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terça-feira, 31 de agosto de 2010

A Excelência da Maturidade Cristã


“Filho meu, não te esqueças a minha lei, e o teu coração guarde os meus mandamentos”. “Porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz”. Pv.3.1,2 – “Ouvi, filhos, a correção do pai e estai atentos para conheceres a prudência”. “Pois vos dou boa doutrina; não deixeis a minha lei”. Pv.4.1,2.
“Filho meu, se aceitares as minhas palavras e esconderes contigo os meus mandamentos, para fazeres atento à sabedoria o teu ouvido, e para inclinares o teu coração ao entendimento, e, se clamares por entendimento e por inteligência alçares a tua voz, então, entenderá o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus.” Pv.2.1-5.
“Filho meu, não rejeites a correção do Senhor, nem te enojes da sua repreensão. Porque o Senhor repreende aquele a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem.” Pv.3.11,12
Os filhos de Deus... E os filhos do Diabo
Somos advertidos no sentido de não enganarmos quanto à natureza da salvação. Continuar a pecar fazer as obras do diabo, amar o mundo, lesar o próximo, e ainda serem filhos de Deus salvo a caminho do céu? Contrariamente a esse falso ensino, João diz claramente que quem continua na pratica do pecado “é do Diabo” “e não de Deus”. (I S.Jo. 3.8-10)
Quem habitualmente pratica o pecado, e afirma que é filho de Deus, está enganando a si mesmo e é mentiroso – S.Jo.8.44. Através da disciplina avançamos por meio da transformação operada pelo Espírito Santo, até refletir à imagem de Cristo – IICor. 3.18, essa transformação é progressiva e parcial. Quando Cristo voltar então contemplaremos face a face e a nossa transformação será completa – I S.Jo. 3.2.
A Bíblia utiliza algumas linguagens para caracterizar os filhos de Deus. O apostolo Paulo usa a linguagem figurada para caracterizar alguns da igreja de Corinto – “os meninos em Cristo ou imaturos, neófitos. Justamente porque não manifestam sinais de filiação divina, mas sim humana e carnal – “E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo.Com leite vos criei e não com manjar, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis; porque ainda sois carnais, pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois, porventura, carnais e não andais segundo os homens? (I Cor. 3.1-3).
A disciplina do Senhor tem dois propósitos:
1º- Que não sejamos condenados com o mundo – I Cor. 11.31,32
2º- Compartilhar da Santidade de Deus – S.Jo.17.17
Sendo disciplinado por Deus tem por objetivo mostrar ao cristão que:
1º-Andando na vontade de Deus podemos sofrer adversidade. S.Jo.17.14
2º-Resulta numa guerra espiritual travada com Satanás. Ef.6.10-18
3º-Testa a nossa fé em caminhada com Deus. I Pe.1.6,7: 4.12
4º-Mostra as nossas obras como bom servo do Senhor. S.Mt.5.16
5º-Faz parte da preparação para consolarmos o próximo. II Cor.1.3-5
6º-Manifesta a vida de Cristo através de nossas vidas. S.Jo.17.23

A Disciplina
A palavra disciplina vem do grego παιδευω paideuõ, denota primeiramente “treinar crianças”, ser instruído ou ensinado, levar alguém a aprender,sugerindo a ampla idéia de educação (παις pais “criança” “menino”), e também de “ensino”, que diz respeito a um treinamento gracioso e firme. A disciplina como vocábulos cognatos “discípulos” (do latim discipulus) ou “fazer discípulos”, tem sua idéia original, como a raiz no grego μαθητης mathetes literalmente “aprendiz” derivado de μανθανω manthanõ, “aprender”, proveniente de uma raiz math-, que indica pensamento acompanhado por esforço. Em latim disciplina – é processo de se transmitir ou ensinar a doutrina; e a “instrução”. Por extensão, a escola de um mestre é disciplina, ou seja, “conservar a doutrina que aprendeu do mestre”.


Na pratica da antiguidade de um aluno seguir um mestre ou pensador. Os sábios ou rabinos atraíam jovens que ficavam admirados com seus ensinos e estes por sua vez, estavam dispostos a serem moldados, tanto pelos pensamentos, como pelas ações de seus mestres.
O vocábulo fazer discípulo – “mathéteo”, deve ser comparado com o mestre – διδασκαλος “didaskalos” e ensino – “didaskalia” em S.Mt.18.20. No Antigo Testamento – למוד “limmuwd” “Iimmüdh”, o vocábulo geralmente é traduzida por “eruditos” em Is.50.4 e também por “ensinados” em Is.54.13. Em algumas versões contemporâneas é traduzido por “discípulos” em I Cr.28.5.

