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sábado, 11 de setembro de 2010

Bíblia Revelação de Deus



O que é a Bíblia



É a revelação de Deus à humanidade. Seu Autor é o próprio Deus. Seu real intérprete é o Espírito Santo. Seu assunto principal e central é o Senhor Jesus Cristo.
A Bíblia é Deus falando ao homem; é Deus falando através do homem; é Deus falando como homem; é Deus falando a favor do homem; mas é sempre Deus falando!
Nossa atitude para com a Bíblia mostra nossa atitude para com Deus. Ignorar a Bíblia é ignorar essa vontade.
O homem deve ler a Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo e praticar a Bíblia para ser santo ou santificado.
A Bíblia foi uma das maiores ferramentas que Deus deixou para a humanidade, para que através dela o homem viesse a ter o pleno conhecimento da revelação de Deus. Sem ela possivelmente a homem não teria essa plena compreensão da providencia de Deus através dos séculos, em expor através de seu Filho Jesus Cristo seu plano sacrifical em resgate de todo essa humanidade.
A Bíblia é um livro muito antigo. É resultado de longa experiência religiosa de um povo. É o registro de várias pessoas, em diversos lugares, em contextos diversos. Foram escritas ao longo de um período de 1600 anos por cerca de 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais.
Os cristãos acreditam que estes homens escreveram a Bíblia inspirada por Deus e por isso consideram a Bíblia como a Escrituras Sagrada. No entanto, nem todos os seguidores da Bíblia a interpretam de forma literal, e muitos consideram que muitos dos textos da Bíblia são metafóricos¹ ou que são textos datados que faziam sentido no tempo em que foram escritos, mas foram perdendo seu sentido dentro do contexto da atualidade.
Para o cristianismo tradicional, a Bíblia é a Palavra de Deus, portanto ela é mais do que um livro, é a vontade de Deus escrita para a humanidade, ou seja, nela se encontra, acima de tudo, as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios e normas de moral e salvação para toda humanidade.
Os agnósticos² vêem a Bíblia como um livro comum, com importância histórica e que reflete a cultura do povo que os escreveu. Outros³ recusam qualquer origem Divina para a Bíblia e a consideram como pouca ou nenhuma importância na vida moderna, ainda que na generalidade se reconheça a sua importância na formação da civilização ocidental (por ter a origem no Médio Oriente).

1- Segundo o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, a palavra deriva do latim metaphòra (metáfora), por sua vez trazido do grego metaphorá (“mudança, transposição”). O prefixo met(a) – tem sentido de “no meio de, entre, atrás, em seguida, depois”. O sufixo – fora (em grego phorá) designa ‘ação de levar, de carregar à frente’. Metáfora é uma figura de linguagem, que consiste numa comparação entre dois elementos por meio de seus significados, causando o efeito de atribuição. Pode-se considerá-la como uma comparação que não usa conectivo (por exemplo, ”como”), mas que apresenta de forma literal uma equivalência que é apenas figurada.


2- “Agnosticismo” derivou-se da palavra grega “agnostos”, formada com o prefixo de privação (ou de negação) “a” anteposto a “gnostos”, (conhecimento). “Gnosto” provinha da raiz pré-histórica “gno”, que aplicava à idéia de “saber” e que está presente em nossos vocábulos da nossa língua, tais como cognição, ignorar, conhecer, ignorância, entre outros. O gnóstico, á primeira vista, opõe-se não propriamente a Deus, mas sim à possibilidade de a razão humana conhecer tal entidade. Para os agnósticos, assim como não é possível provar racionalmente a existência de Deus, é igualmente impossível provar a sua inexistência, logo, constituindo um labirinto sem saída a questão da existência de Deus.


3- “Ateísta” e não “ateu” – muitas pessoas confundem os termos, pois o “ateísmo” representa a ausência de crença na existência de Deus, não necessariamente a negação da existência de Deus. O termo “ateu” é formado pelo prefixo grego “a”, significando “ausência” e o radical “teu” derivado do grego theós - significando “deus”. O significado literal do termo é então: “sem Deus”.


a) Teísmo Agnóstico – é alguém que assume não ter conhecimento da existência de Deus, mas acredita que Ele existe de fato.
b) Ateísmo Agnóstico – é alguém que assume não ter conhecimento da exisatencia de Deus, e por isso não acredita que ele exista.



