhor.


 Aflições de forma disciplinar que vem diretamente de Deus. Hb. 12.5,6; “E já vos esqueceste da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não despreze a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que ama e açoita a qualquer que recebe por filho.” O cristão deve entender que os sofrimentos que estão suportando como resultado de sua vida cristã signifique que Deus não esteja preocupado com seu bem-estar. Correção descreve a disciplina corretiva usada em treinar um filho. Tal tratamento não é administrado de maneira severa, mas com amor. Em vez de desanimar, devemos encarar as lutas e perseguições como prova (peirasmon), Tiago 1.12 nos fala: Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, o qual o senhor tem prometido aos que o amam. Devemos encarar estas situações, levando-nos à maturidade espiritual.

Conclusão
Creio que cada cristão sincero tem um espinho. É certo que causa em cada situação, uma situação desagradável, impedindo certa realização e até mesmo impossibilitando nosso avanço em algumas áreas. Ficamos como o apostolo a orar, mas, a única diferença, é, se não prestamos atenção nas respostas de Deus ou não queremos ouvi-la “a minha graça de basta”. Logicamente esse espinho redundara em benefícios, mesmo sendo desagradável e inconveniente.
A intenção de Deus, creio, em relação ao seu povo é o mesmo do apostolo Paulo evitar gloriar-se a si mesmo ao invés de gloriar-se no Senhor, que concede tal privilégio.
As formas usadas por Deus, quem sabe causará reprovação, mas, entretanto, o Senhor que é conhecedor dos mais profundos sentimentos do homem fará que conheçamos a Sua vontade. Deus nos conhece perfeitamente, de modo muito além do conhecimento que temos de nós mesmos. Todas as nossas ações, todos os nossos empreendimentos, e nossas maneiras de lidarmos com tudo isso, até mesmo os nossos pensamentos antes de termos conscientemente na cabeça. O conhecimento do Todo Poderoso fica além da minha capacidade humana. Não há maneira de esconder do Senhor, não se trata de uma doutrina abstrata, mas da onipresença e onipotência divina. (Sl. 139.1ss.) Lidar com meios e formas de Deus agir em certas situações é complexo, mas o final das coisas é melhor do que o seu principio. (Ecl. 7.8).
Não importa a origem do espinho. Uma coisa é certa, ele tem um propósito definido no plano de Deus.


Bibliografia
Bíblia de Estudo Pentecostal – pg.1786
Bíblia Sagrada – Edição Pastoral, pg.1491.
Bíblia Anotada – pg.1469
Bíblia Teb – pg.2245
Bíblia de Estudo Plenitude, pg.1209, 1210,1294.
Billy Graham – Como livrar-se dos sete pecados mortais, pg.9-11.
Chave Lingüística do Novo Testamento grego, pg.316.
Curso de Apologética – fase 2 – pg.27,28
Decepcionado com a graça – Paulo Romeiro, pg.167.
Dicionário Hebraico – Português e Aramaico – Português, Sinodal/vozes.
Dicionário Vini – pg.414, 461,462 – CPAD.
Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento- pg.907
Dicionário do grego do Novo Testamento Carlos Rusconi - Paulus
Dicionário do Novo Testamento grego – W.C.Taylor
Doutrina das ultimas coisas – Severino Pedro, pg.171,174.
Hermenêutica Bíblica – Antonieto G. Sobrinho – pg.28,89.
J.Dwight Pentecost – Problemas do Homem Resposta de Deus, pg.28-31.
John Stott – O Sermão do Monte, pg.28.
João Bernardes da Silva – Espinho na carne – RTM, Editora S/C.
Triunfando na Batalha – Thomas Ice e Robert Dean, Jr. Pg.46
Walter Brunelli – A Vontade de Deus e Você, pg.28.
Willian Barclay – Palavras do Novo Testamento, pg.41.

QUANDO UM ESPINHO AGRADA À DEUS parte 1


Concepções sobre o espinho de Paulo
No decorrer da história da igreja, desde os primeiros séculos, tem-se sugerido várias opiniões e interpretações acerca do “espinho na carne” do apostolo Paulo, desde a mais ilustre como as mais bizarras explicações.
Tertuliano de Cartago, província romana da África (155-222 D.C), o mais vigoroso e intransigente dos primeiros apologista cristão – atribuiu o “espinho” de Paulo a fortes dores de cabeça.
João Crisostomos que viveu no terceiro século da era cristã (347-407 D.C) em Antioquia da Síria e Jerônimo de Dalmácia (342-420 D.C) – acreditavam que o “espinho” que maltratava o apóstolo eram também dores de cabeça.
Martinho Lutero de Eisleben, Alemanha (1483) o reformador, pensava que o “espinho” na carne do apóstolo era por causa das constantes perseguições, especialmente dos judeus que Paulo tanto amava. “Porque eu mesmo poderia desejar ser separado de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne;” Rm 9:3.
Joseph B. Lightfoot (1828-1889) de Liverpool na Inglaterra, um dos revisores da Bíblia King James Version, uns dos melhores eruditos do século XIX, referia-se ao “espinho” do apostolo Paulo a uma oftalmia, que possivelmente, deveria ser conseqüência do próprio incidente do Caminho de Damasco. Lightfoot explica também a resposta indignada que Paulo deu a sumo sacerdote, “Mas o sumo sacerdote, Ananias, mandou aos que estavam junto dele que o ferissem na boca. Então, Paulo lhe disse: Deus te ferirá, parede branqueada! Tu estás aqui assentado para julgar-me conforme a lei e, contra a lei, me mandas ferir? E os que ali estavam disseram: Injurias o sumo sacerdote de Deus? E Paulo disse: Não sabia irmãos, que era o sumo sacerdote; porque esta escrito: Não dirás mal do príncipe do teu povo.” At23.2-5.
Posteriormente muitos se têm assim interpretado o texto. Mais quando Paulo escreve aos Gl. 6.11- “vede com que grandes letras vos escrevi por minha mão”. A palavra “letra” empregada aqui é traduzida da palavra grega γράμμασιν (grammasin) que significa letras, escrituras, carta, etc. usada em 2Co3. 6 “...a letra mata, e o Espírito vivica” τὸ γὰρ γράμμα ἀποκτέννει, τὸ δὲ πνεῦμα ζῳοποιεῖ. Black, M., Martini, C. M., Metzger, B. M., & Wikgren, A. 1993, c1979. The Greek New Testament (electronic ed. of the 4th ed.) . United Bible Societies: Federal Republic of Germany
Já a palavra “grande” gr.πηλίκοις(pelikois) usada primeiramente a uma pergunta direta, “quão grande? quando? indicando quantidade, e não necessariamente o tamanho como se pensa.Possivelmente, ele deve ter “escrito” com letras grandes com a própria mão, o que também não é improvável, que signifique que nesse momento ele pegou a pena do amanuense e finalizou a epístola. Pois na linguagem grega o escritor de uma carta se colocava ao lado do leitor e falava dela como tendo sido escrita. Possivelmente Paulo está se referindo que a saudação final é escrita por suas próprias mãos.
Epaminondas M. do Amaral comentando o texto bíblico, indicou algumas razões sobre as possibilidades que a expressão “espinho na carne” não indicaria necessariamente sofrimento físico, mas sim, sofrimento morais.
Para os Teólogos gregos, o “espinho” referido no texto, eram os inimigos de Paulo, 2Tm. 4.14 – Alexandre, o latroeiro, que causava a Paulo muitos males.
Já os Teólogos latinos viam atrás da metáfora paulina as tentações afeitas ao sexo forte, exercendo na consciência do apostolo.
Outros entendiam que nada mais era do que o gênio intempestivo de Paulo, que o feria fazendo sofrer. “Quem sabe essa observação é por causa do temperamento colérico de Paulo, que geralmente essas pessoas são auto-suficiente, impetuoso, genioso e tem uma tendência á aspereza e até mesmo á crueldade. Ninguém é tão mordaz e sarcástico quanto o colérico. Essa seria uma séria deficiência emocional do colérico”.
E tinha aquele que atribui o “espinho” a uma epilepsia, outro a febre malária, que Paulo provavelmente teria contraído nas regiões insalubres da província romana da Ásia.
Alas reformistas da igreja norte-americana sustentam de forma aberrante que Paulo poderia ser homossexual.
Inúmera tese no mundo foi levantada para tentar entender o que há por detrás dessa frase “... um espinho na carne”, alguns chegam a defender que seria alguma culpa sexual que Paulo carregava.
A Bíblia diz que: “As coisas encobertas são para o Senhor; nosso Deus; porem as reveladas é para nós e para nossos filhos, para sempre, para cumprimos todas as palavras desta lei” Dt28. 29.
Definindo o termo Espinho
A onze palavras hebraicas e duas gregas que estão envolvidas neste verbete, a saber:
a) אטת ’atad – espinheiro, palavra hebraica que figura por quatro vezes: Sl.58.9 – “Antes que os espinhos cheguem a aquecer as vossas panelas, serão arrebatadas, tanto os verdes como os que estão ardendo, como por um redemoinho.” Neste caso aqui, o “espinheiro” ou “lenha” como aparecem em algumas versões, eram pequenos galhos de espinheiros que eram usados como combustível para obter um calor mais rápido. Sl. 118.12; Ecl.7.6. Já em Jz.914,15 esse pequeno arbusto e ramos afiados é a representatividade de Abimeleque , que aspirava ao exercício do poder sobre os outros.
b) חרק chedeq - espinho – termo hebraico que aparece por duas vezes: Mq. 7.4. Pv.15.19 “O caminho do preguiçoso é como a sebe de espinhos, mas a vereda dos retos está bem igualada.” Neste caso de provérbios o caminho do preguiçoso é cheio de espinho. Sobretudo porque era demasiadamente preguiçoso para retirá-lo (v.24.30,31; Os. 2.6).
c) חוח chowach - espinho,moita – palavra hebraica utilizada por doze vezes: 2Cr33.11;Jó41.2;Pv26.9;Ct2.2 etc. Em 1Sm13.6 “Vendo, pois, os homens de Israel que estavam em angustia(porque o povo estava apertado), o povo se escondeu pelas cavernas , e pelos espinhais, e pelos penhascos , e pelas fortificações, e pelas covas,...” (nesta passagem,algumas versões traduz por “buraco”). Os homens de Israel estavam em apuros, devido à falta de armas (19-22). O exercito filisteus estava bem equipado, embora numericamente inferior, então o povo de Israel teve que sua de estratégia se escondendo pelos espinheiros ou buracos.
d) נעצוץ na ̀atsuwts - espinho – palavra hebraica usada por duas vezes: Is7.19;55.12,13. “Em lugar do espinheiro, crescerá a faia, e, em lugar da sarça, crescerá a murta; isso será para o Senhor por nome, por sinal eterno, que nunca se apagará.” Esses versos (v.12,13) descrevem, de forma simbólica, a alegria da criação na ação redentora de Deus. Cumpridos em parte no retorno pós-exílico, os versículos são, em ultima análise, messiânico e escatológicos.
סיר ciyr ou (fem.) סירה ciyrah ou סרה cirah - espinho, gancho – palavra hebraica usada por quatro vezes, como sentido de espinho: Ecl.7.6;Is34.13;Naum 1.10; Oséias 2.6 diz que: “Portanto, eis que cercarei o teu caminho com, espinhos; e levantarei uma parede de sebe, para que ela não ache as suas veredas.”A proteção de Jeová – Essa atitude visa frustrar o propósito de Israel em buscar seus amantes, uma castidade forçada pelos espinhos. Israel seria forçado a se desinteressar pelos baalins. Temos aqui um gesto da graça e misericórdia divina querendo o bem da nação de Israel.
סלון cillown ou סלון callown - espinho, espinheiro – palavra hebraica usada no plural, por apenas uma vez: Ez2. 6. “E tu, ó filho do homem, não os temas, nem temas as suas palavras; ainda que sarças e espinhos para contigo, e tu habites com escorpiões, não temas as suas palavras, nem te assustes com o rosto deles, porque é casa rebelde.” Figuras de linguagem para espinhos..escorpiões..,vívidas acerca dos que queriam dificultar a vida do profeta. A missão profética é para a palavra. Esta leva em si uma força tal que, mesmo sendo rejeitada, se impõe. Aquele povo haverão de reconhecer que o Senhor lhes enviou um profeta. Enviou com dois objetivos: para que se salvem, se o aceitarem; para que não tenham desculpa, se o rejeitarem.
צן tsen- espinho – palavra usada por duas vezes no hebraico: Jó 5.5 e Pv22. 5. “Espinhos e laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua alma retira-se para longe dele.” A Bíblia Viva parafraseando esse versículo diz “o homem que despreza a Deus anda por um caminho cheio de espinhos e buracos; quem dá valor a sua própria vida se afasta desse caminho.”
a. צְנִינִם Tseninim – A espinheiro – palavra hebraica usada no plural por duas vezes: Nm.33.55 e Js.23.13. Ambas as passagens faze referencia aos espinhos, só que no caso Josué as promessas de Deus não eram incondicionais. As condições para terem a benção de Deus estavam expressas na obediência aos seus mandamentos, à fé na sua providencia e a separação dos ímpios (3-13). Os textos de Números o faziam lembrar se os israelitas deixassem de lançar fora totalmente os cananeus ímpios e de destruir seus locais de culto idolatra, Deus faria os próprios cananeus lhes afligir, e Ele mesmo julgaria o seu povo. “Lançareis fora todos os moradores da terra diante de vós e destruireis todas as suas figuras; também destruireis todas as suas imagens de fundição e desfareis todos os seus altos;” “estejam certos de que o Senhor, o seu Deus, já não expulsará essas nações de diante de vocês. Ao contrario, elas se tornarão armadilhas e laços para vocês, chicote em suas costas e espinhos em sue olhos, até que vocês desapareçam desta boa terra que o Senhor, o seu Deus, deu a vocês.” NVI.
e) קוץ qowts ou קץ qots- espinho – termo hebraico usada por doze vezes: Gn3.18; Ex22.6; 2Sm23.6 etc. “Porém os filhos de Belial serão todos como os espinhos que se lançam fora, porque se lhes não pode pegar com a mão.” Aqui os ímpios são comparados aos espinhos, pelas suas perversidade serão lançados fora. Serão destruídos porque não querem saber de Deus nem do seu reino justo. (Sl.2.9;110.5,6)
קמשון qimmashown קמוש qimmowsh ou קימושׂ qiymowsh
procedente de uma raiz não utilizada significando picar; cardo ou urtiga, uma planta espinhosa ou sem serventia - espinho – palavra hebraica usada por apenas uma vez: Pv24.31 “eis que tudo estava cheio de espinhos, a sua superfície coberta de urtigas, e o seu muro de pedras de ruínas.” Versão Almeida Revisada e Atualizada – O texto (vv.30-34) faz menção ao mestre sábio que apresenta uma lição sobre a preguiça, ao observar a vinha abandonada de um preguiçoso. Ele faz uma observação (vv.30-31), uma interpretação (v.32), e uma aplicação (vv.33-34). O sábio é capaz de aprender até com o preguiçoso.
f) שמיר shamiyr espinho –procedente de no sentido original de picar שמר shamar; guardar, vigiar, observar, prestar atenção.A palavra hebraica que aparece por sete vezes: Is5.6;7.23;9.18;10.17;27.4 “Não há indignação em mim; quem me poria sarças e espinheiros diante de mim na grande guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.” O retrato da mornidão de Israel para com o Senhor – os israelitas não são “espinheiros e roseiras bravas ou sarças” como as demais nações, mas tampouco confiam totalmente no Senhor. (29.13)
g) ακανθα akantha, espinho – palavra grega que aparece por quatorze vezes: Mt.7.16;13.7,22;27.29;Mc.4.7,18;Lc.6.44 etc.