Disciplina: aversão ao Pecado
Evitar a disciplina, dilui, barateia e finalmente destrói a igreja. Encoraja adesão de indivíduos que não mostram interesses pelo reino de Deus, mas buscando vantagens mundanas.
Se a disciplina é esquecida, a igreja deixa de existir no sentido de organismo espiritual, porque não há separação entre cristão e não cristão. Deus insiste na santidade, quer no Antigo como no Novo Testamento – “Porque eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos santificareis e serão santos, porque eu sou santo...” Lv. 11.44. O Novo testamento não foge a regra – “Sede santos, porque eu sou santo” - I Pe.1.16. O povo de Deus é chamado por Ele de nação santa – I Pe.2.9, um titulo tirado de Êxodo 19.6. Os padrões comportamentais exigidos por Deus para Israel são as mesmas exigidas para a igreja. Nunca iremos encontrar na Bíblia desinteresse no processo que conduz o filho de Deus a conhecer e praticar a vontade de Deus nesta vida.
Concluímos que não disciplinar os errados, significa correr o risco de cair na posição de confundir a igreja com o mundo e vice-versa. Feliz é a igreja que goza de um líder que apresenta a igreja um modelo para todos os membros imitarem – Hb.13.7,11.

Disciplina um ato de Submissão
O apostolo Paulo pronuncia em sua carta à igreja de Efésios (Ef.4.20,21). “Mas vós não aprendeste –ἐμάθετε “mathete”, assim a Cristo (lit.; fostes feitos discípulos de Cristo), se é que tendes ouvido e nele fostes “ensinados”, outras traduções – “instruídos” ἐδιδάχθητε “edidachthete”. Como em Mateus 28.19,20; primeiro se torna discípulos, entregando ao Senhor, depois recebe ensinamentos e instruções necessárias para observar o que o mestre manda. Se um discípulo sabe o que o seu Senhor quer, mas não o faz, põe em duvida a sua submissão ao seu Senhor que prometeu segui-lo – S.Mt.11:28-30.
A igreja deve ser mantida no ensino e na pratica, que tem base no fundamento dos apóstolos e profetas – At.2.42. O cristão de Beréia era mais nobre que os de Tessalônica, pois receberam a palavra com mais avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram de fato assim – At.17.11. A palavra traduzida por “examinar” (Gr ανακρινω. anakrino) significa: examinar ou julgar,investigar, examinar, verificar, analisar cuidadosamente, questionar, especificamente num sentido forense no qual um juiz conduz uma investigação “peneirar para cima e para baixo”, fazer um exame cuidadoso e exato. É formado de ανα ana, “para cima” ou “através de” e κρινω krinõ, “distinguir”, era um termo legal entre os gregos, o qual denotava a investigação, pesquisa, julgamento. O exemplo do crente Bereano serve de modelo e exemplo para todos. A disciplina nos informa e corrige os conceitos errados que os discípulos imaginam caracterizar do seu mestre.

Ensino (Didaskõ)
O verbo didaskõ e usado como “dar instrução”; “coisas ensinadas”. Jesus gastou horas incontáveis no ensino, instruindo seus discípulos no principio da vida abundante – S.Mt.5-7.
Diretamente ou por ações (milagres), parábola, os discípulos precisavam aprender tudo que o Senhor era e as verdades que Ele ensinava para seus próprios desenvolvimentos. Como futuros mestres necessitavam aprender para poder ensinar. E quando somos ensinados, somos disciplinados e depois capacitados para transferir o ensino do mestre.
Paulo mostra centralidade do ensino, logo que houve centenas de conversão em Éfeso. Lucas nos informa que Paulo discorreu diariamente na escola de certo Tirano durante dois anos. Um manuscrito antigo chamado o código D, acrescenta que Paulo ficava das onze a dezesseis horas neste trabalho de ensinar. Estava mais preocupado no ensino da palavra do que propriamente dito a pregação da palavra. O apostolo afirma diante do ancião de Éfeso, “Jamais deixei de vos anunciar todo o desígnios de Deus ou conselho de Deus” – At.20.27. A palavra desígnio βουλη boule, quer dizer “propósitos”, “forte desejos”, “plano, “desígnio deliberado”, “vontade”“. O ensino tinha importância singular para o apostolo Paulo, era preparar crentes para fortalecer outros crentes levá-los a uma maturidade espiritual e também a uma compreensão e experiência mais profunda do Reino de Deus e no conflito contra o poder de Satanás.