II – A origem do nome “Bíblia”



A palavra grega Bíblia¹, em plural, deriva do grego bíblos ou biblion (biblion) que significa “rolo” ou “livro”. Biblion, no nominativo plural, assume a forma bíblia, significando “livros”.
No latim medieval, bíblia é usada como uma palavra singular – uma coleção de livros ou “a Bíblia.” Foi Jerônimo² tradutor da vulgata latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo testamento de “Biblioteca Divina”. E aplicada primeiramente às Escrituras por João Crisóstomos³, grande reformador e patriarca de Constantinopla (398-404). O vocábulo “Bíblia” significa etimologicamente “coleção de pequenos livros”.
Por volta do século II D.C, os cristãos gregos já chamavam suas Escrituras Sagradas de ta Bíblia, ou seja, “os livros”. Quando esse titula foi então transferido para a versão latina, foi traduzido no singular, dando a entender que “o Livro” é a Bíblia.

1 – Essa palavra deriva-se originalmente da cidade fenícia de Biblos, que era um dos antigos e importantes centros produtores de papiro, o papel antigo. Estritamente falando, bíblos era um livro, e bíblion era um livrinho.


2 – Jeônimo (Strídon, provavelmente na fronteira da Iugoslávia com a Itália - cerca de 347 – Belém, 30 de setembro de 419/420), seu nome completo Eusebius Sophronius Hieronymus, é conhecido como tradutor da Bíblia do grego e do hebraico para o latim.


3 – Monge episcopal cognominado Boca de Ouro. Nasceu na cidade de Antioquia, a terceira do império, às margens do Oronto.



III – Materiais originais que foi escrita a Bíblia



Os principais materiais foram dois: “papiros” e “pergaminhos”. Papiro Rylands- é o fragmento mais antigo encontrado do manuscrito do Evangelho de João, data aproximadamente 125 E.C. Escrito em Grego, contém parte do Evangelho segundo João, sendo que na frente contém partes do capítulo 18 e versículos 31-33, e no verso, os versículos 37-38.
O Papiro era extraído de uma planta aquática desse mesmo nome. Há varias menções dele na Bíblia, como por exemplo, Êxodo 2.3; Jó 8.11; Isaias 18.2; 2 João v.12. De papiro deriva o termo papel. Seu uso na escrita vem de 3.000 a.C., no Egito.
Papiro (pelo latim papyrus do grego antigo papuron) é originalmente chamada de Cyperus papyrus¹, por extensão é também o meio físico usado para a escrita (precursor do papel) durante a Antiguidade, sobretudo no Antigo Egipto, civilização do Oriente Médio, como os hebreus e babilônicos, e todo o mundo grego-romano.
Utilizava a parte interna, branca e esponjosa do caule do papiro, cortado² em finas tiras que eram posteriormente molhadas, sobrepostas e cruzadas, para depois serem prensadas. As folhas obtidas eram marteladas, alisadas e coladas ao lado de outras folhas para formar uma longa fita que era depois enrolada. A escrita dava-se paralelamente às fibras.
Foi por volta de 2200 anos antes de Cristo que os egípcios desenvolveram a técnica do papiro, um dos mais velhos antepassados do papel.
De todos os materiais empregados como suporte para a escrita na antiguidade, - afirma o professor egípcio R.E. Nadury – o papiro certamente foi o mais pratico, por ser flexível e leve. A fragilidade, porém, era o seu único inconveniente. Resistia por pouco tempo à umidade e queimava facilmente.


O Pergaminho (do pergaméne e do latim pergamina ou pergamena) é o nome dão a uma pele de animal, geralmente de cabra, carneiro, cordeiro ou ovelha, preparada para nela se escrever. O seu nome deriva do nome da cidade grega onde se terá fabricado pela primeira vez: Pérgamo³, na Ásia Menor.
Foi largamente utilizado na antiguidade ocidental, em especial na Idade Média. Os mosteiros cristãos mantinham bibliotecas de pergaminhos no período, onde monges letrados se dedicavam a copia de manuscritos e na divulgação dos textos clássicos da cultura grega e latina no Ocidente, principalmente do Império Bizantino.
Pergaminho alemão, 1568

Tudo indica que o vocábulo pergaminho derivou seu nome da cidade de Pérgamo, capital de um riquíssimo reino que ocupou grande parte da Ásia Menor, sendo Eumenes II (197-159 d.C), seu maior rei. Esse rei projetou formar para si uma biblioteca maior que a de Alexandria, no Egito. O rei do Egito, por inveja, proibiu a exportação do papiro, obrigando Eumenes a recorrer a outro material gráfico. Tal fato motivou o surgimento de um novo método de preparar peles, muito aperfeiçoado, que resultou no pergaminho. O NT menciona esse material gráfico em 2 Tm4:13 e Ap 6:14.