h) σκολοψ (skolops) essa palavra grega aparece somente em 2 Cor.12.7. Nossa versão portuguesa a traduz por espinho, o que talvez esteja mais em consonância com a nossa maneira de dizer, embora o termo grego não signifique, realmente, espinho. É bom lembrar que σκολοψ (skolops) significando, pedaço pontiagudo de madeira, estaca, paliçada. Que vem da raiz σκελος (skelos) aparentemente de “skello” (secar,da idéia de magreza)
Visto que as várias palavras hebraicas foram usadas sem refletir qualquer classificação cientifica. No original grego, a palavra traduzida por espinho como já vimos é skolops. Esse termo não significa “espinho”, e, sim, “estaca”. Mas devemos entender a passagem em sentido metafórico, não importando muito a tradução exata do termo, contanto que a idéia seja transmitida. Alguns traduzem emprestando-lhe um sentido clássico: pelourinho, estaca, cruz, poste, haste etc. (Xenofontes – Anabases 5.2,5).
Todavia, opinião geral de comentadores e autoridades em exegese do Novo Testamento, que a melhor tradução é realmente “espinho”. Termo comum na LXX (nomenclatura da Sepuaginta – versão grega do Velho Testamento, que se diz ter sido feita por setenta tradutores do V.T ao tempo do rei Ptolomeu Philadelphus, que reinou em Alexandria 285 – 247a.C), em outros documentos gregos da era pós – clássicas, quando a palavra era, então empregadas para indicar “instrumento pontiagudo”.
Esse é único texto no Novo Testamento onde ocorre a palavra grega aqui referida. O termo grego τῇ σαρκί (tê sarki), está no donativo. Isto levou alguns estudiosos a conjeturar que provavelmente indicasse a localização do “espinho na carne”. A chave lingüística do Novo Testamento de Fritz Rienecker/Cleon Roger gramaticamente diz que τῇ σαρκί, o dat. é de vantagem “para minha carne” ou locativo “em minha carne”
Convém logo notar que a expressão “na carne” não indica necessariamente sofrimento físico, sem a referencia carne do apostolo, unida ao substantivo anterior, pode significar que ele recebeu “alguma provação” que fazia o efeito de um espinho na carne.
Se o espinho “na carne” for um mal físico, é obrigatório entender como igualmente de natureza física as “fraquezas” do vrs. 9(no singular) e 10, especialmente os dois últimos. Seria bastante à graça, a fim de receber a fortaleza de Cristo.
Figuras de Linguagem Usadas Para Espinho
Como muitas figuram de linguagem como de retóricas estão no contexto bíblico, os espinhos são um importante assunto em conexões metafóricas. Metáf oras é um objeto tomado por outro ou semelhança entre duas coisas que se aplicam num termo. E espinho neste sentido pode ser:
1. Em Ez. 28.24, referencia as ferroadas produzidas pelo paganismo, o espinho picador. “E a casa de Israel nunca mais terá espinho que a pique, nem espinho que cause dor, de qualquer que ao redor deles os roubam; e saberá que eu sou o Senhor Jeová”.
2. Em Mq. 7.4 é dito que os mais retos entre os habitantes da terra eram como o espinheiro, e os piores, como uma sebe de espinheiros. “O melhor deles é como um espinho; o mais reto é pior do que o espinhal; veio o dia dos teus vigias, veio a tua visitação; agora será a sua confusão”.
3. Em Jó 5.5; “a sua messe a devora o faminto, que até dentre os espinhos a tira; e o salteador traga a sua fazenda.” Aludem as pessoas gananciosas, que arrancam o alimento até dos órfãos, mas que acabam perdendo tido em seu desvario.
4. Provérbios 15.19 “o caminho do preguiçoso é como a sebe de espinhos, mas a vereda dos retos está bem igualada.” - fala do caminho do preguiçoso, cercado de espinhos. Por causa de sua inércia, ele atrai contra si mesmo muitas dificuldades.
5. Eclesiastes 7.6 “Porque qual o crepitar dos espinhos debaixo de uma panela, tal é o riso do tolo; também é vaidade.” - fala do crepitar dos espinhos, no fogo, são assemelhadas as gargalhadas do insensato.
6. 2Sm. 23.6 “Porem os filhos de Belial serão todos lançados fora como os espinhos que se lançam fora, porque se lhes não pode pegar com a mão.” - os ímpios assemelham-se a espinhos, por serem inconvenientes e prejudiciais aos seus semelhantes.
7. Salmos 118.12 “Cercaram-me como abelhas, mas apagaram-se como fogo de espinhos; pois o nome do Senhor as despedaçou.” - os espinheiros são rapidamente consumidos pelas chamas, ilustrando o fim súbito que sobrevir aos tolos.
8. Naum 1.10 “Porque, ainda que eles se entrelacem como os espinhos e se saturem de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca.” - no juízo divino, os ímpios são consumidos como palha seca, mesmo que entrelacem com espinhos.
9. Mt.7.16 Jesus os compara aos falsos profetas, com frutos maus e espinhentos. “Por seus frutos os conhecereis”. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
10. Mc. 4.7 é usado como elementos que prejudicam a mensagem do evangelho, ou impedem-na de efetuar a sua obra, assemelha-se a espinhos. “E outra caiu entre espinhos, e, crescendo os espinhos, a sufocam, e não deu fruto.”
Diferenciando Fraqueza e Enfermidade
E disse: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois; gloriarei-me nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas. Porque, quando estou fraco, então, sou forte”.
A palavra original que se traduz por “fraqueza” ασθενεια astheneia, tem aplicação física e moral. Ao lado do substantivo, o verbo cognato, vertido em português por “enfraquecer”, “ser fraco”, encontra-se no sentido metafórico, no maior dos empregos das cartas paulinas.
Os interpretes tem sugerido várias interpretações acerca do “espinho na carne” de Paulo. Essas discussões sobre a espécie de doença que Paulo tinha e que chamou “espinho na carne”, apesar das excelências dos argumentos, não satisfazem plenamente, e não resolvem o problema. É questão obscura e bastante controvertida definir a natureza do espinho.
O que tudo parece indicar à hermenêutica bíblica está impossibilitado de alcançar uma solução satisfatória e definitiva do problema.
Algumas versões têm traduzido à palavra fraco, fraqueza por doenças, enfermidade, dando a entender o que realmente Paulo tinha era um problema físico, e isto causava muitos males.
Mas quando consultamos alguns dicionários, buscando a etimologia da palavra e seus significados, ai poderá entender alguns pontos fundamentais, sem precipitarmos em nossas conclusões.
O dicionário do grego do Novo Testamento de Carlos Rusconi – Paulus – define o termo assim: ασθενεια astheneia, - subst. < Asthenes – fraqueza.
 Inerente à natureza humana: inconsistente, fragilidade, ICo15. 43 – “Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor.”
 Deficiência física: enfermidade, doença, Lc13.11,12 “E eis que estava ali uma mulher que tinha um espírito de enfermidade havia já dezoito anos; e andava curvada e não podia de modo algum endireitar-se. E, vendo-a Jesus, chamou a si, e disse-lhe: Mulher, estás livre da tua enfermidade.” – pneuma astheneia πνεῦμα ἀσθενείας, um espírito que provoca enfermidade.