Exortação (Paraklésis)
A palavra grega parakaleõ, primeiramente, “chamar uma pessoa” (formado de para, “para o lado” e kaleõ, “chamar”), denota: “chamar, pedir, invocar, rogar, admoestar, exortar” sempre visando o futuro. Assim confirma-se que exortar quer dizer “exercer influência sobre a vontade e as decisões de outrem com intuito de conduzi-lo a um padrão de comportamento geralmente aceito, encorajá-lo a observar certas instruções.” O parakaleõ consiste em lembrar uma pessoa disto ou daquilo, com intenção de um leve efeito. Esta palavra parakaleõ vem de Paraklétos - παράκλητος – “encorajador”, “consolador”, “admoestar”, “advogado”, “ajudante”, obra do Espírito Santo quanto a convencer o mundo do pecado, e da justiça, e do juízo, mas também aos crentes, ensinando, corrigindo, exortando e guiando em toda verdade - S.Jo.16.8-13.
Paulo exorta, “Rogo-vos”, (assim ARA traduz parakaló huma) aos crentes de Roma “apresentarem seus corpos como sacrifícios vivo e agradável a Deus” Rm.12.1. Veja que Paulo não impõe, nem exige como quem é superior, mas procura persuadir “pelas (por meio) misericórdias de Deus” . O apelo da exortação deve aclarar a grandeza do amor de Deus estendido a todos, e, em seguida persuadi-lo a desejar a transformação de vida, que Deus exige, conhecendo e querendo fazer a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, Rm.12.2.
Aos Romanos 12.8, onde se faz referencia aos dons e principalmente onde aparece o dom de exortar, que cuja finalidade é equipar os crentes, para o aperfeiçoamento. (katartismon, καταρτίζοντας “trabalho”, “conserto”, S.Mt.4.21 onde estas o verbo “consertando”).
Entendemos que os lideres deve treinar seus membros a cumprirem seus ministérios de acordo com o dom de Deus que reparte a cada uma. Um dom (charisma “capacidade de agir pela graça de Deus”) que aparece na lista dos dons (charisma) em Rm.12.6-8, que é justamente o “dom” de exortação, onde certamente envolve ação disciplinar.



Educação (Paidéia)
Este termo no grego junto com outros da mesma raiz, foi usado nada menos do que oito vezes pelo escritor aos Hebreus num só parágrafo - “Hb.12.4-11”. Diversas traduções desabrocham seu significado e importância para uma visão global da disciplina do Novo Testamento.
O verbo grego paideuõ que significa “treinar uma criança” (diminutivo de “pais” significa “criancinha, criança pequena”.), é traduzido em II Tm.2.25 por “instruindo”, “treinar”, “disciplinar”. O substantivo paideutes, tem dois significados:
a) “mestre, professor, preceptor, corretor” (Rm.2.20);
b) “castigado, punido, disciplinador” (Hb.12.9, “corrigirem”, literalmente, “castiga dores”).
Primeiro notamos que Deus disciplina “Hb.12.5,8” seus filhos. Segundo a tradução do verbo grego por (ARA v.5,8) “corrige” (v.6,7) “corrigiam” (v.9,10), compara o trato que Deus dá aos cristãos verdadeiros, como um pai humano que “educa” sabiamente seu filho.
A disciplina de Deus serve como reconhecimento de uma filiação em tudo, e visa alcançar um fim muito mais glorioso. A educação tem alvo certo de tornar os filhos obedientes.
Quando Paulo entregou Himeneu e Alexandre a Satanás, foi para ensiná-los pelo castigo “paideuthosin” παιδευθῶσιν a não blasfemarem mais – “I Tm.1.20”. Esta ação de Paulo de entregar este dois homens a Satanás, nos dá provavelmente o significado deles serem excluídos do rol de membros da igreja. Literalmente ele afirma “os quais entreguei á Satanás”. A grande discussão se relaciona a nossa maneira de entender a frase “para destruição da carne”, I Cor.5.5. É possível que Paulo tenha entregado realmente a Satanás para o castigo do corpo físico, e nos dá a idéia também de devolver a esfera de Satanás, fora da igreja e da comunhão do povo de Deus. Entregar um ofensor a “Satanás” no conceito do apostolo Paulo, refere-se à excomunhão, que visava tanto a correção como a punição. Paulo espera que sua providência contenha um elemento educativo. Assim vemos que a educação de Deus pode ir além do individuo para alcançar a igreja como um todo.