1 - Cyperus papyrus, ou simplismente papiro, adaptada às margens do Nilo, onde acompanhava em grande quantidade o curso do rio, te uma longa haste, sem nós na folhas onde mede seis centímetros. O que aparecia acima da terra era, em síntese, uma planta em forma de junco com, aproximadamente, três metros de altura, com raízes longas, medindo às vezes seis ou sete metros.


2 – Para confeccionar o papiro, corta-se o miolo esbranquiçado e poroso do talo em finas lâminas. Depois de secas, estas lâminas são mergulhadas em água com vinagre para ali permanecer por seis dias, com propósito de eliminar o açúcar. Outras vezes secas, as lâminas são ajeitadas em fileiras horizontais e verticais, sobrepostas umas às outras. A seqüência do processo exige que as lâminas sejam colocadas entre dois pedaços de tecidos de algodão, por cima e por baixo, sendo então mantidas prensadas por seis dias. Com o peso da prensa que as finas lâminas se misturam homogeneamente para formar o papel amarelado, pronto para ser usado. O papel pronto era, então, enrolado a uma vareta de madeira ou marfim para criar o rolo que seria usado na escrita.


3 – Pérgamo (Pergamov, atual Bergama, na Turquia) é uma antiga cidade grega que se situava na Mísia, no noroeste da Anatólia, a uma distancia de mais de 20 km do Mar Egeu, numa colina isolada do vale do Rio Caicos. Pérgamo possuía uma biblioteca de prestigio que perdia em importância apenas para a Biblioteca de Alexandria.



IV – Formatos primitivos da Bíblia



Foram dois: “rolos” e “códices”.
O rolo era um rolo de fato, feito de papiro ou pergaminho. Era preso a dois cabos de madeira para facilitar o manuseio. Cada livro da Bíblia era um rolo separado. Nenhuma pessoa podia conduzir pessoalmente a Bíblia como fazemos hoje. O que tornou isso possível foi à invenção do papel no século II pelos chineses e a do prelo¹ de tipos móveis pelo alemão Johannes Guttenberg no século xv, possibilitando o formato dos livros atuais.
Um códice (ou codex, da palavra em latim que significa “livro”, “bloco de madeira”) é um livro manuscrito, em geral do período da Idade Média. Manuscrito que foram escritos por volta do século XVI. O códice é um avanço do rolo de pergaminho, e gradativamente substituiu este ultimo como meio de escrita. O códice, por sua vez, foi substituído pelo livro² impresso.
Texto Codex Leningradensis – é um dos mais antigos e completos manuscritos do texto massoréticos da Bíblia hebraica, escrito em pergaminho e datado de 1008 EC, é a mais antiga e completa das Escrituras Hebraicas do mundo. Atualmente, o Códice de Liningrado, é o mais importante texto hebraico reproduzido na Rudolf Kittel’s Bíblia Hebraica (BHK),(1937) e na Bíblia Hebraica Stuttgartensia (BHS), (1977).


O códice é resultado da seguinte técnica livresca: dobrar as folhas avulsas de um documento escrito colocá-las uma em cima da outra e depois ligá-las. O códice é mais pratico do que o rolo, difícil de manejar, e com pouco espaço para texto. Os cristãos compreenderam logo as vantagens do códice, em vez de precisar de trinta a quarenta rolos, podiam guardar toda a Sagrada Escritura num só códice. O códice era composto de fascículos (fasciculi) de quatro folhas, um caderno (quaternio), que eram dobradas em dois (diploma); o resultado era: oito folhas e dezesseis páginas.

1 – Prelo (lat. Prelum). Máquina de impressão tipográfica; prensa. Em 1440, Gutenberg desenvolveu a tecnologia da prensa móvel, utilizando os tipos de móveis: caracteres avulsos gravados em blocos de madeira ou chumbo, que eram rearrumados numa tábua para formar palavras e frases do texto.


2 – Nosso vocábulo livro vem do latim líber, que significou primeiramente casca de árvore, depois livro.