I. Sentido espiritual:
 Insignificância, incapacidade- Rm8. 26 “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.”
 Fraqueza, fragilidade- Hb5.2 “e possa compadecer –se ternamente dos ignorantes e errados, pois também ele mesmo está rodeado de fraqueza.”
 Ser fraco, imperfeito- Rm4. 19 “E não enfraqueceu na fé, nem atentou para o seu próprio corpo já amortecido (pois era já de quase cem anos), nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara.”
 Fraco, frágil- Rm15. 1 “Mas nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos fracos e não agradar a nós mesmos.”
II. Sentido material:
 Estar doente, enfermo- Lc4.40, IITm4.20 “Erasto ficou em Corinto, deixei Trófimo doente em Mileto.”
 Ser necessitado, indigente- At20. 35 “Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.”
 Lit. falta de força (formado de a, elemento de negação, e sthenos, força), indicando incapacidade de produzir resultados-IICo11. 30 “Por causa disso, há entre vós muitos fracos e doentes e muitos que dormem.”
III. Sentido moral e ético: ICo8.7,10; 9.22 “Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para, por todos os meios, chegar a salvar alguns.”
IV. Retoricamente acerca da ação de Deus de acordo com estimativa humana: IICOR. 1.25 “Porque a loucura de Deus é mais sabia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.”
V. Usado em alusão ao corpo: ICo2.3; “E eu estive convosco em fraqueza, e em temor, e em grande tremor.”
Como já foi exposto, astheneia, ασθενεια lit. carente de força, estar fraco, enfraquecido, independente como se tenha algum interpretado o texto se de forma literalmente falando o no sentido figurado da palavra, mas é bom entender que fraqueza não se refere propriamente enfermidade, ou seja, nem sempre uma pessoa fraca esta doente, apesar disso vai do que entendemos por enfermidade ou doença. Apesar do corpo enfraquecido este exposto às enfermidades, isso não refere necessariamente a doença. Mas geralmente quem está doente está fraco, debilitado.
A igreja de Corintos existia três tipos de pessoas, um distinto do outro, os fracos (ασθενης asthenes), os doentes (αρρωστος arrhostos) e os que dormem (κοιμαω koimao), lit. “Aqueles que caem no sono, morreram”. ICo11. 30
Paulo tem em mente três tipos ou classes de pessoas dentro da igreja, e isto fica claro que a palavra empregada nem sempre tem um único sentido. Alguns comentaristas acreditam que “alguns” da igreja por terem falhado ao participarem do potencial do poder na celebração da ceia do Senhor e abusarem do seu significado, estavam sob aflição ou tinham sofrido morte prematura. O comer... beber... indignamente v.27, significa participar da mesa do Senhor com um espírito indiferente, egocêntrico e irreverente, sem qualquer intenção ou desejo de abandonar os pecados conhecidos e de aceitar a concerto da graça com todas as suas promessas e deveres.

sábado, 11 de setembro de 2010

Bíblia Revelação de Deus



O que é a Bíblia



É a revelação de Deus à humanidade. Seu Autor é o próprio Deus. Seu real intérprete é o Espírito Santo. Seu assunto principal e central é o Senhor Jesus Cristo.
A Bíblia é Deus falando ao homem; é Deus falando através do homem; é Deus falando como homem; é Deus falando a favor do homem; mas é sempre Deus falando!
Nossa atitude para com a Bíblia mostra nossa atitude para com Deus. Ignorar a Bíblia é ignorar essa vontade.
O homem deve ler a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo e praticar a Bíblia para ser santo ou santificado.
A Bíblia foi uma das maiores ferramentas que Deus deixou para a humanidade, para que através dela o homem viesse a ter o pleno conhecimento da revelação de Deus. Sem ela possivelmente a homem não teria essa plena compreensão da providencia de Deus através dos séculos, em expor através de seu Filho Jesus Cristo seu plano sacrifical em resgate de todo essa humanidade.
A Bíblia é um livro muito antigo. É resultado de longa experiência religiosa de um povo. É o registro de várias pessoas, em diversos lugares, em contextos diversos. Foram escritas ao longo de um período de 1600 anos por cerca de 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais.
Os cristãos acreditam que estes homens escreveram a Bíblia inspirada por Deus e por isso consideram a Bíblia como a Escrituras Sagrada. No entanto, nem todos os seguidores da Bíblia a interpretam de forma literal, e muitos consideram que muitos dos textos da Bíblia são metafóricos¹ ou que são textos datados que faziam sentido no tempo em que foram escritos, mas foram perdendo seu sentido dentro do contexto da atualidade.
Para o cristianismo tradicional, a Bíblia é a Palavra de Deus, portanto ela é mais do que um livro, é a vontade de Deus escrita para a humanidade, ou seja, nela se encontra, acima de tudo, as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios e normas de moral e salvação para toda humanidade.
Os agnósticos² vêem a Bíblia como um livro comum, com importância histórica e que reflete a cultura do povo que os escreveu. Outros³ recusam qualquer origem Divina para a Bíblia e a consideram como pouca ou nenhuma importância na vida moderna, ainda que na generalidade se reconheça a sua importância na formação da civilização ocidental (por ter a origem no Médio Oriente).

1- Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra deriva do latim metaphòra (metáfora), por sua vez trazido do grego metaphorá (“mudança, transposição”). O prefixo met(a) – tem sentido de “no meio de, entre, atrás, em seguida, depois”. O sufixo – fora (em grego phorá) designa ‘ação de levar, de carregar à frente’. Metáfora é uma figura de linguagem, que consiste numa comparação entre dois elementos por meio de seus significados, causando o efeito de atribuição. Pode-se considerá-la como uma comparação que não usa conectivo (por exemplo, ”como”), mas que apresenta de forma literal uma equivalência que é apenas figurada.


2- “Agnosticismo” derivou-se da palavra grega “agnostos”, formada com o prefixo de privação (ou de negação) “a” anteposto a “gnostos”, (conhecimento). “Gnosto” provinha da raiz pré-histórica “gno”, que aplicava à idéia de “saber” e que está presente em nossos vocábulos da nossa língua, tais como cognição, ignorar, conhecer, ignorância, entre outros. O gnóstico, á primeira vista, opõe-se não propriamente a Deus, mas sim à possibilidade de a razão humana conhecer tal entidade. Para os agnósticos, assim como não é possível provar racionalmente a existência de Deus, é igualmente impossível provar a sua inexistência, logo, constituindo um labirinto sem saída a questão da existência de Deus.


3- “Ateísta” e não “ateu” – muitas pessoas confundem os termos, pois o “ateísmo” representa a ausência de crença na existência de Deus, não necessariamente a negação da existência de Deus. O termo “ateu” é formado pelo prefixo grego “a”, significando “ausência” e o radical “teu” derivado do grego theós - significando “deus”. O significado literal do termo é então: “sem Deus”.


a) Teísmo Agnóstico – é alguém que assume não ter conhecimento da existência de Deus, mas acredita que Ele existe de fato.
b) Ateísmo Agnóstico – é alguém que assume não ter conhecimento da exisatencia de Deus, e por isso não acredita que ele exista.