Admoestação (Nouthésia)
Paulo que sentiu pesado fardo das igrejas se apresenta como único escritor do Novo Testamento que emprega este vocábulo (nouthesia, νουθεσια substantivo e verbo noutheteõ). Para a igreja confusa e problemática como a de Corinto, Paulo usa a palavra “admoestar”. (Não escrevo essas coisas para vos envergonhar, mas admoestar – nouthéto como meus filhos amados – I Cor.4.14-16).
A palavra “admoestar” vem do grego νουθεσια que quer dizer literalmente “o ato de pôr em mente” (formado de nous, “mente”, e tithemi, “pôr”), é usado em I Cor.10.11, acerca do propósito das Escrituras; em Ef.6.4, fala do que é ministrado pelo Senhor; e em Tt.3.10, do que será administrado para a correção daquele que cria dificuldades na igreja. O termo nouthesia é o “treinamento pela palavra”, quer por incentivo, ou, se necessário, por reprovação ou reclamação.
A diferencia entre “admoestar” e “ensinar” é que o primeiro termo tem em vista as coisas que estão erradas e exige advertência, o último tem a ver primeiramente com a doação da verdade positiva. Observe que aos Colossenses 3.16, as duas palavras são usadas “ensinar” e “admoestar” uns aos outros.
A “admoestação” difere da reclamação no que tange que a primeira está advertindo com base na instrução; a última pode ser pouco mais que protesto. A admoestação é a mais forte característica de pais que querem conduzir seus filhos para uma maturidade. No lado humano a Bíblia faz fortes recomendações aos pais acerca dos filhos:
1ª – não provoquem ira nos filhos;
2ª – criem na “disciplina” e na “admoestação” do Senhor.
O escritor de Provérbios faz recomendações a “ensinar”, “instruir” a criança no caminho em que deve andar. A palavra hebraica chanak חֲנֹךְ para “ensinar”, “instruir” significa “dedicar”, a mesma palavra pode também significar “gostar de”, os pais “devem”, pois motivar seus filhos a buscar a Deus, e assim desfrutarão de experiências espirituais que nunca se esquecerão.
6 חֲנֹךְ לַנַּעַר עַל־פִּי דַרְכּוֹ גַּם כִּי־יַזְקִין לֹא־יָסוּר מִמֶּנָּה׃ . Este versículo é normalmente, assim traduzido: “Ensina a criança no caminho que deve seguir, e quando for velha não se desviará dele”ou “Instrui o menino no caminho em que deve andar,e, até quando envelhecer, não se desviará dele”

Quando analisando mais cuidadosamente o conjunto de sentidos das palavras, notará que não existe nenhum equivalente hebraico para o português “deve”. Esse versículo muito popular, têm sido freqüentemente citado como apoio à idéia de que os pais podem, praticamente garantir que seus filhos crescerão como adultos piedosos, se criados de forma adequada.
O termo hebraico עַל־פִּי significa “de acordo com”; e que %r,d, significa “caminho”. Dessa forma, דַרְכּוֹ “o seu caminho” ou “o seu próprio caminho” . A tradução mais correta seria: “Ensine a criança de acordo com o seu (próprio) caminho”. Obs. 22.6 Este v. não se encontra na versão grega (LXX).

Repreensão (Elenxis)
Esse verbo elenchõ, ελεγχω “convencer”, “condenar”, “refutar”, “reprovar”, é traduzido pelo verbo “repreender” em Hb.12.5, Ap.3.19. Enquanto o verbo epitimaõ επιτιμαοω outra palavra grega usada também para “repreender”, como “decidir judicialmente, sentenciar”, por conseguinte, significa “reprovar”, significa simplesmente “repreensão” que pode ser imerecida ou ineficaz. Já o verbo elenchõ implica numa “repreensão” que traz convicção.
επιτιμαω significa simplesmente repreender, em qualquer sentido. Pode ser justa ou injustamente. Se justa, a repreensão pode ser atendida ou não.
ελεγχω, por outro lado, significa repreender com causa suficiente, e também efetivamente, de tal forma a levar o censurado à confissão ou, pelo menos, à convicção de pecado. Em outras palavras, significa convencer.
O conceito de “repreender”, “convencer” pressupõe que um membro tenha pecado, que deve ser removido, “se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só - S.Mt 1815”.(elegxon). Jesus tem a igreja em vista (o pecador é teu irmão que pecou de maneira grave). Se for possível convencê-lo (se ele te ouvir, ganhaste o teu irmão), entretanto, um membro da família de Deus será preservado. Mas se o seu irmão não se arrepender, duas testemunhas devem acompanhar o caso, responsável de tentar convencê-lo a mudar de idéia, caso ele não consiga persuadi-lo, todo o igreja deve ouvi-lo com a confirmação das testemunhas. Mas se o acusado não receber a recomendação da igreja, este deve ser considerado pela a igreja como gentio e publicano – S.Mt.18.16,17.
Aqui é exposto o método de restauração mediante a disciplina, de um cristão professo que venha a pecar contra outro irmão. O propósito da disciplina é manter a reputação e proteger a pureza, moral e a integridade da igreja e procurar salvar a alma do crente desgarrado e restaurá-lo a semelhança de Cristo