V – As línguas originais da Bíblia



Foram utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia: o hebraico, o grego e o aramaico. Em hebraico consonantal foi escrito todo o Antigo Testamento, excetuando-se unicamente os trechos de Dan. 2:4-7:28; Esd.4:8-6:18 e Jr.10:11, que foram escritos em aramaico, além dos livros chamados deuterocanónicos¹. Os livros deuterocanônico² foram, supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus, numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, a Revelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa. O parecer de Flávio Josefo não é aceito pelos cristãos católicos e ortodoxos, porque Jesus afirma que durou até João Batista (Lc.16:16; Mt.11:13). Segundo a tradição cristã, o Evangelho de Mateus teria sido primeiramente escrito em hebraico, visto que a forma de escrever visava alcançar os judeus.



Hebraico:




Todo o Antigo Testamento foi escrito em hebraico ou hebreu, o idioma oficial da nação israelita. O hebraico faz parte das línguas semíticas. Que eram faladas na Ásia (mediterrâea), exceto em bem poucas regiões. As línguas semíticas formavam um ramo dividido em grupos, sendo o hebraico integrante do grupo Este compreendia o litoral oriental do Mediterrâneo, incluindo a Síria, a Palestina e o território que constitui hoje a Jordânia. Integrava também o grupo cananeu de línguas, o ugarítico, o fenício e o moabítico. O fenício tem muita semelhança com o hebraico. O primitivo alfabeto hebraico é oriundo do fenício, segundo a opinião dos versados na matéria.
A escrita hebraica dos tempos antigos só empregava consoantes sem qualquer sinal de vocalização. Os sons vocálicos eram supridos pelo leitor durante a leitura, o que davam origem a constantes enganos, uma vez que havia palavras com a mesma consoantes, mas com acepções diferentes. Quer dizer, a pronúncia exata dependia da habilidade do leitor, levando em conta o contexto e a tradição.
Após o século VI, os eruditos judeus residentes em Tiberíades, passaram a colocar na escrita sinais vocálicos, perpetuando, assim, a pronúncia tradicional. Esses sinais são pontos colocados em cima, em baixo e dentro das consoantes. Os autores desse sistema de vocalização chamavam-se massoretas – o termo “massorá” provém na língua hebraica de “mesorah” – que quer dizer tradição. Isto porque os massoretas, por meio desse sistema, fixaram a pronuncia tradicional do hebraico. Qualquer texto bíblico posterior ao século VI é chamado “massorético”, porque contém sinais vocálicos. Os mais famosos eruditos massoretas foram os judeus Moses ben Asher; e seus filhos Arão e Nafitali, que viveram e trabalharam em Tiberíades, na Galiléia.



Grego:




A língua grega é a língua em que foi originalmente escrita o Novo Testamento. Com exceção o livro de Mateus, que muitos eruditos afirmam ter sido escrito em aramaico. O grego faz parte do grupo das línguas arianas. Vem da fusão dos dialetos dórico e ático. Os dóricos e os áticos foram duas das primeiras tribos que povoaram a Grécia¹.
O grego do Novo Testamento não é o grego clássico dos filósofos, mas o dialeto popular do homem da rua, dos comerciantes, dos estudantes, que todos podiam entender: era o “koiné”.
Esse dialeto formou-se a partir das conquistas de Alexandre, 336 a.C. Nesse ano, Alexandre subiu ao trono e, no curto espaço de 13 anos, alterou o curso da historia do mundo. Onde que passasse, Alexandre implantou e influenciou o dialeto grego. Assim a Grécia tornou conhecida em todo mundo pela influencia da língua grega. Até no Egito o grego se impôs, pois aí foi a Bíblia traduzida do hebraico para o grego – a chamada Septuaginta², cerca de 285 a.C.
Deus preparou deste modo, um veículo lingüístico para disseminar as novas do Evangelho até os confins do mundo, no tempo oportuno.



Aramaico:




O aramaico é um idioma semítico falado desde 2.000 a.C. em Arã ou Síria, que é a mesma região (Arã hb.,Síria gr.). A influencia do aramaico foi profunda sobre o hebraico, começando no cativeiro do reino de Israel, em 722 a.C. na Assíria, e continuando através do cativeiro do reino de Judá, em 587, em Babilônia. Em 536, quando Israel começou a regressar do exílio, falava o aramaico como língua vernácula. È por essa razão que, no tempo de Esdras, as Escrituras, ao serem lidas em hebraico, em publico, era preciso interpretá-las, para compreenderem o seu significado. (Ne 8.5,8)
Em Gênesis 31:47, vê-se que Labão, o sobrinho de Abraão, vivendo em sua terra, Caldéia, falava aramaico; ao passo que Jacó, recém-chegado de Canaã, falava o hebraico.
No tempo de Jesus¹, o aramaico torna-se a língua popular dos judeus e nações vizinhas; estas foram influenciadas pelo aramaico devido às transações comerciais do arameus na Ásia Menor e litoral do Mediterrâneo.
Em 1.000 a.C o aramaico já era a língua internacional do comércio nas regiões situadas ao longo das rotas comerciais do Oriente. O aramaico é também chamado “siríaco” no Norte (2 Rs 18:26; Ed 4:7; Dn 2:4 ARC), e também “caldaico”, no Sul (Dn 1:4). Tinha o mesmo alfabeto que o hebraico, diferia nos sons e na estrutura de certas partes gramaticais.
Do mesmo modo que o hebraico, não tinha vogal; a partir 800 d.C é que os sinais vocálicos lhe foram introduzidos. Apesar dos hebreus terem adotado o aramaico como língua, este passou a chamar-se hebraico, conforme vê em Lucas 23:38; João 5:2; 19:13,17,20; Atos 21:40; 26:14; Apocalipse 9:11.
Portanto quando o NT menciona o hebraico, trata-se, na realidade, do aramaico. Marcos, escrevendo para os romanos, põe em aramaico 5:41 e 15:34 do seu livro; já Mateus, que escreveu para os judeus, escreve a mesma passagem em hebraico (Mt 27.46).
O AT contém, além do hebraico e aramaico, algumas palavras persas, como “tirsata” (Ed 2.63 fig) e “sátrapa” (Dn 3.2).

1a – O termo “deuterocanônicos” é formado pela raiz grega deutero (segundo) e canônico (que faz parte do Cânon, isto é do conjunto de livros considerados inspirados e normativos pela igreja). Assim, o termo é aplicado aos livros e partes de livros bíblicos que só num segundo tempo foram considerados como canônicos. Os livros deuterocanonicos são Tobias – Judite – I Macabeus – II Macabeus – Baruque – Sabedoria – Ecleisástico (ou Ben Sira) – e alguns acréscimos ao texto dos livros Protocanonicos: Adições em Ester (Ester 10:4 a 11:1 ou a 16:24) e Adições em Daniel (Daniel 3:24-90; Cap.13 e 14).


2a – Os nossos 39 livros do Antigo Testamento, os católicos chamam protocanonicos. Os que chamamos apócrifos, eles chamam deuterocanônicos. Os que chamamos pseudoepigráficos, eles chamam apócrifos.


1b – Nos período clássico e helenístico surgiram muitos dialetos. Os dialetos mais importantes eram:


a) Jônico – dialeto usado por Homero e Hesíodo;
b) Ático – ou língua do período clássico. Do ático emergiu a “língua comum” falada durante o Período Helenístico, da qual evoluiu o grego moderno;
c) Dórico – ou língua de Esparta ( uma das cidades-estado da Grécia Antiga );
d) Eólico – ou língua falada na Tessália (Qessalia periferia da Grécia);
e) Língua antiga Macedônia – ou língua falada de Macedônios na Macedônia.
O período helenístico (do grego, hellenizein – “falar grego”, “viver como os gregos”) o período da história da Grécia compreendido entre a morte de Alexandre III (O Grande) da Macedônia em 323 a.C., a 147 a.C.


2b - Septuaginta é o nome de uma tradução da Torá, (Escrituras Hebraicas) para o idioma grego, feita no século III a.C. Ela foi encomendada por Ptolomeu II (287 a.C.-247 a.C.), rei do Egito, para ilustrar a recém inaugurada Biblioteca de Alexandria.
A tradução ficou conhecida como a Versão dos Setenta (ou Septuaginta, palavra latina que significa setenta, ou ainda LXX), pois setenta e dois rabinos trabalharam nela e, segundo a lenda, teriam completado a tradução em setenta e dois dias.


1c - Sete dialetos do Aramaico Ocidental eram falados na época de Jesus. Eles eram provavelmente distintos ainda que mutuamente inteligíveis. O hebraico era o dialeto proeminente de Jerusalém e da Judéia.
A história do aramaico pode ser dividida em três períodos:
Arcaico 1100 a.C.–200 D.C.), incluindo:
o O Aramaico Bíblico do Hebraico.
o O Aramaico de Jesus.
o O Aramaico dos Targums.
• Aramaico Médio (200–12000), incluindo:
o Língua Siríaca literária.
o O Aramaico do Talmude e do Midrashim.
• Aramaico Moderno - 1200 presente
(Classificação baseada na de Klaus Beyer Referências bibliográficas: Beyer*).

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