II – A origem do nome “Bíblia”



A palavra grega Bíblia¹, em plural, deriva do grego bíblos ou biblion (biblion) que significa “rolo” ou “livro”. Biblion, no nominativo plural, assume a forma bíblia, significando “livros”.
No latim medieval, bíblia é usada como uma palavra singular – uma coleção de livros ou “a Bíblia.” Foi Jerônimo² tradutor da vulgata latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo testamento de “Biblioteca Divina”. E aplicada primeiramente às Escrituras por João Crisóstomos³, grande reformador e patriarca de Constantinopla (398-404). O vocábulo “Bíblia” significa etimologicamente “coleção de pequenos livros”.
Por volta do século II D.C, os cristãos gregos já chamavam suas Escrituras Sagradas de ta Bíblia, ou seja, “os livros”. Quando esse titula foi então transferido para a versão latina, foi traduzido no singular, dando a entender que “o Livro” é a Bíblia.

1 – Essa palavra deriva-se originalmente da cidade fenícia de Biblos, que era um dos antigos e importantes centros produtores de papiro, o papel antigo. Estritamente falando, bíblos era um livro, e bíblion era um livrinho.


2 – Jeônimo (Strídon, provavelmente na fronteira da Iugoslávia com a Itália - cerca de 347 – Belém, 30 de setembro de 419/420), seu nome completo Eusebius Sophronius Hieronymus, é conhecido como tradutor da Bíblia do grego e do hebraico para o latim.


3 – Monge episcopal cognominado Boca de Ouro. Nasceu na cidade de Antioquia, a terceira do império, às margens do Oronto.



III – Materiais originais que foi escrita a Bíblia



Os principais materiais foram dois: “papiros” e “pergaminhos”. Papiro Rylands- é o fragmento mais antigo encontrado do manuscrito do Evangelho de João, data aproximadamente 125 E.C. Escrito em Grego, contém parte do Evangelho segundo João, sendo que na frente contém partes do capítulo 18 e versículos 31-33, e no verso, os versículos 37-38.
O Papiro era extraído de uma planta aquática desse mesmo nome. Há varias menções dele na Bíblia, como por exemplo, Êxodo 2.3; Jó 8.11; Isaias 18.2; 2 João v.12. De papiro deriva o termo papel. Seu uso na escrita vem de 3.000 a.C., no Egito.
Papiro (pelo latim papyrus do grego antigo papuron) é originalmente chamada de Cyperus papyrus¹, por extensão é também o meio físico usado para a escrita (precursor do papel) durante a Antiguidade, sobretudo no Antigo Egipto, civilização do Oriente Médio, como os hebreus e babilônicos, e todo o mundo grego-romano.
Utilizava a parte interna, branca e esponjosa do caule do papiro, cortado² em finas tiras que eram posteriormente molhadas, sobrepostas e cruzadas, para depois serem prensadas. As folhas obtidas eram marteladas, alisadas e coladas ao lado de outras folhas para formar uma longa fita que era depois enrolada. A escrita dava-se paralelamente às fibras.
Foi por volta de 2200 anos antes de Cristo que os egípcios desenvolveram a técnica do papiro, um dos mais velhos antepassados do papel.
De todos os materiais empregados como suporte para a escrita na antiguidade, - afirma o professor egípcio R.E. Nadury – o papiro certamente foi o mais pratico, por ser flexível e leve. A fragilidade, porém, era o seu único inconveniente. Resistia por pouco tempo à umidade e queimava facilmente.


O Pergaminho (do pergaméne e do latim pergamina ou pergamena) é o nome dão a uma pele de animal, geralmente de cabra, carneiro, cordeiro ou ovelha, preparada para nela se escrever. O seu nome deriva do nome da cidade grega onde se terá fabricado pela primeira vez: Pérgamo³, na Ásia Menor.
Foi largamente utilizado na antiguidade ocidental, em especial na Idade Média. Os mosteiros cristãos mantinham bibliotecas de pergaminhos no período, onde monges letrados se dedicavam a copia de manuscritos e na divulgação dos textos clássicos da cultura grega e latina no Ocidente, principalmente do Império Bizantino.
Pergaminho alemão, 1568

Tudo indica que o vocábulo pergaminho derivou seu nome da cidade de Pérgamo, capital de um riquíssimo reino que ocupou grande parte da Ásia Menor, sendo Eumenes II (197-159 d.C), seu maior rei. Esse rei projetou formar para si uma biblioteca maior que a de Alexandria, no Egito. O rei do Egito, por inveja, proibiu a exportação do papiro, obrigando Eumenes a recorrer a outro material gráfico. Tal fato motivou o surgimento de um novo método de preparar peles, muito aperfeiçoado, que resultou no pergaminho. O NT menciona esse material gráfico em 2 Tm4:13 e Ap 6:14.

1 - Cyperus papyrus, ou simplismente papiro, adaptada às margens do Nilo, onde acompanhava em grande quantidade o curso do rio, te uma longa haste, sem nós na folhas onde mede seis centímetros. O que aparecia acima da terra era, em síntese, uma planta em forma de junco com, aproximadamente, três metros de altura, com raízes longas, medindo às vezes seis ou sete metros.


2 – Para confeccionar o papiro, corta-se o miolo esbranquiçado e poroso do talo em finas lâminas. Depois de secas, estas lâminas são mergulhadas em água com vinagre para ali permanecer por seis dias, com propósito de eliminar o açúcar. Outras vezes secas, as lâminas são ajeitadas em fileiras horizontais e verticais, sobrepostas umas às outras. A seqüência do processo exige que as lâminas sejam colocadas entre dois pedaços de tecidos de algodão, por cima e por baixo, sendo então mantidas prensadas por seis dias. Com o peso da prensa que as finas lâminas se misturam homogeneamente para formar o papel amarelado, pronto para ser usado. O papel pronto era, então, enrolado a uma vareta de madeira ou marfim para criar o rolo que seria usado na escrita.


3 – Pérgamo (Pergamov, atual Bergama, na Turquia) é uma antiga cidade grega que se situava na Mísia, no noroeste da Anatólia, a uma distancia de mais de 20 km do Mar Egeu, numa colina isolada do vale do Rio Caicos. Pérgamo possuía uma biblioteca de prestigio que perdia em importância apenas para a Biblioteca de Alexandria.



IV – Formatos primitivos da Bíblia



Foram dois: “rolos” e “códices”.
O rolo era um rolo de fato, feito de papiro ou pergaminho. Era preso a dois cabos de madeira para facilitar o manuseio. Cada livro da Bíblia era um rolo separado. Nenhuma pessoa podia conduzir pessoalmente a Bíblia como fazemos hoje. O que tornou isso possível foi à invenção do papel no século II pelos chineses e a do prelo¹ de tipos móveis pelo alemão Johannes Guttenberg no século xv, possibilitando o formato dos livros atuais.
Um códice (ou codex, da palavra em latim que significa “livro”, “bloco de madeira”) é um livro manuscrito, em geral do período da Idade Média. Manuscrito que foram escritos por volta do século XVI. O códice é um avanço do rolo de pergaminho, e gradativamente substituiu este ultimo como meio de escrita. O códice, por sua vez, foi substituído pelo livro² impresso.
Texto Codex Leningradensis – é um dos mais antigos e completos manuscritos do texto massoréticos da Bíblia hebraica, escrito em pergaminho e datado de 1008 EC, é a mais antiga e completa das Escrituras Hebraicas do mundo. Atualmente, o Códice de Liningrado, é o mais importante texto hebraico reproduzido na Rudolf Kittel’s Bíblia Hebraica (BHK),(1937) e na Bíblia Hebraica Stuttgartensia (BHS), (1977).


O códice é resultado da seguinte técnica livresca: dobrar as folhas avulsas de um documento escrito colocá-las uma em cima da outra e depois ligá-las. O códice é mais pratico do que o rolo, difícil de manejar, e com pouco espaço para texto. Os cristãos compreenderam logo as vantagens do códice, em vez de precisar de trinta a quarenta rolos, podiam guardar toda a Sagrada Escritura num só códice. O códice era composto de fascículos (fasciculi) de quatro folhas, um caderno (quaternio), que eram dobradas em dois (diploma); o resultado era: oito folhas e dezesseis páginas.

1 – Prelo (lat. Prelum). Máquina de impressão tipográfica; prensa. Em 1440, Gutenberg desenvolveu a tecnologia da prensa móvel, utilizando os tipos de móveis: caracteres avulsos gravados em blocos de madeira ou chumbo, que eram rearrumados numa tábua para formar palavras e frases do texto.


2 – Nosso vocábulo livro vem do latim líber, que significou primeiramente casca de árvore, depois livro.



V – As línguas originais da Bíblia



Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia: o hebraico, o grego e o aramaico. Em hebraico consonantal foi escrito todo o Antigo Testamento, excetuando-se unicamente os trechos de Dan. 2:4-7:28; Esd.4:8-6:18 e Jr.10:11, que foram escritos em aramaico, além dos livros chamados deuterocanónicos¹. Os livros deuterocanônico² foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus, numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa. O parecer de Flávio Josefo não é aceito pelos cristãos católicos e ortodoxos, porque Jesus afirma que durou até João Batista (Lc.16:16; Mt.11:13). Segundo a tradição cristã, o Evangelho de Mateus teria sido primeiramente escrito em hebraico, visto que a forma de escrever visava alcançar os judeus.