Correção (Diorthõma)
Diorthõma significa “reforma”, “emenda”, “correção”, literalmente, “fazer direito” (formado de dia, “através de”, e orthõo, “fazer direto”). Em At.24.3, “se fazem [...] muitos e louváveis serviços”, literalmente, “reformas ocorrem” (ou sucedem, literalmente, “se tornam”; veja ARA em At.24.2, “notáveis reformas”); no original, não há a palavra “louváveis”. Alguns textos têm o termo katorthõma que tem o mesmo significado.
Paulo na sua última carta a Timóteo, amado filho na fé, “II Tm.1.2; 3.15”, instruem que a palavra de Deus é útil para ensinar, repreender, corrigir e educar na justiça, “a fim de que o homem de Deus seja perfeito (artios “perfeito” da mesma raiz katartismon “aperfeiçoar” em “Ef.4.12” e a exortação “aperfeiçoam-vos” II Cor.13.11) e perfeitamente instruído para toda boa obra” – II Tm.3.16,17.
Para compreendermos tal afirmação, faz-se necessário analisar alguns significados da palavra perfeitos no texto grego do Novo Testamento:
Em primeiro lugar, a palavra artios (perfeito), em II Tm.3.17, significa ser completo, ser capaz ou adequado para certas tarefas ou fim.
Em segundo lugar, o termo teleios (perfeito) em Mateus 5.48, conota um crescimento mental e moral, levando o individuo a um amadurecimento até o alvo.
Em terceiro lugar, o termo katartisis (perfeito) em Hb.13.21, equivale a equipar. O optativo é usado para expressar um desejo para o futuro, não algo que pode ser ultimato aqui e agora.

Podemos observar o uso bíblico do termo “perfeito” diz respeito à “ser capaz, maduro, equipado” o implica um crescimento espiritual progressivo. Paulo enfatiza o fato de que o processo é contínuo, pois o particípio presente ativo epiteléo significa “completar, realizar, executar”, sendo aqui usado para indicar o avanço na santificação. Geralmente, o tempo presente no grego tem idéia de continuidade.


Conclusão

Objetivo prioritário neste estudo, “sendo disciplinado por Deus”, teve por objetivo de encorajar os cristãos imaturos a crescer para a maturidade. Devem saber pelas palavras encorajadas dos irmãos como alcançar a maturidade espiritual, isto a igreja assegurará o seu amor, oferecendo pleno acolhimento. Deus espera que todos os seus filhos aproveitem ao máximo suas instruções, tão claramente apresentada em sua Palavra.
E há três razões porque a igreja deve disciplinar:
1ª – Para o bem do pecador: Isto o despertará da tragédia da qual foi cometido. Fazendo conscientizá-lo do erro e voltar á restauração.
2ª – Por amor a pureza da igreja: Tolerar o pecado na igreja é rebaixar o padrão moral e espiritual de todos.
3ª – Para o bem do mundo: A igreja não pode ganhar as pessoas para Cristo e elas permanecer da mesma forma.

Bibliografia
Bíblia Anotada – Charles Caldwell Ryrie, Th.D., Ph.D.
Bíblia de Estudo Plenitude – Jack W. Hayford, Litt.D.
Bíblia de Estudo Pentecostal – Donald C. Stamps.
Chave lingüística do NT – Fritz Rienecker, Cleon Rogers.
Disciplina na Igreja – Dr. Russell P Shedd.
Dicionário VINE – W.E. Vine, Merril F. Unger William White Jr.
Dicionário Internacional de Teologia do AT – R.Laird Harris, Gleason L. Archer, Jr., Bruce K. Waltke.
Manual de Exegese Biblica, Antigo e Novo Testamento – Douglas Stuart e Gordon D. Fee

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