Hebraico:




Todo o Antigo Testamento foi escrito em hebraico ou hebreu, o idioma oficial da nação israelita. O hebraico faz parte das línguas semíticas. Que eram faladas na Ásia (mediterrâea), exceto em bem poucas regiões. As línguas semíticas formavam um ramo dividido em grupos, sendo o hebraico integrante do grupo Este compreendia o litoral oriental do Mediterrâneo, incluindo a Síria, a Palestina e o território que constitui hoje a Jordânia. Integrava também o grupo cananeu de línguas, o ugarítico, o fenício e o moabítico. O fenício tem muita semelhança com o hebraico. O primitivo alfabeto hebraico é oriundo do fenício, segundo a opinião dos versados na matéria.
A escrita hebraica dos tempos antigos só empregava consoantes sem qualquer sinal de vocalização. Os sons vocálicos eram supridos pelo leitor durante a leitura, o que davam origem a constantes enganos, uma vez que havia palavras com a mesma consoantes, mas com acepções diferentes. Quer dizer, a pronúncia exata dependia da habilidade do leitor, levando em conta o contexto e a tradição.
Após o século VI, os eruditos judeus residentes em Tiberíades, passaram a colocar na escrita sinais vocálicos, perpetuando, assim, a pronúncia tradicional. Esses sinais são pontos colocados em cima, em baixo e dentro das consoantes. Os autores desse sistema de vocalização chamavam-se massoretas – o termo “massorá” provém na língua hebraica de “mesorah” – que quer dizer tradição. Isto porque os massoretas, por meio desse sistema, fixaram a pronuncia tradicional do hebraico. Qualquer texto bíblico posterior ao século VI é chamado “massorético”, porque contém sinais vocálicos. Os mais famosos eruditos massoretas foram os judeus Moses ben Asher; e seus filhos Arão e Nafitali, que viveram e trabalharam em Tiberíades, na Galiléia.



Grego:




A língua grega é a língua em que foi originalmente escrita o Novo Testamento. Com exceção o livro de Mateus, que muitos eruditos afirmam ter sido escrito em aramaico. O grego faz parte do grupo das línguas arianas. Vem da fusão dos dialetos dórico e ático. Os dóricos e os áticos foram duas das primeiras tribos que povoaram a Grécia¹.
O grego do Novo Testamento não é o grego clássico dos filósofos, mas o dialeto popular do homem da rua, dos comerciantes, dos estudantes, que todos podiam entender: era o “koiné”.
Esse dialeto formou-se a partir das conquistas de Alexandre, 336 a.C. Nesse ano, Alexandre subiu ao trono e, no curto espaço de 13 anos, alterou o curso da historia do mundo. Onde que passasse, Alexandre implantou e influenciou o dialeto grego. Assim a Grécia tornou conhecida em todo mundo pela influencia da língua grega. Até no Egito o grego se impôs, pois aí foi a Bíblia traduzida do hebraico para o grego – a chamada Septuaginta², cerca de 285 a.C.
Deus preparou deste modo, um veículo lingüístico para disseminar as novas do Evangelho até os confins do mundo, no tempo oportuno.



Aramaico:




O aramaico é um idioma semítico falado desde 2.000 a.C. em Arã ou Síria, que é a mesma região (Arã hb.,Síria gr.). A influencia do aramaico foi profunda sobre o hebraico, começando no cativeiro do reino de Israel, em 722 a.C. na Assíria, e continuando através do cativeiro do reino de Judá, em 587, em Babilônia. Em 536, quando Israel começou a regressar do exílio, falava o aramaico como língua vernácula. È por essa razão que, no tempo de Esdras, as Escrituras, ao serem lidas em hebraico, em publico, era preciso interpretá-las, para compreenderem o seu significado. (Ne 8.5,8)
Em Gênesis 31:47, vê-se que Labão, o sobrinho de Abraão, vivendo em sua terra, Caldéia, falava aramaico; ao passo que Jacó, recém-chegado de Canaã, falava o hebraico.
No tempo de Jesus¹, o aramaico torna-se a língua popular dos judeus e nações vizinhas; estas foram influenciadas pelo aramaico devido às transações comerciais do arameus na Ásia Menor e litoral do Mediterrâneo.
Em 1.000 a.C o aramaico já era a língua internacional do comércio nas regiões situadas ao longo das rotas comerciais do Oriente. O aramaico é também chamado “siríaco” no Norte (2 Rs 18:26; Ed 4:7; Dn 2:4 ARC), e também “caldaico”, no Sul (Dn 1:4). Tinha o mesmo alfabeto que o hebraico, diferia nos sons e na estrutura de certas partes gramaticais.
Do mesmo modo que o hebraico, não tinha vogal; a partir 800 d.C é que os sinais vocálicos lhe foram introduzidos. Apesar dos hebreus terem adotado o aramaico como língua, este passou a chamar-se hebraico, conforme vê em Lucas 23:38; João 5:2; 19:13,17,20; Atos 21:40; 26:14; Apocalipse 9:11.
Portanto quando o NT menciona o hebraico, trata-se, na realidade, do aramaico. Marcos, escrevendo para os romanos, põe em aramaico 5:41 e 15:34 do seu livro; já Mateus, que escreveu para os judeus, escreve a mesma passagem em hebraico (Mt 27.46).
O AT contém, além do hebraico e aramaico, algumas palavras persas, como “tirsata” (Ed 2.63 fig) e “sátrapa” (Dn 3.2).

1a – O termo “deuterocanônicos” é formado pela raiz grega deutero (segundo) e canônico (que faz parte do Cânon, isto é do conjunto de livros considerados inspirados e normativos pela igreja). Assim, o termo é aplicado aos livros e partes de livros bíblicos que só num segundo tempo foram considerados como canônicos. Os livros deuterocanonicos são Tobias – Judite – I Macabeus – II Macabeus – Baruque – Sabedoria – Ecleisástico (ou Ben Sira) – e alguns acréscimos ao texto dos livros Protocanonicos: Adições em Ester (Ester 10:4 a 11:1 ou a 16:24) e Adições em Daniel (Daniel 3:24-90; Cap.13 e 14).


2a – Os nossos 39 livros do Antigo Testamento, os católicos chamam protocanonicos. Os que chamamos apócrifos, eles chamam deuterocanônicos. Os que chamamos pseudoepigráficos, eles chamam apócrifos.


1b – Nos período clássico e helenístico surgiram muitos dialetos. Os dialetos mais importantes eram:


a) Jônico – dialeto usado por Homero e Hesíodo;
b) Ático – ou língua do período clássico. Do ático emergiu a “língua comum” falada durante o Período Helenístico, da qual evoluiu o grego moderno;
c) Dórico – ou língua de Esparta ( uma das cidades-estado da Grécia Antiga );
d) Eólico – ou língua falada na Tessália (Qessalia periferia da Grécia);
e) Língua antiga Macedônia – ou língua falada de Macedônios na Macedônia.
O período helenístico (do grego, hellenizein – “falar grego”, “viver como os gregos”) o período da história da Grécia compreendido entre a morte de Alexandre III (O Grande) da Macedônia em 323 a.C., a 147 a.C.


2b - Septuaginta é o nome de uma tradução da Torá, (Escrituras Hebraicas) para o idioma grego, feita no século III a.C. Ela foi encomendada por Ptolomeu II (287 a.C.-247 a.C.), rei do Egito, para ilustrar a recém inaugurada Biblioteca de Alexandria.
A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta e dois rabinos trabalharam nela e, segundo a lenda, teriam completado a tradução em setenta e dois dias.


1c - Sete dialetos do Aramaico Ocidental eram falados na época de Jesus. Eles eram provavelmente distintos ainda que mutuamente inteligíveis. O hebraico era o dialeto proeminente de Jerusalém e da Judéia.
A história do aramaico pode ser dividida em três períodos:
Arcaico 1100 a.C.–200 D.C.), incluindo:
o O Aramaico Bíblico do Hebraico.
o O Aramaico de Jesus.
o O Aramaico dos Targums.
• Aramaico Médio (200–12000), incluindo:
o Língua Siríaca literária.
o O Aramaico do Talmude e do Midrashim.
• Aramaico Moderno - 1200 presente
(Classificação baseada na de Klaus Beyer Referências bibliográficas: Beyer*).

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

SOTEREOLOGIA – “Doutrina Da Salvação”


“Porque o Filho do Homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las”. Lc. 9.56

1º - O Significado de Salvação

O termo se deriva da palavra latina “salvare”. “Salvare” pode referir-se a qualquer tipo de salvamento, livramento, etc. “Salvus” significa seguro, a salvo, não prejudicado, ileso, livre. Que vem de “salus”, que significa “saúde” ou “ajuda”. No sentido teológico, salvar é tirar de algum perigo ou mal (incluindo o juízo final), juntamente com a provisão de bem-estar espiritual.

Os escritores sagrados empregam várias palavras que fazem referencia ao conceito geral de “livramento” ou “salvação”, seja no sentido natural, jurídico ou espiritual. O enfoque recai em dois verbos: natsal e yasha‘. O termo hebraico yãsha‘, nifal: “ser salvo”, “ser liberto”; hifil: “salvar”, “livrar”, “conceder vitória”, “ajudar”; “ser (estar) seguro”, “preservar”. Outro termo usado é natsa, “livrar”, “resgatar”, “salvar”, com sentido de “ser libertado”, “ser salvo” ou de “escapar” (i.e., “libertar-se a si próprio”; lit., “arrancar-se fora”). IICr.20.25;32.17; Ex.3.8,22; Ez.14.14.. O substantivo grego sõteria denota “libertação, preservação, salvação”. O verbo sõzõ, “salvar”. O emprego do verbo indica haver em vista uma “salvação” física, pessoal ou nacional.

2º - Os Termos Salvação

No AT há vários tipos:

a) Como “tirar” “livrar” de um fardo, opressão ou perigo: Ex.2.17; Js. 10.6; Jz. 2.16; 12.2; Ex. 14.13; IICr.20.7; Dt.20.4; Ex.14.30; ISm.17.47
b) Sentido militar “ajudar”: IISm.10.11,19, no âmbito a justiça e do direito civil; Dt.22.27; 28.29; IISm.14.4; IIRs.6.26
c) É usada no sentido de suplicas de oração: SL.3.7; 20.5,9
d) Salvação como “refugio”: A salvação poder ser não apenas de ataque, mas também de defesa. Quando surge oposição, é possível esconder-se num refugio em busca de proteção. SL.62.7[8] SL. 18.35[36]; Is.60.18
e) No sentido espiritual: Ez.37.23; Sl.51.14[16]; Jr.17.14
f) Revelado o Caráter de Deus: Is.46.7; Jz.6.31. Is.43.11,12; Jr.1.8,19
g) Salvação Futura: Jr.30.10; Zc.8.7; Ez.34.22; Is.45.22


No NT pode-se referir-se:

a) Livramento material e temporal de perigo e apreensão: 1ª) nacional Lc.1.69,71; At.7.25, “liberdade”; 2ª) pessoal, como no mar At.27.34, “saúde”; da prisão Fp.1.19; do dilúvio Hb.11.7.
b) Livramento espiritual e eterno concedido por Deus: At.4.12; Rm.10.10; 1.16; At. 2.47; 16.31; I Tm 2.4; II Tm. 1.9.
c) Como poder de Deus em livra o homem da escravidão do pecado: I Pe. 1.19; Fp.2.12; Lc.19.9.
d) O futuro livramento dos crentes na vinda de Cristo aos Seus santos: Rm.13.11; I Ts.5.8,9
e) Livramento da nação de Israel no segundo advento de Cristo: II Ts.2.8; Lc.1.71; Ap.12.10
f) As bênçãos dadas por Deus aos homens em Cristo pelo Espírito Santo: II Cor.6.2; Hb.5.9; Jd.3.
g) Representa ocasionalmente o Salvador Yeshû’âh (h[Wv>y): Lc.19.9; S.Jo.4.22.
h) Em atribuições ao louvor a Deus: Ap.7.10; 19.1.
i) Das enfermidades físicas: Mt. 9.22; Mc. 5.34; Lc. 8.48; Tg. 5.15
j) Das possessões demoníacas: Lc 8.36

Embora o título “salvador” (gr. sõtêr) fosse atribuído pelos gregos aos seus deuses, lideres políticos e outros, que trouxessem honra ou benefícios ao seu povo, na literatura cristã era aplicado somente a Deus (I Tm1.1) e a Cristo (At 13.23; Fp 3.20). Todavia, embora as palavras gregas traduzidas por “salvar” e “salvação” não sejam muito freqüentes, o próprio Jesus proclama o tema do NT quando diz: “O Filho do homem veio buscar e salvar [sõsai] o que se havia perdido” (Lc 19.10).

3º - Os três aspectos da Salvação

Há três aspectos da salvação, e cada qual se caracteriza por uma palavra que define ou ilustra cada aspecto. São essas bênçãos simultâneas, na pratica não se separam. Nós separamos para podermos estudá-las. As três constituem a plena salvação. Não pode haver plena salvação sem essas três experiências. A Salvação é tanto objetiva (externa) como subjetiva (interna).

1) Justificação: dikaioõ denota “o ato de pronunciar justo”, “absolver”, “julgar ser certo ou justo”. Mt.11.19; Lc.10.29; 16.15 Rm.3.4; ITm.3.16; Rm.5.1
A “justificação” é objetiva (externa). A palavra “justifica” é termo judicial que significa absolver, declarar justo, ou pronunciar sentença de aceitação.

a) A Natureza da Justificação: Absolvição Divina.

Justificação é primeiramente uma mudança de posição da parte do pecador, o qual antes era um condenado; agora, porém goza de absolvição. A justificação é muito mais do que perdão de pecados e remoção da condenação, Deus coloca o ofensor na posição de justo. Ele apaga o passado, os pecados e ofensas, e, em seguida, trata o ofensor como se nunca tivesse cometido um pecado sequer! Deus, ao perdoar o pecador, o declara justificado, isto é, justo aos olhos divinos. (Rm 5.1)

b) A Necessidade da Justificação: A Condenação do homem.

A Bíblia deixa claro o estado moral e espiritual que encontrava o homem. Paulo aos Romanos mostra a degradação, em que o homem estava eternamente sob condenação: outrora conheceram a Deus (Rm. 1:19,20); falhando em adorarem e servirem, seu coração insensato se obscureceu (1.21,22); a cegueira espiritual os conduzia a idolatria (vr.23) e a idolatria os conduzia a corrupção moral (vrs.24-31). São indesculpáveis porque tinha revelação de Deus na natureza (1.19,20; 2.14,15). O judeu também está sob condenação, conhecia a lei de Moises, mas transgrediu essa lei em pensamentos, atos e palavras (cap.2). Paulo assim encerra toda a raça humana sob condenação:
“Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus. Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado”. Rm.319,20
Paulo declarou que pelas obras da lei ninguém será justificado. Essa declaração não é uma critica contra a lei, a qual é santa e perfeita. Significa simplesmente que a lei não foi dada com esse propósito de fazer justo o povo, e, sim, de suprir a necessidade duma norma de justiça. “Pela lei vem o conhecimento do pecado”.
“Mas agora se manifestou sem lei à justiça de Deus” (Rm.3.21). A palavra “agora” introduz uma nova dispensação. Durante muito tempo o homem pecava e aprendia a impossibilidade de aniquilar ou vencer seus próprios pecados. Mas “agora” Deus, declara abertamente através da pessoa de Jesus que somos justo.

c) A fonte da Justificação: A Graça

No hebraico, graça hen, demonstrar favor, afeição, comiseração. O termo grego para graça em o Novo Testamento é charis, usado para graciosidade, amabilidade, favor. Graça é o favor que se dispensa ou se recebe; favor que não merecemos, mas Deus livremente nos concede bênçãos imerecidas, especialmente com referencia ao favor Divino. A salvação é sempre apresentada como dom, um favor não merecido, impossível de ser recompensado; é um beneficio de Deus. (Rm.6.23)
A graça não é tratar a pessoa como merece, nem tratá-la melhor do que merece. É tratá-la graciosamente sem a mínima referencia aos seus méritos. Graça é amor infinito expressando-se em bondade infinita. Graça não significa que Deus é de coração tão magnânimo que abranda a penalidade ou desiste dum justo juízo. A graça de Deus revela-se no fato de haver provido uma expiação pela pode ser justo. A graça se se manifesta independente das obras ou atividades dos homens.
“Porque pela graça, sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” Ef.2.9,10
d) Fundamento da Justificação: a justiça de Cristo
Deus proveu a justiça “mediante a redenção que há em Cristo Jesus”. Redenção (agorazõ) é o resgate (lutron) pela libertação por preço pago. “Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue”. Propiciar (hilasterion, expiar) aplacava a ira e assegurava o favor de Deus para com os que não merecem. Cristo morreu por nós para nos salvar da justa ira de Deus contra nós. (Is.64.6;Zc.3.1-4)
Sua morte foi um ato perfeito de justiça, porque satisfez a lei de Deus. Foi também um ato de perfeito obediência. O ato pelo qual Deus credita essa justiça à nossa conta chama-se imputação. Imputação (logizomai) é levar à conta de alguém a conseqüência do ato de outrem. As conseqüências do pecado do homem foram credita e levadas à Cristo. Ele vestiu-se das vestes do pecado para que pudéssemos nos vestir do seu “manto de justiça”. “Cristo... para nós foi feito por Deus... justiça” (I Cor.1.30). Ele tornou-se “O Senhor Justiça Nossa” (Jr.23.6).

e) Os meios da Justificação: a Fé.

A fé é o instrumento que o homem apropria-se da justiça de Cristo provida por Deus. Poderíamos dizer que a fé é a mão que recebe o que Deus oferece. (Rm.3.22; 4.11; 9.30; Hb.11.7; Fil.3.9). A fé lança mão da promessa divina e apropria-se da salvação. A doutrina da justificação pela graça de Deus, mediante a fé do homem. Essa graça gratuita é recebida pela fé.
2) Regeneração: palingenesia “novo nascimento” (formado de palin, “de novo”, e gênesis, “nascimento”). Tg.1.18; I Pe.1.23; Tt.3.5; S.Jo.3.5,6.
A “regeneração” é subjetiva (interna), trata da vida interna que corresponde à nossa chamada e que nos faz participantes da natureza divina.

a) Natureza da regeneração

O Novo Testamento descreve a regeneração como:
Nascimento – Deus o pai é quem “gerou”; “nascido de Deus’ (I S.Jo.5.1), “nascido do Espírito” (S.Jo.3.8), “nascido do alto” (S.Jo.3.3,7).
Purificação – Deus nos salvou pela “lavagem da regeneração” (literalmente, lavatório ou banho). Tt.3.5
Vivificação – Somos salvos não somente pela “lavagem da regeneração”, mas também pela “renovação do Espírito Santo” (Sl.51.10; Ef.4.23; Rm.12.2)
Criação – É o resultado pratico de uma transformação radical na natureza, no caráter, nos desejos e propósitos. (II Cor.5.17)
Ressurreição – João Wesley disse: A “regeneração é a grande mudança que Deus opera na alma quando a vivifica; quando ele a levanta da morte do pecado para a vida de justiça”. (Rm.6.4,5; Cl.2.13; 3.1; Ef.2.5,6)

b) A Necessidade da Regeneração.

Em João três, Jesus não tentou explicar o como do novo nascimento, mas explicou o porquê do novo nascimento. “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido de Espírito é espírito”. Carne e espírito pertencem a reinos diferentes, e um não pode produzir o outro. A natureza humana poder gerar a natureza humana, mas somente o Espírito Santo pode gerar a natureza espiritual.

c) Os meios de Regeneração.

Por ser um ato inteiramente divino e não tendo aparentemente o homem nenhuma participação, estritamente falando, mas o homem pode tomar parte na preparação para esse novo nascimento, se arrependendo e tendo fé. (At 3.19)

d) Efeitos da Regeneração

Posicionais: Através da “adoção” (“huiothesia, formado de huios, filho e thesis, “posição”, cognato de tithemi, “pôr”; condições de filho dados àquele a quem não lhe pertencem por natureza”). A palavra “adoção” significa literalmente: “dar a posição de filhos”. Literalmente é um termo-legal que indica conceder o privilégio de filiação a um que não é membro da família. (Rm 8.15; Gl 4.5; Ef 1.5)
Espirituais: Devido à sua natureza, a regeneração envolve união espiritual com Deus e com Cristo mediante ao Espírito Santo. Essa união resulta em novo tipo de vida e de caráter; novidade de vida (Rm.6.4); um novo coração (Ez.36.26); um novo espírito (Ez.11.19); um novo homem (Ef.4.24); participantes da natureza divina (II Pe.1.4) e templo do Espírito Santo (II Cor.6.16-18).
Práticos: A pessoa nascida de novo demonstrará esse fato pelo ódio que tem do pecado (I S.Jo.3.9; 5.18); por obras de justiça ( I S.Jo. 2.29); pelo amor fraternal (I S.Jo. 4.7) e pela vitória alcançada sobre o mundo ( I S. Jo.5.4).


3) Santificação: hagiasmos no grego e no hebraico Kadosh é usado para aludir a separação para Deus; “tornar santo” derivado de hagios, “santo”, “separado”. Hb.12.14; I Tm. 2.15; I Ts.4.7; ICor.1.30. Observa-se que “santificação”; “santidade”, e “consagração” são sinônimos, como o são: “santificados” e “santos”. Santificar é a mesma coisa que fazer “santo” ou “consagrar”.
A “santificação” é tanto objetiva (externa) como subjetiva (interna). De modo externo é a separação do pecado e dedicação a Deus; de modo interno é purificação do pecado.

a) Natureza da Santificação

A palavra “santo” tem os seguintes sentidos:
 Separação
 Consagração
 Purificação
 Dedicação

b) O tempo da Santificação


A “santificação” pode reunir duas idéias:


1) Posicional e instantânea
2) Pratica e progressiva


A santificação é posicional e prática - posicional porque envolve uma mudança de posição pela qual o imundo pecador se transforma em santo adorador; prático porque exige uma maneira santa de viver. A santificação pode ser também um ato instantâneo, concedido de imediato ao pecador arrependido; progressivo pelo fato muitas vezes de alguns serem descritos como carnais (I Cor.1.2; 3.3). A “santificação” é o processo de se tornar “santo”, enquanto que a “santidade” é o estado de ser “santo”. (I Ts.3.13; 4.3)

c) Meios divinos de santificação


1) O “sangue de Cristo” (Santificação externa)
Em virtude desse sacrifício de Jesus na cruz do calvário, o crente é eternamente separado para Deus; sua consciência é purificada, e ele próprio é transformado de pecado impuro, em santo adorador, unido em comunhão com o Senhor Jesus Cristo; pois, “assim o que santifica como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos” (Hb. 2.11). O que santifica é Cristo (cf. 10.10,14,29; 13.12) e, “os que são santificados” são os que foram redimidos da culpa e do poder do pecado e separados como povo de Deus. A consagração de Cristo para morrer por nós abre o caminho para a nossa santificação.

2) O “Espírito Santo” (Santificação interna)


O Espírito Santo é agente fundamental nesse processo da santificação. O título “Espírito Santo” aparece 94 vezes no NT (inclusive a única ocorrência de “Espírito de santificação”, em Rm 1.4).
A “santificação” é processo mediante o qual Deus está purificando o mundo e os seus habitantes. Seu alvo derradeiro é que tudo, tanto as coisas animadas quanto às inanimadas seja purificado de qualquer mancha de pecado ou de impureza. Com essa finalidade, Ele tem proporcionado os meios de salvação mediante Jesus Cristo.

3) A “Palavra de Deus” (Santificação externa e interna)


Os cristãos são descritos como sendo “gerados pela Palavra de Deus” (I Pe 1.23). A Palavra de Deus despertam os homens a compreenderem a insensatez e impiedade de suas vidas. Quando dão importância à Palavra arrependendo-se e crendo em Cristo, são purificados pela Palavra que lhes fora falada. (João 17.17; Ef. 5.26; João 15.3; Sl.119.9)


5º - As três Condições para Salvação


As três condições apresentadas aqui, são também simultâneas e não consecutivas. Os separamos para melhor estudá-las.
 Arrependimento: metanoia, “reflexão tardia”, “mudança de mente”, “arrependimento”, “lamentar”, “sentir”, literalmente “perceber depois” (formado de meta, “depois”, implicando “mudança”, e noeõ, “perceber de antemão”. Por conseguinte, significa “mudar de mente ou propósito”. Lc.17.3,4; Ap.2.5,16,21; 3.3,19; Mt.21.29; 27.3
 Fé: pistis primariamente, “persuasão firmeza”, cognato de peithõ, “persuadir”. A palavra é usada com referencia à; “confiança”, “fidelidade”, “lealdade”, “certeza”, “garantia”, por metonímia, ao que é crido, o conteúdo da crença, a fé.
 Conversão: strephõ, “virar”, epistrephõ, “voltar-se, virar-se, virar em direção a” (formado de epi, “em direção a”). Mt. 18.3; Tg.5.19,20; At.3.19

6º - Qual a diferença entre o “arrependimento” e a “fé”?


A “fé” é o instrumento pelo qual recebemos a salvação. O “arrependimento” ocupa-se com o pecado, enquanto a fé ocupa-se com a misericórdia de Deus.


A três perguntas essências e fundamentais:


1º) Pode haver fé sem arrependimento? Não.
2º) Pode haver arrependimento verdadeiro sem fé? Não.
3º) São a fé, e o arrependimento medidas preparatórias à salvação? Não. Por quê? Ambos acompanham o crente durante sua vida cristã. Poderíamos dizer que o arrependimento é o zelo pela purificação da alma; a fé opera o amor pelas coisas de Deus.

Há três elementos que constituem o “arrependimento”:


a) Intelecto
b) Emoção
c) Prático
Há três elementos assentimentos que constituem a “fé”:
a) Intelecto
b) Emoção
c) Vontade

7º - Qual a diferença entre “arrependimento” e “conversão”?

O “arrependimento” significa literalmente “mudar de idéia ou de propósito”, está sempre relacionado com o pecado. Enquanto a “conversão”, segundo a definição mais simples, é abandonar o pecado e aproximar-se de Deus - At.3.19.
O termo é usado tanto para expressar a volta de um pecador aos caminhos da justiça, como um transgressor arrependido que já se encontra no caminho da justiça. Mt.18.3; Lc.22.32; Tg.5.20
A “conversão” está relacionada com o “arrependimento” e a “fé”, e, ocasionalmente, representa tanto um como outro ou ambos, no sentido de englobar todas as atividades do homem, em abandonar o pecado e se aproximar-se de Deus.

8º - A Segurança da Salvação


A salvação é condicional ou incondicional? Uma vez salvo, salvo para sempre? De quem depende a salvação de Deus ou do homem? Podemos resistir à graça de Deus? Ou a graça é irresistível?
Alguns cristãos entendem que a salvação se completa basicamente no início da vida cristã – “fomos salvos”. Outros vêem a salvação como um processo – “estamos sendo salvos”. Ainda outros pensam na salvação como algo que ainda será recebido no futuro – “seremos salvos”.
Há dois pensamentos teológicos concernentes a extensão da salvação:
a) A posição particularista – sustenta que nem todos responderão afirmativamente a Deus: alguns se perderão e outros serão salvos.
b) A posição universalista – sustenta que Deus restaurará todos os homens, segundo pretendia desde o inicio. Ninguém se perderá.
Como por exemplo:
 O desviado é uma pessoa que outrora tinha o zelo de Deus, mas agora se tornou fria. (Mt.24.12)
 Outrora obedecia a palavra de Deus, mas o mundanismo e o pecado impediram seu crescimento e frutificação. (Mc.13.22)
 Outrora pôs a mão no arado, mas olhou para trás. (Lc.9.62)
 Outrora obedecia à voz da consciência, mas agora jogou para longe de si a bússola que o guiava. (I Tm.1.19)
 Outrora se alegrava em chamar-se cristão, mas agora se envergonha de confessar o seu Senhor. (II Tm. 1.8; 2.12)
 Outrora estava liberto da contaminação do mundo, mas agora voltou como a “porca lavada ao espoja douro de lama”. (II Pe.2.22)


1º - Calvinismo¹


A doutrina de João Calvino, a salvação é inteiramente de Deus, o homem absolutamente nada tem a ver com sua salvação. Se o homem, se arrepender, crer e for a Cristo, é inteiramente por causa do poder atrativo do Espírito de Deus. Isso se deve ao fato de que a vontade do homem se corrompeu desde a queda, que, sem ajuda de Deus, não pode nem se arrepender, nem crer, nem escolher corretamente.

2º - Arminianismo²


O ensino arminiamo é que a vontade de Deus é que os homens sejam salvos, porque Cristo morreu por todos. (I Tm. 2.4-6; Hb. 2.9; II Cor. 5.14; Tito 2.11,12).
Com esta finalidade ele oferece sua graça a todos. Embora a salvação seja obra de Deus, ele pode escolher aceitar a graça de Deus, ou pode resistir-lhe e rejeitá-la. Seu direito de livre arbítrio, sempre permanece.


1- João Calvino, o maior Teólogo do Cristianismo depois de Agostinho, bispa de Hipona, nasceu na cidade de Noyon, Picardia, França, aos 10 de julho de 1509. O nome Calvino é a forma latina de Calvinus.
2- Jacó Armínio (James Arminius) era um destinto pastor e professor holandês, cuja formação Teológica havia sido calvinista. Boa parte de seus estudos ocorreram em Genebra, sob a direção de Teodoro de Beza.


3º - Equilíbrio escriturístico


As respectivas posições fundamentais, tanto do Calvino como do Arminio, são ensinadas nas Escrituras. O Calvinismo exalta a graça de Deus como a única fonte de salvação – assim o faz a Bíblia; o Arminianismo acentua a livre vontade e responsabilidade do homem – e assim o faz a Bíblia.
Quando a ênfase demasiada à soberania e a graça de Deus na salvação pode conduzir a uma vida descuidada. Se a pessoa é ensinada a crer que conduta e atitude nada têm a ver com a salvação, pode tornar negligente. Por outro lado, quando a ênfase demasiada sobre a livre vontade e responsabilidade do homem, pode trazer as pessoas sob o jugo do legalismo e despojá-las de toda confiança de sua salvação.
“Os dois extremos devem ser evitados: a ilegalidade e o legalismo”.

9º - A Certeza da Salvação


Para abalar o crescimento espiritual dos crentes, Satanás lança dúvidas sem fundamento nos corações. Um fato a ser considerado seriamente, é o daquela pessoa que professa ser crente, mas não demonstra evidências de que Cristo transformou sua vida. Provavelmente não é um cristão verdadeiro e, portanto, não é (e nunca foi) salvo (I S. Jo. 2:19).
O Senhor deseja que seus filhos saibam que são salvos; Ele nos mostra isso através da Sua Palavra (I S.Jo. 5:13).

I. O Testemunho do Espírito Santo


 O Espírito Santo habita em cada cristão – Rm 8.9; I Jo 3.24;4.13
 O Espírito Santo testifica que somos filhos de Deus – Rm 8.16; Gl 4.6..
 O Espírito Santo dá o desejo pela Palavra de Deus – S.Jo 6.68,69
 O Espírito Santo põe o desejo de orar – Cl 4.2; I Ts. 5.16-18
 O Espírito Santo põe o desejo de ter comunhão com os irmãos – I Jo. 3.14; Jo13. 34,35
 O Espírito Santo põe o desejo de testemunhar – I Pe 3.15
 O Espírito Santo põe o desejo de fazer boas obras – Ef 2.10; Tt 2.14
 O Espírito Santo põe o desejo de tornarmos mais como Cristo – S. Jo. 13.12-14; I Pe.2.21-23

II. Perseverança dos Santos


A perseverança dos santos é uma doutrina que afirma que todo aquele que Deus chamou para a sua graça não pode perder a salvação, mas, certamente, Ele o fará perseverar, pois é eternamente salvo. Apesar de haver a vontade do homem, no final de tudo é Deus que preserva o Cristão através do operar do Espírito Santo no seu coração.
O termo “perseverança” no grego proskarteresis que do latim perseverantia denota ação e efeito de perseverar; persistência; constância. Permanecer firme e constante em um sentimento, uma resolução; persistir, permanecer, ficar, resistir, suportar.

III Apoio Explícito


 O selo e o penhor do Espírito Santo (II Cor 1.22;5.5; Ef 1.13
 A posição espiritual do crente (Ef 2.6; Fp 1.6)
 A proteção por parte de Deus (II Ts 1.12; II Tm 1.12;4.12)
 Nada pode nos separar do amor de Deus (Rm 8.31-39)
 As palavras de Jesus é vida eterna (S.Jo 5.24; 6.35,37,51,58)

IV As palavras do próprio Senhor Jesus - Segurança maior que está não pode haver:


 - S.João 5.24 – “tem vida eterna – não entra em juízo – mas passou da morte para a vida”
 - S. João 6.37 – “de modo nenhum o lançarei fora”
 - S. João 6.51,58 – “viverá eternamente”
 - S. João 10.27,29 – “Eu lhe dou a vida eterna – jamais perecerão eternamente – ninguém as arrebatará das minhas mãos – das mãos do pai ninguém pode arrebatar”
 - S. João 11.25,26 – “Quem crê em mim, ainda que morra viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente”.
Mediante estas passagens Bíblicas, podemos afirmar que, o cristão pode e deve ter certeza da sua salvação.

V - Apoio lógico


Afinal a salvação depende da obra efetuada na cruz ou da fidelidade humana? É um dom gratuito ou tem que ser conquistada por obras (obediência)?
Quando recebemos a Cristo, recebemos a vida eterna; se pudéssemos perder a vida eterna, então ela não seria vida eterna. A nossa salvação não depende da nossa perfeição, mas da perfeição da completa obra de Cristo por nós. Ele disse: "está consumado”.
Qual o tamanho do pecado que nos levaria a perder a salvação; um adultério, uma mentira? Para Deus não tem tamanho de pecado e nós pecamos diariamente.

Passagens Aparentemente Difíceis:


1º) João 15.1-5 – O fogo não é necessariamente o inferno, mas pode ser o juízo das obras- (I Cor. 3.11-15; 11.30)
2º) Mateus 24.13 – O contexto refere-se a Grande Tribulação e não a dispensação da Graça.
3º) Apocalipse 2.10 – Não devemos confundir Coroa da Vida (galardão) com a Salvação.
4º) Hebreus 6.4-6 – Essas palavras foram dirigidas a cristão; o escritor aos hebreus não se dirigiu aos não regenerados. Aqueles aos quais foram dirigidas são descritos como havendo sido uma vez “iluminados”, havendo “provado” o dom celestial, “participantes” do Espírito Santo, havendo “provado” a boa Palavra de Deus e as “virtudes” do século vindouro.
Aqueles aos quais foram dirigidas essas palavras eram cristãos hebreus, que, desanimados e perseguidos (10.32-39), estavam tentados a voltar ao judaísmo. Antes de serem novamente recebidos na sinagoga, requeria-s deles que, publicamente, fizessem as seguintes declarações (10.29): que Jesus não era o Filho de Deus; que seu sangue havia sido derramado justamente como o dum malfeitor comum; e que seus milagres foram operados pelo poder do maligno.
Voltar à sinagoga seria de novo crucificar o Filho de Deus e expô-lo ao vitupério; seria um terrível pecado de apostasia (6.6); seria como o pecado imperdoável para o qual não há remissão, porque a pessoa que está endurecida ao ponto de cometê-lo não pode ser “renovada para arrependimento”; seria digna dum castigo mais terrível do que a morte (10.28); e significaria incorrer na vingança do Deus vivo (10.30,31).


10º - Resumo


A tua vida é tão importante que Deus deixou estabelecido tudo o que necessitas para ser salvo e para viver nesta vida com uma esperança viva, com paz e com a presença do próprio Deus.


Todos somos pecadores. O homem sobre o abismo representa a cada um de nós. Estamos separados de Deus
A Bíblia diz: “isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que crêem; pois não há distinção. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;” “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.” Romanos 3:22, 23;6:23



Não Podemos Salvar a nós mesmos. A vida eterna é uma prenda.
“Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” - Efésios 2:9
“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor.” - Romanos 6:23
“Por que fala assim este homem? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão um só, que é Deus?” - Marcos 2:7


Cristo morreu por nós e ressuscitou. “Mas Deus dá prova do seu amor para convosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.” Romanos 5:8; “Mas na realidade Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem”. Tu crês que Cristo morreu por ti e que vive ainda hoje? As palavras anteriores afirmam que sim.

Por fé devemos receber a Jesus Cristo como o nosso único Senhor e Salvador. Como receber a Jesus Cristos? “Mas, a todos quantos o receberam (a Cristo), aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus;” João 1:12. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16. “Responderam eles: Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa.” Actos 16:31.


Quando recebemos a Cristo, Ele dá-nos a vida eterna. Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida.” João 5:24


O que ocorre quando recebes a Jesus Cristo?


1º) Tu passas da morte para a vida. João 5:24 - "Em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida."
2º) Os teus pecados são perdoados. Colossenses 1:14 -"em quem temos a redenção, a saber, a remissão dos pecados;"
3º) Tu tornaste filho de Deus. João 1:12 - "Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus;"
4º) Tu ficas livre da escravidão. João 8:36 - "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres."
5º) Tu tornaste nova criatura em Cristo Jesus. IICoríntios 5:17 - "Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."


Tu podes imaginar algo mais glorioso do que pode te acontecer? Aceita agora a JESUS CRISTO como teu único Senhor e Salvador, e verá o que Deus fará em ti por intermédio de JESUS CRISTO.


Se aceitares a Jesus Cristo o que fazer em seguida?


1º) Lêem a Bíblia todos os dias. “Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.” Mateus 4:4
2º) Ora a Deus sempre. “Orai sem cessar. Em tudo dai graças; porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.” I Tessalonicenses 5:17, 18. Orar é conversar com Deus.
3º) Confessa a Deus cada pecado. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” I João 1:9.
4º) Conta aos outros a tua experiência. Jesus disse: “Volta para tua casa, e conta tudo quanto Deus te fez. E ele se retirou, publicando por toda a cidade tudo quanto Jesus lhe fizera.” Lucas 8:39


Onde procurar ajuda na hora da necessidade?


1º) Quando precisar de coragem
Salmo 138:3; Efésios 6:10-13
2º) Quando enfrentar o perigo
Salmo 91; Salmo 121
3º) Quando duvidar da sua salvação
João 3:16; 1 João 5:11-13
4º) Quando duvidar do poder de Deus para mantê-lo fiel
Filipenses 1:6; I Pedro 1:5
5º) Quando passar por dificuldades financeiras
Salmo 34:10; Filipenses 4:19
6º) Quando precisar de perdão
Hebreus 4:15-16; I João 1:9
7º) Quando de orientação
Provérbios 3:5-6; Tiago 1:5
8º) Quando se sentir só e triste
Salmos 23; Hebreus 13:5
9º) Quando sua paciência for provada
Romanos 8:28-29; Tiago 1:2-4
10º) Quando precisar de paz num momento difícil
João 14:27; 16:33; Filipenses 4:6-7
11º) Quando estiver cheio de orgulho e soberba
I Coríntios 4:7; Filipenses 2:3-8
12º) Quando estiver sobrecarregado com muitos problemas
Salmo 55:22; I Pedro 5:7
13º) Quando precisar de descanso
Mateus 11:28-30; Gálatas 6:9
14º) Quando motivado por sentimento egoísta
Filipenses 4:8; I João 2:15-17
15º) Quando passar por tristezas
Romanos 8:26-28; II Coríntios 1:3-5
16º) Quando buscar o padrão de Deus
Mateus 5:48; Mateus 22:36-40
17º) Quando estiver sofrendo
Salmo 34:19; II Coríntios 4:17
18º) Quando enfrentar tentação
I Coríntios 10:13; Tiago 1:2-4; Tiago 12-15
19º) Quando passar por injustiça
I Pedro 2:19-23; 1 Pedro 4:12-15
20º) Quando se sentir fraco e incapaz
II Coríntios 12:9-10; Filipenses 4:13


Bibliografia
Larousse Ilustrado da Língua Portuguesa
Dicionário Internacional d Teologia do AT – R. Laird Harris; Gleason L. Archer, Jr.; Bruce K. Waltke
Dicionário VINE – W.E.Vine; Mirres F. Unger; William White Jr.
Chave lingüística do Novo Testamento – Fritz Rienecker; Cleon Rogers
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Myer Pearlman
Introdução à Teologia Sistemática – Millard J. Erickson
Bíblia de Estudo Pentecostal – Donald C. Stamps
Teologia Sistemática – Stanley M Horton